A questão cultural local que está relacionada com as autarquias, é neste momento a actual solução da continuidade, na repetição da fórmula “panis et circus”, em que os números apresentados ao espectáculo na tenda do circo, mesmo mudando o cabeça de cartaz, apontam na política assente no gasto e na redistribuição, números estes que têm sido aplaudidos no passado conforme as circunstancias em função dos diversos públicos presentes ao espectáculo, isto é, mais do mesmo.
Partindo do ingénuo princípio que o número do gasto deixa de ser levado à pista, ficando assim o número circense da redistribuição. A pergunta que coloco é se existe riqueza para distribuir. Ora como a riqueza não aumenta e o passo dado tem sido maior que a perna, a fórmula apresenta-se como estafada, em que as autarquias (Câmaras e Juntas de Freguesia) se têm apresentado mais como redistribuidoras e gastadoras de uma parte dos impostos arrecadados pelo Estado, isto apesar dos enfeites, laços e fitas e aspecto lavadinho para acompanhar a moda. Alegremente vamos empobrecendo, enquanto o dinheiro para pagar ao gaiteiro tem que aparecer de qualquer jeito.
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