quarta-feira, novembro 23, 2016

A ditadura do algoritmo






Anda tudo louco, costuma-se dizer, mas ultimamente eu sinto que o ando a afirmar demasiadas vezes.
De um lado o deus Cronos. Do outro lado os sistemas montados que, quando alimentados, ignoram a velocidade natural de escoamento do tempo. Vivemos numa crescente automação de organização cada vez mais complexa e, porque não dizer, cada vez mais complicada na vivência deste tempo. É o algoritmo a funcionar e assim todos somos embrulhados. Tudo parece bater certo, mas atenção que nesta equação as pessoas parecem não entrar!
O inferno tem efectivamente dois lados: o de dentro e o de fora, e ambos estão quentes, a escaldar.

terça-feira, novembro 22, 2016

Deixa-me espreitar pelo buraco da tua fechadura

Deixa-me espreitar pelo buraco da tua fechadura

Sabemos das armas de destruição em massa, que vão da bomba nuclear à bomba de explosão selectiva, da arma química à bacteriológica, do medo à manipulação em que vivemos, e para esta última usa-se a matemática, o algoritmo, onde nas redes sociais e na informação automática se vai eliminando vídeos, áudios, e outra informação, onde a “máquina” é que decide o que vai sendo notícia e o que se vai colocando em destaque.
Assim se bloqueiam contas em páginas e blogs e se promovem falsos perfis pelas redes sociais, se remove informação do topo, se faz cair uma outra no esquecimento, enquanto sobe à repetição até à náusea a banalidade e o voyeurismo.
 O que passa nas malhas dos filtros do algoritmo levam um tratamento idêntico ao que se chama em guerra de “danos colaterais”.


quarta-feira, novembro 16, 2016

A chegada do Diabo

http://sol.sapo.pt/artigo/534433/psd-apanhado-de-surpresa-poe-travao-a-fundo-no-discurso-do-diabo-

domingo, novembro 13, 2016

Cagar sem errar o chão.


Cagar sem errar o chão.
Até o baixinho Mendes que tem púlpito reservado na SIC, para aqueles que não saibam é um canal televisivo que opera em Portugal, fala de boca cheia de crescimento económico!
Mas eu pergunto: crescer para que lado?
Agora tem aparecido por aí uns que estão numa de crescimento sustentado, mas tudo me indica que o crescimento não poderá ser sustentável, pois uma vez que se aumenta constantemente a produção de bens e serviços, provoca sempre um aumento de consumo de matérias-primas e recursos, com as perdas associadas por mais ecológicos e eficientes sejam os processos.
Agora desafio os economistas e comentadores fazedores de opinião: para quando a introdução do conceito de entropia aplicado à Economia?
Nos Media, a voz dominante lá vai catequisando a plebe e em especial os idiotas confiantes sempre seguros nas suas certezas, enquanto uns outros, sem acesso aos púlpitos, estão cada vez mais cheios de dúvida

