quinta-feira, julho 27, 2017

As benesses resultantes do uso das tecnologias pelo indivíduo



As benesses resultantes do uso das tecnologias pelo indivíduo e grupos de indivíduos não implicou, nem tem implicado, a absoluta necessidade dos utilizadores finais estejam municiados dos conhecimentos básicos acerca destas. O uso de um smartphone não requer qualquer conhecimento tecnológico especial, tal qual o uso de um machado não requer qualquer conhecimento do tratamento térmico ou da obtenção do aço deste utensilio. 
Basta saber dar-lhe a utilização para que foi concebida tal ferramenta.

segunda-feira, julho 24, 2017

Já não há músicos como os de antigamente


Sentado no cimo do pequeno tripé, o Sarradão lá vai debitando o seu vasto e único repertório que para os ouvintes e usufruidores dos sons das palhetas não importava o nome. A música que parece sempre a mesma  sanfona, canta para dentro “ferrom” e para fora “fom”, com a marcação teimosa do bater do seu enorme pé agora amortecido pela manta de trapos, no chiar interior da geringonça a fazer música, os sons do ar a sair por entre as pregas do fole que mais parecem bufas em contrário dos baixos que saem do lado esquerdo que não conseguem abafar uns peidos cagados por ele que, como é seu hábito, nega ser mãe de tais criaturas gasosas, mas os catraios sempre atentos para a malandrice, saem a rir e a anunciar aos quatro ventos a paternidade dos traques.

Os consensos, essas criações artificiais



   Ao longo dos tempos foram criados consensos à volta das histórias, onde nada se questiona, e assim estas foram sendo assimiladas como verdades e às vezes até tomadas como verdades absolutas. O caminho das histórias tomado como linear vai de encontro ao acordado com os sectores dominantes de cada época, claro contrapondo-se ao torcido trajecto em espiral dos outros olhares fora das peias dos interesses momentâneos. 

sexta-feira, julho 21, 2017

Até parece que já vi este filme


   Na voracidade do tempo que vivemos tudo nos é apresentado como linear, como se tudo corresse em linha recta do passado para o futuro, e assim nos é mostrado o tempo passado como uma linha recta que nos trouxe até aqui. Só que o tempo passado não é assim tão recto, mas antes um pouco mais espiralado, dando voltas estranhas não circulares, nunca se repetindo apesar das muitas semelhanças, e daí ouvir-se dizer que a história se repete, ou que “até parece que já vi este filme”. 

quinta-feira, julho 06, 2017

A beleza de um gatafunho!

A beleza de um gatafunho!

Sinto, neste momento, uma enorme vontade de fugir ao stress e escrevo isto com caneta de aparo só pelo gesto que acalma no olhar do deslizar deste  ao deixar tinta azul sobre o papel.
Eu uso caneta de aparo no caderno de notas que transporto comigo. É mania que carrego e que cada vez mais me vinca. Se contasse isto a alguns, que não a vós que estais a ler isto, ouviria deles que eu estava maluco, logo agora que até ando em busca de cartuchos de tinta de cor mais acastanhada, daquela que dá aspecto de ter sido efectuada há muito tempo. É só para o sentir do olhar da construção de gatafunhos deixados sobre uma página de caderno.
A beleza de um gatafunho!
Mas desde quando é que um gatafunho é belo?

Há algo de narcísico na escrita, só pode!