sexta-feira, abril 30, 2010

Hoje paguei os meus impostos para a Câmara

Costumo afirmar que agora sou rico.
Sou proprietário e pago impostos municipais dos terrenos agrícolas, florestais e urbanos pertencentes à Casa.
Foram pagos no último dia, mas estão pagos pois quem não tem barriga não vai as bodas.
Sinto-me no direito de exigir a melhor gestão possível da coisa pública, e não gosto nada que a minha Autarquia venha nos jornais nacionais, pois os locais nada dizem, como exemplo do desperdício.
Mas não é só o Salão Nobre, desventura a nossa!
Os gastos insólitos na adminis- tração pública não ficam por aqui. A Câmara de Cascais pagou 24 702 euros em papel higiénico, toalhas e sabonete-creme para stock e a Câmara de Cantanhede renovou o mobiliário dos Paços do Concelho por 96 775 euros, dos quais 35 mil especificamente para o Salão Nobre.
José Manuel Marques, do Sindicato dos Trabalhadores da administração local, admite que, "à partida, parecem valores elevados, mas têm de ser analisados caso a caso". Claro que, "num momento em que se impõe contenção aos trabalhadores, o exemplo deveria vir de cima", diz, mas "também não podemos cair no miserabilismo, porque a vida continua". O dirigente dá exemplos de "desperdícios" na administração como seja "a troca constante de viaturas, muitas vezes de luxo", e o "recurso à externalização de serviços, já para não falar dos altos salários dos administradores e assessores das empresas públicas".
Também Daniel Bessa não está em condições de dizer "se são compras bem ou mal feitas", considerando que "cabe às assembleias municipais verificar os gastos". O economista diz que "parece muito dinheiro", mas lembra que uma câmara "é um organismo grande, com gastos elevados". "Não sou capaz de dizer se as verbas são um exagero." Mesmo no caso dos 35 mil euros em mobiliário para o Salão Nobre, replica: "Não sei quantas cadeiras leva. Se levar 200, são 175 euros por cadeira." E insiste: "A responsabilidade dos conselhos fiscais das empresas está a crescer, nos municípios isso só pode caber às assembleias municipais. O que vi, numa pequena experiência autárquica, é que esta verificação não é muito apurada e pode ser melhorada." Alguns exemplos 277 mil euros Tinteiros e consumíveis de secretaria em Oeiras 35 mil euros Mobiliário para o Salão Nobre de Cantanhede 24 mil euros Papel higiénico e sabonete-creme em Cascais
No seguimento do “pensar global e agir local”, considero que as iniciativas individuais podem levar a acções colectivas. Este tipo de actuações levam a mudanças que podem corrigir e apontar saídas para “viver melhor com menos”, uma saída inteligente que nunca poderá ser suportada em “fundamentalismos”, mas sim na diversificação de formas e meios. Viver melhor com menos é uma ideia contrária às ideias vigentes, em que se confunde crescimento com desenvolvimento, sendo os resultados os que temos e vemos: poluição, alterações climáticas, esbanjamento de recursos e a recessão que mais pobres origina. Viver melhor com menos não será recessão, nem falta de desenvolvimentos económico, social e tecnológico, pois estes últimos são essenciais para se possa aprender a viver de nova forma. Cada um que faça a sua parte e encontre o respectivo caminho e forma de não tirar onde não há. Publicada por Manel em 26.1.09
Quarta-feira, Maio 23, 2007 Viver melhor com menos
Teremos, obrigatoriamente, de aprender a viver melhor com menos, pois até agora a questão que se tem colocado tem sido ter que arranjar quem pague, já que no passado a obra de fachada foi mostrada sem que a questão sobre quem pagava fosse apresentada. Todos sabem quem pagou e quem irá pagar. Da minha parte, que paguei, pago e irei pagar, exijo um pouco de respeito pelos meus euros. Exijo luta contra o desperdício, pois ainda há quem ainda viva gerindo o meu dinheiro embandeirando em arco, alegre e festivamente, de uma forma irresponsável. Teremos que aprender a viver melhor com menos. Reconhecer o desperdício será o primeiro passo. Publicada por Manel em 23.5.07

4 comentários:

Carlos Rebola disse...

Manel

Os nós cegos dos sapatos, chegaram à garganta e é com um nó na garganta que não para de crescer que se torna urgente o seu decrescimento (progresso) porque a continuar assim só pode haver um fim: Rebentar, por tanto crescer.
Como nos tumores, crescerem ou decrescerem, faz a diferença entre a morte e a vida.
Entre os nós e os laços prefiro os laços, os primeiros amarram os segundos enlaçam.
Quanto aos impostos municipais, nestes casos, os referidos, geram nos munícipes, ainda mais IMI (Indignação Muito Intensa)

Abraço
Rebola

QUANTO MAIS CHORAS MENOS MIJAS disse...

Não aceito, não aceito, não aceito. Prometeram-me saúde gratuita, auto-estradas de uso livre, ensino gratuito, uma boa reforma, carro para mim e para a mulher, casa própria, um bom emprego e eu votei neles. Como é que agora dizem que não pode ser??? Isto é tudo uma cabala. Eu tenho os meus direitos (adquiridos) e não vou abdicar deles. Isso é que era bom...

Anónimo disse...

Eu nos últimos 5 anos não tenho pago nada. Vivo do sub sídio Rend. