Corrimentos intelectuais acerca dos preços dos combustíveis

 

Corrimentos intelectuais acerca dos preços dos combustíveis

Li hoje que na Grã-Bretanha que o imposto sobre os combustíveis foi cortado em 5 pences, 0,06 Euro aproximadamente. Que na França, a partir de 1 de abril, terá um corte de 0,15 Euro por litro.

Muitos países, desde a Itália à Suécia, de Portugal ao Japão, passando pelos USA, têm usado o mesmo procedimento.

Agora olhando da outra banda, da outra margem do rio, se em vez de cortar o imposto se pegassem em todo esse dinheiro, mas mesmo todo, que o fisco deixa de arrecadar e o usassem para a ajuda das pessoas a lidar com os aumentos dos preços da energia, em busca de outras formas mais expeditas e simples, que as há, em vez de retornarmos ao mesmo velho usado e gasto sistema?

É só um exercício, não passa disso.

Fica aqui uma dica que o rio tem duas margens e o que é necessário é construir uma ponte.

Hoje vamos todos juntos, para parecermos muitos, até ao local onde muita gente junta não se salva.

Pensem nisso!

A peçonha e o bicho que a carrega

 

Rússia é imensa. Abrange 11 fusos horários. Os russos não são europeus nem asiáticos. São russos.

A invasão da Ucrânia já não tem a velha desculpa de levar as bênçãos do marxismo-leninismo ao povo, como em 1979 no Afeganistão, mas o objetivo é o mesmo: controlar o espaço antes que outros o controlem, pior ainda se existir liberdade e democracia.

Qualquer desculpa serviria a Putin para desencadear esta guerra. Está-lhe na massa do sangue. Há peçonhas que só acabam com o bicho que as carregam.

 

Da maldição das crises energéticas e dos autocratas.

 

"A Rússia fornece 10-25% das exportações mundiais de petróleo, gás e carvão. Muitos países, especialmente na Europa, são vulneráveis ​​à coerção por ela. Para eles, a guerra na Ucrânia foi um choque que acrescenta urgência à criação de um sistema de energia que depende mais do sol, do vento e de reatores nucleares do que de torres e plataformas petrolíferas. No entanto, não se engane pensando que esta nova era permitirá uma fuga fácil da maldição das crises energéticas e dos autocratas. "https://www.economist.com/.../why-energy-insecurity-is...

Vlad, o Terrível

 

 

Vladimir Putin.

"... um homem que se tornou rei por acaso. Sua ideia inicial era se agarrar ao trono, mas, ao perceber que a sorte estava do seu lado, decidiu se tornar um reformador-cruzado: vamos chamá-lo de Vlad, Coração de Leão. Ele queria entrar para a história. Em seguida, seduzido pelo aparato da realeza, transformou-se em Vlad, o Magnífico. Depois, cansado e sem energia, tudo o que queria era descansar. Mas descansar ele não podia, pois agora fazia parte da história: havia se tornado Vlad, o Terrível."

(Mikhail Kygar, Todos os Homens do Kremin, 2016, trad. Rogério Bettini. - 1. Ed- São Paulo, Vestígio, 2018.)

Silêncio

Não fales!

Não que isso me perturbe, mas mais do que isso, porque isso te pode perturbar. Habitua-te à sabedoria de escutar e pensa, concentrar-te nesta verdade dura, só eu te te permitirei ouvir, eu que sou o silêncio.

(in MONÓLOGO DO SILÊNCIO, José Manuel Oliveira, Bigorna)

A interpretação dos factos

Por mais rebuscadas que sejam as narrativas do passado, estas não mudam a realidade deste momento. Não passam de aditivos que viciam as mentes para não verem a realidade que os anacronismos ideológicos, apesar da teimosa realidade de entrar olhos adentro, ainda negam ver o óbvio. Criada a nova narrativa, reprojeta-se esta no passado. A interpretação dos factos passa a ser outra.

O futuro, por definição, é imprevisível.

 

Esta guerra na Ucrânia está a destruir pessoas e a sociedade humana, já alastrou direta e indiretamente à Rússia, Europa e a todo o mundo.

A pandemia serviu para muita coisa nefasta ser ignorada e escondida dos olhos da maioria das gentes.

Esta guerra trará poderes a outros. Uns que o aguardam e outros que o receberão.

O mundo sempre foi instável e o futuro, por definição, imprevisível.