sexta-feira, outubro 30, 2015

TER OPINIÃO - UM RISCO ASSUMIDO (por alguns ...)



TER OPINIÃO - UM RISCO ASSUMIDO (por alguns ...)
Ter opinião foi, desde sempre, um risco. E ter opinião em matéria política foi e continua a ser um risco elevado. Nas ditaduras tal risco pode ser mortal, em sentido próprio. Mas mesmo nas democracias formais, ter opinião constitui uma opção arriscada. 

Uma estrutura social engendra sempre posições de domínio e de vigilância. As hierarquias, quaisquer que elas sejam, defendem os seus estatutos pessoais ou grupais. E, consoante os interesses em jogo, podem defendê-los com violência. Esta violência é exercida sobre quem tem opiniões contrárias. 
Houve sempre quem tivesse considerado a opinião desassombrada como uma imprudência. Os jesuítas, por exemplo, costumam ser mestres na "reserva mental". Esta consiste em guardar a opinião própria só para si ou para um círculo restrito de "fiéis", respondendo às opiniões adversas com uma palavra ou expressão evasiva ou até com uma concordância postiça. 
A consciência destas realidades empurraram muitas pessoas para a zona cinzenta e neutra das reticências e do silêncio sistemático. Há quem construa carreiras bem sucedidas desta forma. 
É certo que a sabedoria popular declara que "com o teu amo não jogues as pêras". Mas também não é menos verdadeiro que as organizações sociais deixaram de ter amos, a partir do momento em que o mando por direito ou imposição divina, um mando autoritário, foi substituído pelo mando procedente do Contrato Social, ou seja, por um mando de consenso. 
Por isso se operou a conversão do súbdito no cidadão. Isto não retirou totalmente aos dirigentes uma posição de hegemonia e de superioridade sobre os dirigidos. E quem manda, ainda que mande por delegação, mantém instrumentos de favorecimento e de desfavorecimento que pode utilizar com arbitrariedade.
O famoso humorista brasileiro Jô Soares construiu, em tempos, a figura hilariante do "cinzentão" que todas as vezes que era instado a pronunciar-se sobre um qualquer assunto público melindroso, declarava : "Não me comprometa ! Não me comprometa ! ". 
Tudo isto pode ser verdade. Mas existe uma verdade mais forte, pelo menos para alguns : é que o timorato, o tímido ou o simples manhoso nunca deram um contributo efectivo para que o Mundo melhorasse o rosto da Justiça e do Progresso ético e social.


Professor Amadeu Homem
http://www.uc.pt/imprensa_uc/Autores/galeriaautores/amadeuhomem
https://www.facebook.com/amadeu.homem?fref=nf

quinta-feira, outubro 29, 2015

Parar para pensar


Parar para pensar
As pessoas do nosso passado colectivo que hoje citamos a esmo pelas redes sociais, e até nos intitulamos, algumas vezes, como seus seguidores ideológicos, se as colocássemos neste nosso tempo elas nunca estariam na crise que nós estamos.
A visão dominante do tempo que vivemos de consumismo nesta nossa existência que faz do superficial, do supérfluo e do excesso, bens essenciais e necessários, num processo de autodestruição, a penúria destes momentos em que nos achamos, um beco sem saída.
Uma penúria que muitas e demasiadas vezes não é só material.

terça-feira, outubro 27, 2015

O tempo degrada-se com o tempo.



O tempo degrada-se com o tempo.
Olhando à volta, à espera de quem não prometeu.

O esforço está no caminho que se segue e que teimosamente nos é mostrado em frente.
É mais um trajecto em elipsóide espiralado, às voltas, pois o que vemos em redor são as coisas da vida já conhecidas a passarem, e a repetirem-se num referencial deslocado em relação ao da memória.
De um a um, vão passando os filhos que fazem eterna a Eternidade. De um a um se escoam e a tornam cada vez mais débil.

Lentamente, muito lentamente, a esvaziam.

sexta-feira, outubro 23, 2015

O “amplificador”.



O “amplificador”.
Há pessoas que repetem continuamente e repassam nas redes sociais o que certos meios de comunicação de grande espaço de divulgação  introduzem como notícias de opinião, em especial das TVs. Repetem até com um certo orgulho a mensagem para que quem a ouve até pareça estar ouvir os opinadores e locutores de serviço.
Destes cada vez há mais, pois os clichés são repetidos e à medida que são mudados por outros novos conforme a conveniência de quem controla a informação, lá está o orgulhoso a fazer de câmara de eco, dado que parece não se expor ao esforço da experiência do conhecimento, a não reconhecer a sua ignorância


quarta-feira, outubro 21, 2015

Qualquer semelhança da actual com a do passado é pura mentira.

Qualquer semelhança da actual com a do passado é pura mentira.

Preciso de creolina

Preciso de creolina.
Hoje ouvi um vociferador de notícias e nem só,  locutor da rtp1 a ser juiz em causa própria, logo eu que sou um pouco frequentador das TVs, mas ando atento e pensava que o gajo, pois não o posso tratar de outra forma, era da rtp3.
É nestas pequenas grandes coisas que se vinca a manipulação.

A esplanada além de mal frequentada precisa de uma urgente vassourada e de creolina desinfectante, pois a mixomatose está entranhada.

terça-feira, outubro 20, 2015

Não andamos a olhar para o alto

No meu céu do Escoural.
A Meia Lua de hoje ao Sul a quando o ocaso do Sol.
Há cerca de 4 horas a Terra ocupava a região do Espaço que a Lua ocupa a quando da foto com o meu telemóvel.
Sol e Lua, a dualidade que nos governa.
Não andamos a olhar para o alto, pois não?



Ao inventor da roda.


domingo, outubro 18, 2015

A barca do Entrudo.


A catequese até à náusea do “não há alternativa” nunca foi tão ruidosa como agora.
Uns porque querem acreditar, outros porque lhe incutiram que tinham de acreditar em alguma coisa, outros à espera das migalhas do banquete e uma parte significativa assiste e vai na onda, enquanto a possibilidade de existir uma sociedade livre e democrática está cada vez mais longe.
A ditadura mansa cai sobre nós. O voto do cidadão nunca valeu tão pouco como agora, e digo-o com mágoa.
No entanto eu tenho umas ideias, ingénuas claro, mas não são tão prejudiciais como aquelas com que nos governam.

quinta-feira, outubro 08, 2015

Apuramento

 A selecção portuguesa de futebol garantiu, esta quinta-feira, um lugar na fase final do Europeu de 2016, que se realiza em França, ao vencer a Dinamarca por 1-0, em encontro do Grupo I de apuramento, disputado em Braga.

terça-feira, outubro 06, 2015

domingo, outubro 04, 2015

Qualquer coisa errada que não estava certa


Qualquer coisa errada que não estava certa, não era?
"Por cada Pacheco Pereira que dizia do Governo o que Maomé não dizia do toucinho, quantas pessoas fora da área do poder ouvimos dizer que o Governo estava a fazer bem? Por cada pessoa que bramava contra o Passos, quantos ouvimos a apoiá-lo?"


http://expresso.sapo.pt/blogues/blogue_chamem_me_o_que_quiserem/2015-10-04-O-povo-enmalucou

sexta-feira, outubro 02, 2015

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Este meu céu



Vénus, um dos meus planetas que se passeia no meu céu.

Os nossos antepassados tinham uma grande afinidade com os planetas, sem contar com o Sol e a Lua, eles eram cinco, os visíveis no céu, pois não existia poluição luminosa nocturna de hoje, e moviam-se no céu contra o fundo das estrelas distantes. 
5+2=7
Seguindo os seus movimentos aparentes, os planetas deixam uma constelação e sobrepõem-se a outra, descrevendo uma espécie de voltas completas no céu. Como nesse tempo todas as coisas do céu tinham influência na terra, a questão que se colocava era que influência seria a dos planetas?
Talvez aqui esteja a razão de se encontrar revistas e programas sobre astrologia e é raro encontrar sobre astronomia. De existiram muito mais astrólogos que astrónomos, num tempo em que são tão poucos, cada vez menos, os que levantam os olhos ao céu

quinta-feira, outubro 01, 2015

A Central de Intoxicação


A Central de Intoxicação funciona e replica-se nas redes sociais.
Neste tempo que vivemos, se não tiveres ideias e se estiveres a servir os mainatos dos capatazes dos que mandam e gerem o dinheiro dos sem-rosto, para que estes sejam bem servidos, eles te transformarão em um mainato de mainato. Comprarão a ideia que tu irás utilizar, pois Máquina contratará os especialistas em qualquer modalidade técnica que seja necessária.
Sabemos que Roma não paga a traidores, mas ultimamente tem pago bem aos capatazes. Os mainatos recebem uma palmada nas costas.