quinta-feira, novembro 28, 2013

Estava frio lá fora

Fui ver a noite!
As estrelas já indicam que o fim das trevas virá dentro em breve , pois a estrela do Oriente brilha a indicar o caminho dos 3 reis magos da cintura de Orion, ao ponto onde ressuscitará ao terceiro dia o deus da luz, conforme as escrituras, esse livro aberto que é o meu céu gandarês do Escoural.
Estava frio lá fora.

quarta-feira, novembro 27, 2013

"Epicurista"

Tudo à minha volta segue o seu caminho, como se eu não existisse, mas como observador atento do fenómeno. De momentos a momentos dou-lhe um pequeno toque como que a indicar o caminho previsível que deve seguir, o que me dá o pequeno alento de me sentir participativo. Puro engano! As coisas seguem o caminho que têm que seguir, e eu não passo de um observador que só pelo facto de observar altero o espaço e tempo à minha volta, alteração essa que pouco afecta o fluxo observado. “Faz sempre tudo como se estivesses a ser comtemplado”. Esta máxima é atribuída a Epicuro. Sigo-o!

segunda-feira, novembro 25, 2013

Cavaco e o consumo mínimo



Cavaco e o consumo mínimo

 

Baptista Bastos sobre Cavaco Silva



«O dr. Cavaco consumiu vinte minutos, no Centro Cultural de Belém, a esclarecer os portugueses que não havia português como ele. Os  portugueses, diminuídos com a presunção e esmagados pela soberba, escutaram a criatura de olhos arregalados. Elogio em boca própria é vitupério, mas o dr. Cavaco ignora essa verdade axiomática, como, aliás, ignora um número quase infindável de coisas.  

O discurso, além de tolo, era um arrazoado de banalidades, redigido num idioma de eguariço. São conhecidas as amargas dificuldades que aquele senhor demonstra em expressar-se com exactidão. Mas, desta vez, o assunto atingiu as raias da nossa indignação. Segundo ele de si próprio diz, tem sido um estadista exemplar, repleto de êxitos políticos e de realizações ímpares. E acrescentou que, moralmente, é inatacável.

O passado dele não o recomenda. Infelizmente. Foi um dos piores primeiros-ministros, depois do 25 de Abril. Recebeu, de Bruxelas, oceanos de dinheiro e esbanjou-os nas futilidades de regime que, habitualmente, são para "encher o olho" e cuja utilidade é duvidosa.

Preferiu o betão ao desenvolvimento harmonioso do nosso estrato educacional; desprezou a memória colectiva como projecto ideológico, nisso associando-se ao ideário da senhora Tatcher e do senhor Regan; incentivou, desbragadamente, o culto da juventude pela juventude, característica das doutrinas fascistas; crispou a sociedade portuguesa  com uma cultura de espeque e atrabiliária e, não o esqueçamos nunca,
recusou a pensão de sangue à viúva de Salgueiro Maia, um dos mais abnegados heróis de Abril, atribuindo outras a agentes da PIDE, "por serviços relevantes à pátria." A lista de anomalias é medonha.
Como Presidente é um homem indeciso, cheio de fragilidades e de ressentimentos, com a ausência de grandeza exigida pela função. O caso, sinistro, das "escutas a Belém" é um dos episódios mais vis da história da II República. Sobre o caso escrevi, no Negócios, o que tinha de escrever. Mas não esqueço o manobrismo nem a desvergonha,
minimizados por uma Imprensa minada por simpatizantes de jornalismos e por estipendiados inquietantes. Em qualquer país do mundo, seriamente democrático, o dr. Cavaco teria sido corrido a sete pés. O lastro de opróbrio, de fiasco e de humilhação que tem deixado atrás de si, chega para acreditar que as forças que o sustentam, a manipulação a que os cidadãos têm sido sujeitos, é da ordem da mancha histórica. E os panegíricos que lhe tecem são ultrajantes para aqueles que o antecederam em Belém e ferem a nossa elementar decência.
É este homem de poucas qualidades que, no Centro Cultural de Belém, teve o descoco de se apresentar como símbolo de virtudes e sinónimo de impolutabilidade. É este homem, que as circunstâncias determinadas pelas torções da História alisaram um caminho sem pedras e empurraram para um destino que não merece. Triste República, nas mãos de gente que a  não ama, que a não desenvolve, que a não resguarda e a não protege!
Estamos a assistir ao fim de muitas esperanças, de muitos sonhos acalentados, e à traição imposta a gerações de homens e de mulheres. É gente deste jaez e estilo que corrói os alicerces intelectuais, políticos e morais de uma democracia que, cada vez mais, existe, apenas, na superfície. O estado a que chegámos é, substancialmente, da
responsabilidade deste cavalheiro e de outros como ele.

Como é possível que, estando o País de pantanas, o homem que se apresenta como candidato ao mais alto emprego do Estado, não tenha, nem agora nem antes, actuado com o poder de que dispõe? Como é possível? Há outros problemas que se põem: foi o dr. Cavaco que escreveu o discurso? Se foi, a sua conhecida mediocridade pode ser
atenuante. Se não foi, há alguém, em Belém, que o quer tramar.
Um amigo meu, fundador de PSD, antigo companheiro de Sá Carneiro eleitor omnívoro de literatura de todos os géneros e projecções, que me dizia:



"Como é que você quer que isto se endireite se o dr. Cavaco e a maioria dos políticos no activo diz 'competividade' em vez de 'competitividade' e julga que o Padre António Vieira é um pároco de qualquer igreja?"

Pessoalmente, não quero nada. Mas desejava, ardentemente desejava, ter um Presidente da República que, pelo menos, soubesse quantos cantos tem "Os Lusíadas."»



 

terça-feira, novembro 19, 2013

Poisio


Estou em poisio
O Poisio dá descanso e repouso às terras cultiváveis, interrompendo-lhe as culturas para tornar o solo mais fértil. Além desta finalidade, pode ser usado como meio de controlo de ervas daninhas consorciada a outras práticas, como a rotação de culturas.O poisio aumenta a recuperação da bio estrutura do solo e a profundidade de enraizamento.
Esta prática foi comum no passado. Actualmente, na Gândara entre pequenos agricultores, passou-se do poisio ao abandono nuns casos, e ainda mais recentemente à eucaliptização acelerada das pequenas parcelas aráveis da Gândara.
As pessoas também sentem, às vezes, a necessidade terapêutica de um poisio, não da eucaliptização acelerada vigente que nos estão a impor.

terça-feira, novembro 05, 2013

As conquistas de Almançor

As conquistas de Almançor

Astor PIAZZOLLA Quinteto en Lisboa 1987 (completo).Archivo Hugo Omar Vig...

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