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«Sabes o que me lembra este céu? Mais ou menos: a guerra dos astros. Tal e qual. A guerra dos mundos. Um sol maléfico, que tenta destruir a maquete, e sete planetas menores que tentam defendê-la.» [Finisterra, Carlos de Oliveira]
quinta-feira, abril 26, 2007
Gota a gota
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quarta-feira, abril 25, 2007
terça-feira, abril 24, 2007
quinta-feira, abril 19, 2007
Ler os outros
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domingo, abril 15, 2007
As mãos
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Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967
Uma questão de Cultura (3)
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terça-feira, abril 10, 2007
Olhando sobre as nuvens
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Assine aqui Sr. Presidente
domingo, abril 08, 2007
Procissão
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sábado, abril 07, 2007
Favas à gandaresa
quinta-feira, abril 05, 2007
Uma questão de Cultura (2)
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A questão cultural local que está relacionada com as autarquias, é neste momento a actual solução da continuidade, na repetição da fórmula “panis et circus”, em que os números apresentados ao espectáculo na tenda do circo, mesmo mudando o cabeça de cartaz, apontam na política assente no gasto e na redistribuição, números estes que têm sido aplaudidos no passado conforme as circunstancias em função dos diversos públicos presentes ao espectáculo, isto é, mais do mesmo.
Partindo do ingénuo princípio que o número do gasto deixa de ser levado à pista, ficando assim o número circense da redistribuição. A pergunta que coloco é se existe riqueza para distribuir. Ora como a riqueza não aumenta e o passo dado tem sido maior que a perna, a fórmula apresenta-se como estafada, em que as autarquias (Câmaras e Juntas de Freguesia) se têm apresentado mais como redistribuidoras e gastadoras de uma parte dos impostos arrecadados pelo Estado, isto apesar dos enfeites, laços e fitas e aspecto lavadinho para acompanhar a moda. Alegremente vamos empobrecendo, enquanto o dinheiro para pagar ao gaiteiro tem que aparecer de qualquer jeito.
quarta-feira, abril 04, 2007
Uma questão de Cultura (1)
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As condições económicas locais estão ligadas, mais do que muitos possam imaginar, à globalização que vivemos.
Foi também com o contínuo crescimento desta dita globalização, e graças também a esta, que vimos surgir um aumento de uma “classe média” que consume e comercializa uma grande gama de produtos, que com o esbatimento das fronteiras europeias relativamente aos mercados e produção orientais tão ávidos de matérias primas e energia, nos colocam à nossa frente produtos que nos tornam a nós, europeus, receosos em relação a esta nova situação de concorrência internacional.
Ora assim, a economia local vai empobrecendo, pois os ganhos que tinha-mos com o dito comércio internacional desapareceu faz tempo, e a Europa já não tem subsídios para nos dar.
Mas o circo autárquico continua com festas e mais festas, desperdício e mais desperdício. É só dar uma volta e ver com olhos de ver, pois ter um olho bem no meio da testa não será condição necessária.
terça-feira, abril 03, 2007
Modernidade
Os sapatos de Mia Couto
"Não podemos entrar na modernidade com o actual fardo de preconceitos. À porta da modernidade precisamos de nos descalçar. Eu contei Sete Sapatos Sujos que necessitamos deixar na soleira da porta dos tempos novos. Haverá muitos. Mas eu tinha que escolher e sete é um número mágico:
. Primeiro Sapato - A ideia de que os culpados são sempre os outros.
. Segundo Sapato - A ideia de que o sucesso não nasce do trabalho.
. Terceiro Sapato - O preconceito de que quem critica é um inimigo.
. Quarto Sapato - A ideia de que mudar as palavras muda a realidade.
. Quinto Sapato - A vergonha de ser pobre e o culto das aparências.
. Sexto Sapato - A passividade perante a injustiça.
. Sétimo Sapato - A ideia de que, para sermos modernos, temos de imitar os outros.
domingo, abril 01, 2007
O supositório
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Agora aconselho a esses moralistas a passar, também, atestados de virgindade. Se a azia continua a apertar, este meu centro de aconselhamento aconselha a toma de um supositório.
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