Cada um lê o passado como sabe, como quer e como calha.
Por mais rebuscadas que sejam as narrativas do passado, estas não mudam a
realidade do momento. Não passam de aditivos que viciam as mentes dos que, através
dos anacronismos ideológicos e, apesar da teimosa realidade de entrar olhos adentro,
ainda negam ver o óbvio para uns e o não existente para outros.
Criada a nova narrativa, reprojeta-se esta no passado.
A interpretação dos factos passa a ser outra.
Pelas redes sociais poderemos constatar
que as pessoas ao sentirem o desmoronar do edifício ideológico de décadas,
entram em discursos com recurso a raciocínios quase teológicos para a
justificação, isto para os próprios e para os que querem que assim seja.
São assuntos discursivos que não valem a
pena refutar. É escusado!
O raciocínio é forrado de teologia
doutrinária, embrulhada em revisionismo histórico suportado em alegorias
forjadas em mitos assumidos como verdades.
Mas tudo é possível e legítimo.
Cada um lerá como quiser e o que quiser.
Hoje é assim, amanhã não sei.
Uma só garantia aqui eu deixo: o mais certo é eu estar possivelmente
errado.
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