Blog do Manel
«Sabes o que me lembra este céu? Mais ou menos: a guerra dos astros. Tal e qual. A guerra dos mundos. Um sol maléfico, que tenta destruir a maquete, e sete planetas menores que tentam defendê-la.» [Finisterra, Carlos de Oliveira]
quinta-feira, fevereiro 20, 2025
Olhemos para a realidade.
Olhemos para a análise histórica, a
ascensão e queda do império.
Uma máquina de impressão de dólares que
alçou os USA a potência económica mundial que, com o papel verde, obriga aos
países que ameaça a adotar a medidas que quer.
Olhemos para a realidade.
Recuemos à queda do bloco soviético e à
rampa do neoliberalismo como o início da decadência do imperialismo norte-americano.
A Europa em desagregação e só. A Rússia economicamente quebrada.
Olhemos para a realidade.
Nos USA muda o partido e não muda a
política.
Na China muda a política e não muda o
partido.
Olhemos para a realidade.
Um dilema tem resolução com duas soluções,
enquanto um trilema não, se queremos encontrar as três soluções.
Olhemos para a realidade.
Ouvi a entrevista de Trump.
quinta-feira, fevereiro 06, 2025
A religião é cultural.
Depois há muitos deuses, mas o deus único é
ditatorial.
Por isso ter um deus na palma da mão dá uma
vantagem de controlo social, isto para quem detém o poder.
Voltaire terá dito algo do tipo: " o
pensador, o filósofo, pode dispensar a religião (deuses) mas o homem de estado,
o político, esse não".
Neste último caso, o político, deverá
escolher o deus da maioria, mas ter em atenção que os seguidores do deus único
são os ateus dos restantes deuses, dos deuses dos outros.
É que nas narrativas, todas elas, em
especial as religiosas, todas as personagens, em especial as divindades, são
marionetas nas mãos do narrador.
A argila, a pedra, o papiro, o papel ou
monitor como este onde escrevo, aceitam tudo o que se queira escrever ou
registar.
quarta-feira, fevereiro 05, 2025
Discursos com cheiro a trampa.
segunda-feira, fevereiro 03, 2025
Hoje há cerejas, amanhã não sabemos.
terça-feira, janeiro 14, 2025
A dialética do altifalante.
Todos os
altifalantes que ouvimos ao longo da nossa existência só debitam os interesses
dos que dominam na sociedade.
Desde os púlpitos
das igrejas às televisões, da publicidade às redes sociais, esse controlo está
plasmado no discurso do dia-a-dia do cidadão.
segunda-feira, janeiro 13, 2025
Da discussão não nasce a luz.
A verdade é um
discurso sobre a realidade.
Caso aquele não
vá ao encontro desta estamos no encontro do erro, e continuar assim a fala, passamos
do erro à mentira.
Daí a mistura
contida de mentiras e verdades na arte do discutir, no controlo das pulgas que passeiam
a horta de maneira a ignorar os elefantes que a espezinham.
Sendo assim, a
discussão é um processo que serve para mostrar que os outros é que estão
errados.
Posso eu concluir
que da discussão não nasce a luz?
sexta-feira, janeiro 03, 2025
Aceita-se o atual estado de coisas,
Aceita-se o atual estado de coisas, o caminho que levam, como se natural fosse.
quarta-feira, dezembro 18, 2024
A construção do fado de Lisboa
Na guitarra Maria do Carmo Alta, primeira mulher empresária de fado, também fadista e guitarrista profissional.
sexta-feira, dezembro 13, 2024
Crescimento
Eu estou a pensar que a inovação financeira anda montada na inovação tecnológica, e está a potenciar a chamada recuperação dos mercados, isto para as empresas colocadas nas listas dos ditos das acções da praça de Londres, por exemplo.
segunda-feira, dezembro 09, 2024
"Yahweh e sua Asherah.
segunda-feira, novembro 25, 2024
A verdade só o é quando coincide com a realidade.
A verdade só o é
quando coincide com a realidade.
Existe a
realidade e mais nada, e não pode ser compreendida pela Moral.
A utopia não é a verdade. É um desejo.
