terça-feira, novembro 15, 2022

Cada um lê o passado como sabe, como quer e como calha.

 


 



Cada um lê o passado como sabe, como quer e como calha.

Por mais rebuscadas que sejam as narrativas do passado, estas não mudam a realidade do momento. Não passam de aditivos que viciam as mentes dos que, através dos anacronismos ideológicos e, apesar da teimosa realidade de entrar olhos adentro, ainda negam ver o óbvio para uns e o não existente para outros.

Criada a nova narrativa, reprojeta-se esta no passado.

A interpretação dos factos passa a ser outra.

Pelas redes sociais poderemos constatar que as pessoas ao sentirem o desmoronar do edifício ideológico de décadas, entram em discursos com recurso a raciocínios quase teológicos para a justificação, isto para os próprios e para os que querem que assim seja.

São assuntos discursivos que não valem a pena refutar. É escusado!

O raciocínio é forrado de teologia doutrinária, embrulhada em revisionismo histórico suportado em alegorias forjadas em mitos assumidos como verdades.

 

Mas tudo é possível e legítimo.

Cada um lerá como quiser e o que quiser.

Hoje é assim, amanhã não sei.

Uma só garantia aqui eu deixo: o mais certo é eu estar possivelmente errado.

 


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