O paradoxo do
trabalho (4)
Eu não sei qual a equação ou equações faltaram ao sistema matricial de John Keynes para que ele tivesse concluído em 1930, que no final do século XX, início do século XXI, a semana de trabalho industrial seria de 15 horas semanais, e falhasse.
Só sei que o pensamento económico dominante
que se lhe seguiu, e hoje a cavalgar a globalização, recebeu galardões prémio Nobel nas pessoas
de George Stigler e Milton Friedman, onde o Keynesianismo foi rejeitado em
favor do monetarismo.
Agora o Sistema compra boato e vende fato. Isto tudo sempre
na mira do crescimento pelo crescimento, numa doutrinação constante, onde
qualquer político seja da esquerda, direita ou centro, e agora com os comentadores
chamados também de “opinion makers” e “opinion leaders”, debitam essa palavra a
torto e a direito nas suas verborreias discursivas.
Ciclicamente a maré baixa e os que nadam nus ficam
expostos, nas suas vergonhas, nas areias do mar da engenharia financeira.
É assim que o famoso e poderoso Mercado cria cada vez
mais ocupações inúteis, e paga bem a esses trabalhadores, como forma de
garantir que as atividades mais necessárias continuem mal remuneradas.
Sem comentários:
Enviar um comentário