Pensamentos económicos



Pensamentos económicos
Teoria do Decrescimento Sustentável
Decrescimento é um conceito econômico, mas também político, cunhado na década de 1970 – parcialmente baseado nas teses do economista romeno, criador da bioeconomia, Nicholas Georgescu-Roegen, publicadas em seu livro The Entropy Law and the Economic Process (1971).
A tese do decrescimento baseia-se na hipótese de que o crescimento econômico – entendido como aumento constante do Produto Interno Bruto (PIB) – não é sustentável para o ecossistema global. Essa ideia é oposta ao pensamento econômico dominante, segundo o qual a melhoria do nível de vida seria decorrência do crescimento do PIB e, assim, o aumento do valor da produção deveria ser um objetivo permanente da sociedade.
A questão principal, segundo os defensores do decrescimento – dentre os quais Serge Latouche é o mais notório – é que os recursos naturais são limitados e, portanto, não existe crescimento infinito. A melhoria das condições de vida deve, portanto, ser obtida sem aumento do consumo, mudando-se o paradigma dominante.
Crítica ao pensamento econômico dominante
Segundo seus críticos, as principais consequências do produtivismo – entendido como a ênfase dada aos aumentos de produtividade e ao crescimento, nas sociedades industriais, tanto socialistas como capitalistas – seriam:
• Esgotamento dos recursos energéticos (petróleo, gás, urânio, carvão) no próximo século, caso se mantenha o atual ritmo de crescimento do consumo. 
• Escassez crescente de numerosas matérias-primas. 
• Degradação ambiental: efeito estufa, aquecimento global, perda da biodiversidade e poluição. 
• Degradação da flora, da fauna e da saúde humana. 
• Evolução do padrão de vida dos países do hemisfério norte, em detrimento dos países do sul, no que diz respeito a transportes, saneamento, alimentação etc.
Embora o produtivismo tenha sido parcialmente questionado pelos defensores do desenvolvimento sustentável, a crítica dos adversários do crescimento é mais radical, já que consideram o próprio desenvolvimento como um oximoro(1) – uma contradição em termos. O desenvolvimento não pode ser sustentável, uma vez que o aumento constante da produção de bens e serviços também provoca aumento do consumo de recursos naturais, acelerando, portanto, o seu esgotamento – lembrando que 20% da população mundial já consome 85% dos recursos naturais.
Pressupostos da Teoria do De crescimento
• O funcionamento do sistema econômico atual depende essencialmente de recursos não renováveis e, portanto, não pode se perpetuar. As reservas de matérias-primas são limitadas, sobretudo quanto a fontes de energia, o que contradiz o princípio de crescimento ilimitado do PIB.
• Não existe evidência da possibilidade de separar crescimento econômico do aumento do seu impacto ambiental.
• A riqueza produzida pelos sistemas econômicos não consiste apenas de bens e serviços. Há outras formas de riqueza social, tais como a saúde dos ecossistemas, a qualidade da justiça e das relações entre os membros de uma sociedade, o grau de igualdade e o caráter democrático das instituições. O crescimento da riqueza material, medido apenas por indicadores monetários, pode ocorrer em 
detrimento dessas outras formas de riqueza.
• As sociedades ocidentais, dependentes do consumo supérfluo, em geral não percebem a progressiva perda de riquezas como a qualidade de vida e subestimam a reação das populações excluídas – a exemplo da violência nas periferias e do ressentimento em relação ao ocidente, por parte dos países que não apresentam o padrão de desenvolvimento econômico ocidental.
Os teóricos do decrescimento sustentável também acreditam que o PIB é uma medida apenas parcial da riqueza e que, se pretendemos restabelecer toda a variedade de riquezas possíveis, é preciso deixar de utilizá-lo como bússola. Assim, defendem a utilização de outros indicadores, tais como o IDH, a Pegada Ecológica e o Índice de Saúde Social (ver, adiante, capítulo Indicadores 
e Índices de Sustentabilidade de Nações).
(1) Oximoro é uma figura de linguagem que harmoniza dois conceitos opostos numa só expressão, formando , assim, um terceiro conceito que dependerá da interpretação do leitor.
Referências 
www.decroissance.org 
www.decroissance.info 
www.degrowth.net 
www.wikipedia.org.br http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal

quarta-feira, novembro 09, 2016

Trump não tem culpa de ser eleito!

Trump não tem culpa de ser eleito!

terça-feira, novembro 08, 2016

Mais olhos que barriga


Todas as sociedades produzem e querem crescer para satisfazer as necessidades das populações. É o que nos tem mostrado o caminho que ainda nos lembramos de percorrer. Mas nesta regra não é aplicável na sua totalidade à sociedade em que vivemos actualmente. Tudo indica que o objectivo é crescer por crescer, porque só crescendo se foca naquilo que é a base em que nós vivemos, o lucro, e para crescer terá que se criar um crescimento ilimitado de necessidades.

Então vamos crescer para que lado?

segunda-feira, novembro 07, 2016

Pousio (2)

Parar para pensar.
Tenho o Blogue desde Março de 2006 com actualizações mais ou menos regulares, e parei aqui para pensar sobre o que se está a passar com esta coisa chamada redes sociais.
Há uma década a Net era uma rede inteligente e diversa de novidades. Hoje mais parece um canal televisivo daqueles que passam “reality shows “, dramas em directo, não notícias, onde tudo, tal como num canal televisivo da moda, é previsível, muita felicidade a rodos, grandes jantares e festas, comentários da politiquice, futebolísticos e insultos. Tudo infantilizado e em manada. Foi um processo mais rápido que a transformação da tasca em esplanada da moda onde as conversas já não existem, onde nem se pode estar sem o ruído das conversas do lado a evidenciar o abovinamento formatado.
Colocar uma lengalenga deste tamanho na tasca virtual é inoportuno, chato e ofensivo, dirão alguns. Porque não te vais embora para tomar teu copo em casa, dirão outros.
Lembro que há menos de uma década alguns autores de blogs foram pressionados a retirar os seus escritos, processados judicialmente e em alguns países, presos. Lembro, também, que que um bloguer chegou a secretário de estado, coisa que as actuais redes sociais não se podem gabar de promover.



(continua)