Observem que os donos do dinheiro, os servidores do Mercado, aqueles que mandam nisto, compreendem muito bem a realidade e, claro, não têm utopia, mas oferecem-na muito bem embrulhada aos outros.
Vejam quem aposta
no euro milhões e joga nas raspadinhas em busca de uma utopia, de um desejo
esperançoso.
(Xilogravura por Ambrosius Holbein de uma edição de 1518 de Utopia)
terça-feira, novembro 19, 2024
A Celeste dos cravos
sexta-feira, novembro 15, 2024
Lá é como cá!
Trump escolhe o seu próprio advogado como adjunto do Departamento de Justiça
quarta-feira, novembro 06, 2024
Cá é como lá
quarta-feira, outubro 30, 2024
Cada época com seu ópio.
Cada época com
seu ópio.
Em meados do
século XIX, os operários ingleses, dadas as condições de trabalho e nem só,
eram na sua maioria viciados em ópio, que era de fácil acesso à época.
Em Portugal era o
vinho no seguimento da propaganda estatal de 1939, “Beber vinho é dar pão a um milhão de portugueses”, e nem só essa,
para reparar as energias depois de uma jorna laboral, tal qual o ópio na velha
Albião do século XIX.
Com as guerras do
ópio, guerras do império, 1839-42 e 1856-60, o ópio deixou de ser usado pelas
pessoas mais pobres. Foi então que o álcool e a religião, dado o aumento do
operariado, passaram a ter um novo campo de atuação e de uso.
A célebre frase
de Karl Marx, “A religião é o ópio do povo”, foi escrita neste contexto. Marx
vivia em Londres.
“A angústia
religiosa é ao mesmo tempo a expressão da verdadeira angústia e o protesto
contra essa angústia verdadeira. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o
coração de um mundo sem coração, assim como ela é o espírito de uma situação
sem espiritualidade. Ela é o ópio do povo.
A frase, no
contexto em que foi produzida, tem pouco de marxismo.
segunda-feira, outubro 28, 2024
“Não há pão para malucos”,
Tocador
(desenho de 1875)
De notar que o tocador que serviu de modelo e o artista, autor do desenho, não sabiam tocar guitarra. É o que o desenho mostra.
“Não há pão para
malucos”, é o que eu me entendo do hoje em dia, neste estado da Coisa, aqui
chegados.
´Buscar compreender
o Caosmo, é o que me esforço em acontecer
a cada momento que nele me encontro.
sexta-feira, outubro 11, 2024
A Trumpificação da Política
A
Trumpificação da Política
Cá, como lá, a politica se trumpifica na narrativa de levar o Presente para um Passado falso e trazer um Passado falso para o Presente.
É uma técnica milenar de retroprojeções, racionalizando mitos a ponto de os
tornar verdades absolutas.
Da parte que me cabe, o maravilhoso revela o falso.
Foto roubada no sítio www.economista.com
quinta-feira, outubro 03, 2024
Fila de cegos
Fila de cegos.
segunda-feira, setembro 23, 2024
Não há fumo sem fogo
De há 50 anos para cá os fogos nas manchas de pinheiro bravo serviram para substituir esta árvore pelo eucalipto. O pinheiro bravo foi resultado das políticas dos baldios e Junta de Colonização Interna nos finais do seculo XIX e nos inícios do século passado respetivamente.
quarta-feira, setembro 18, 2024
O plutocrata
quinta-feira, agosto 29, 2024
A Termodinâmica e o meu Sistema
À medida que regredimos no tempo da nossa
memória, mais intenso foi o tempo vivido.
Hoje o tempo é mais líquido,
apresentando-se a diluir nele mesmo. O tempo não é o que está para vir, mas sim
o que está a deixar de ser, ou seja, não há futuro.
Há sempre perdas da passagem da desordem
para a ordem. O círculo não é vicioso, e não será um círculo mas algo mais
espiralado, porque há operações irreversíveis.
Sentimos na vida que o espaço é função do
tempo, mas o tempo é função do próprio tempo, ou seja, o tempo no fim de si
mesmo, isto é, não há eternidade.
