terça-feira, abril 10, 2007

Olhando sobre as nuvens

Há vezes torna-se vantajoso olhar sobre as nuvens. O que se ouviu só na prelecção inicial de uma missa da Confraria da Gândara (Tocha), II capítulo realizado a 31 de Março foi de tal forma nebuloso que aí se sentiu a vantagem de olhar sobre as nuvens. Parafraseando Bocage, “era alçar e bater que até parecia f…… E o que parece, é! Foi com cara de riso de muitos que se foi ouvindo a infeliz intervenção do padre, o senhor José Quitério, que tanto lustro passou no presidente da Câmara de Cantanhede que encontrava sentado em pleno altar, mais à sua acção política, que até o nosso homem se sentia mal na cadeira. Tanto elogio que até fedia. Mas ainda bem que o fez, pois fiquei a saber que o dinheiro da minha contribuição autárquica serviu para os toques de duvidoso gosto do sino que não deixa dormir as pessoas do largo da vila, onde felizmente não moro. Mais caricato foi a encenação do convite tardio, já com a cerimónia iniciada, efectuado pelo padre ao presidente da Junta de Freguesia da Tocha, promovendo o autarca a presidente da nossa paróquia. E fiquei também a saber mais umas coisas pró fundamentalismo religioso sobre a Constituição Europeia. Era de comentar, não havia necessidade. O que ficou, ou pareceu ficar, foi a entrega de uma encomenda mal embrulhada. Não sei quem encomendou tal discurso ao senhor José Quitério, mas sei que a intervenção inicial da missa do senhor José Quitério, se não era, parecia ser uma autêntica mostra da promiscuidade existente entre púlpito e politiquice de discurso mal elaborado. Sorte teve a girafa!

4 comentários:

Anónimo disse...

essa confraria está condenada a prestar vassalagem ao PSD... Parece que convidaram APENAS os vereadores do PSD para serem entronizados... Que eu saiba a câmara têm 7 vereadores ao todo (4 PSD + 3 PS)

Anónimo disse...

Caro Confrade,
Sinceramente gostei bastante da cerimónia do primeiro capítulo, pelas notas introdutórias acerca das irmandades e confrarias que o Sr. Padre fez. Algumas confrarias vieram-me dar os parabéns pela explicação que o Sr. Padre deu.
Neste Capitulo sinceramente fico com a sensação que foi aproveitada uma oportunidade de agradecer qualquer coisa que não tem muito a ver com a confraria. Quando o Sr. Padre pediu que fizéssemos um cortejo para dar inicio à cerimónia, onde incluísse as pessoas importantes da confraria, foi chamado o nosso Grão Mestre e Mordomo Mor para subir mas o Sr. Padre quis que fosse também o Presidente da Câmara. Apenas lhe dissemos que o Presidente da Câmara não tem nenhum cargo na Confraria é apenas confrade como todos os outros, a resposta foi taxativa: na confraria mandamos nós na Igreja manda o Sr. Padre. Longe de mim imaginar um discurso tão longo e com tantos agradecimentos…

Manel disse...

caro Chanceler,
Na cerimónia do primeiro capítulo, as notas introdutórias acerca das irmandades e confrarias que o padre sr. José Quitério deu, referiam-se a confrarias que já foram, são passado, e não têm quaisquer ligações nos objectivos e propósitos com a nossa Confraria.
Agora que toda aquela preleção parecia uma encomenda, parecia. Mais, ou o senhor José Quitério, está deslocado no momento, ou se faz de deslocado, ou fez o frete a alguém, mesmo sem este ser encomendado (até ao admito).
A estupidez é o acto praticado pelo estúpido, que prejudica terceiros e o próprio estúpido. Daí não valer a pena ajudar o estúpido, pois este mais tarde ou mais cedo nos prejudicará. Mas o sr. padre não é assim tão estúpido, pois não?
A encomenda foi entregue, mal embrulhada claro, e quem pagou foi a Confraria.
Manel
(Confrade fundador)

Anónimo disse...

Ás vezes... O Cão que ladra morde!