terça-feira, outubro 25, 2016

Viver com mais facilidade

Até aqui chegámos esquecidos de rituais que nos elevem em ascensões de símbolos esperançosos. Seguimos o culto vigente, financeiro e ideologicamente salvífico para uns, onde ninguém se afirma com aversão ao trabalho (a letra minúscula é de propósito meu) a obrigação mansamente imposta de estar, como que a fazer algo que para nada serve em si mesmo e por si só, em troca de um soldo que nos escraviza.
Teria razão o pensador ao afirmar que “o homem devia viver com mais facilidade”? É que neste tempo e para o devir que nos é apresentado, apesar de tudo se apresentar como fácil, constato que viver nunca se apresentou tão difícil.

As pessoas andam desorientadas



Arqueologia industrial!
Este forno de fabrico de telha ficou obsoleto quando a fábrica de telha da Pampilhosa começou a distribuir pelas Gândaras o seu revolucionário produto, a telha Marselha.
A memória da leitura da obra “Casa na Duna” de Carlos Oliveira está aqui presente.
A decadência da quinta da família dos Paulos, os negócios em que ele entrou e a fábrica de cerâmica que construiu entrou em falência. As aberturas de novas estradas em macadame e alcatrão, os camiões a transportar produtos bem mais baratos e de outras qualidades foram ajudas à tal decadência.

Hoje existe um paralelo de mudança na Gândara. As estradas são outras e os outros novos camiões transportam outras ainda não conhecidas mercadorias para a maioria. As pessoas andam desorientadas.

terça-feira, outubro 11, 2016

É simples de explicar!!!!



É simples de explicar!!!!
Um viajante chega a um hotel para dormir, mas pede para ver o quarto.
Entretanto, entrega ao recepcionista duas notas de 100 euros.
Enquanto o viajante inspecciona os quartos, o gerente do hotel sai a
correr com as duas notas de 100€, e vai à mercearia ao lado pagar uma
dívida antiga, ... exactamente de 200 euros.
Surpreendido pelo pagamento inesperado da dívida, o merceeiro
aproveita para pagar a um fornecedor uma dívida que tinha há muito...
também de 200 euros.
O fornecedor, por sua vez, pega também nas duas notas e corre à
farmácia, para liquidar uma dívida que aí tinha de ... 200,00 euros.
O farmacêutico, com as duas notas na mão, corre disparado e vai a uma
casa de alterne ali ao lado, liquidar uma dívida com uma prostituta.
... coincidentemente, a dívida era de 200 euros.

A prostituta agradecida, sai com o dinheiro em direcção ao hotel,
lugar onde habitualmente levava os seus clientes e que ultimamente não
havia pago pelas acomodações. Valor total da dívida: ... 200 euros.
Ela avisa o gerente que está a pagar a conta e coloca as notas em cima
do balcão.
Nesse preciso momento, o viajante retorna do quarto, diz não ser o que
esperava, pega nas duas notas de volta, agradece e sai do hotel.
Ninguém ganhou ou gastou um cêntimo, porém agora toda a cidade vive
sem dívidas, com o crédito restaurado e começa a ver o futuro com
confiança!

segunda-feira, outubro 10, 2016

O sol fraternal de cada dia.

OCTÁVIO SÉRGIO
Primeiro surge o dedo
Para as escalas inquietas
Junco de seiva em glissando.

Depois a mão inteira
Albatroz de asas abertas.
É então que a madeira
Vibra a tímida noite.
Livre é o dia, o acorde
No terraço da utopia
Trazendo à boca da guitarra
O sol fraternal de cada dia.
Coimbra, 8-10-2011
Eduardo Aroso

Octávio Sérgio, guitarrista de Coimbra e compositor.