Se, por acaso, houvesse uma previsão estatística
anterior ao “nascimento do universo”, seria um nascimento impossível.
Na nossa vida, na nossa evolução social,
tudo o que foi criador e fundador, foi sempre estatisticamente improvável.
terça-feira, agosto 27, 2024
Uma colher de moralina
A realidade é teimosa, conspira contra os desejos.
sexta-feira, agosto 02, 2024
Política por parábolas.
Política por parábolas.
O político
ganhou as eleições prometendo a mudança.
“Temos que
mudar” era o seu slogan de campanha.
No governo, um
alto funcionário apresentou-lhe evidências de corrupção dentro
da sua organização: havia um desvio, é assim que se diz, de fundos destinados a
obras sociais
O político
ouviu, nada disse, e demite o denunciante.
Os outros, os
mais próximos, entenderam a mensagem.
segunda-feira, julho 29, 2024
A verdade, o erro e a mentira.
Sendo a verdade um discurso sobre a coisa, em que a dita coisa corresponde, efetivamente, ao discurso, e no caso contrário, quando o discurso não corresponde à coisa, é o erro.
Sabendo do erro no discurso sobre a coisa, e continuando a afirmar que ele é a verdade, estamos, agora, na mentira.
Os mitos são umas histórias fantásticas, pouco racionais, que têm como objetivo em apontar ideias numa forma sugestiva, e não pelo racional, mas por meio de metáforas, alegorias e simbolismos. Assim sendo, o mito não corresponde à definição de verdade atrás exposta. Afirmar que o mito que eu quero que seja verdade, e que os outros sejam efetivamente mitos, é um apelo ao sistema ditatorial, se é assim que lhe posso chamar.
Neste caso é a ditadura do pretenso monoteísmo.
quinta-feira, julho 18, 2024
Aprender a desaprender as tralhas que aprendi
O que andas a
fazer?
Ando a aprender a
desaprender.
Largar borda fora
as tralhas que me foram impingidas.
Eles falam,
falam, conversa e mais conversa, à laia de Gato Fedorento.
“ Que uma estrelinha
os ilumine e um caralhinho os foda na graça de Deus, que é quem pode!”
Ámen!
quarta-feira, julho 03, 2024
Já nada me surpreende!
Já nada me surpreende!
Imaginem as coisas que eu lia!
Proposição tão evidente que não precisa ser demonstrada.
Porque hoje dei uso a vocábulo, lembrei o título do livro que li nos idos 82 e 83. O axioma de Linder.
Eram o tempo do
Serviço militar obrigatório, e das terríveis viagens de comboio ao fim de
semana.
Recordo que o
autor classificava as sociedades em dois tipos: as que tinham excesso de tempo e
as com escassez de tempo. As menos evoluídas teriam excesso de tempo. Daí comerem
devagar, terem refeições longas e com muita conversa, enquanto as avançadas ingeriam
refeições rápidas, enfim, como tinham escassez de tempo compravam tudo feito.
Se o crescimento
económico é constante, se as dificuldades materiais diminuem, porque não
estamos culturalmente melhores?
Porque é que a sociedade,
apesar dos benefícios que nos prometiam uma vida tranquila e harmoniosa, está numa
correria louca e desenfreada?
As coisas que eu
lia quando militar miliciano!
segunda-feira, julho 01, 2024
Hoje em dia
O mundo num caminho de neoliberalismo, um processo cruel e absurdo.
Eu não sou e não quero ser político, mas quero ter um papel político.
quinta-feira, junho 20, 2024
Declaração.
sexta-feira, junho 07, 2024
sexta-feira, maio 31, 2024
66 + 7/12
66 + 7/12
Ler na capa de um
semanário que a idade de reforma sobe para os 66 anos e 7 meses, quando tenho
65 anos e 7 meses vividos, não me entusiasma nem me stressa neste momento.
A velhice é um
esforço que só os anos nos habituam.
Saber sair de
cena não é nenhuma virtude. É saber que se é empurrado borda fora. Primeiro com
elogios e depois com o esquecimento.
Desfazemo-nos,
esboroamo-nos a caminho da não existência.
É fodido? É!
Chateia-me e
deixa-me triste, só isso!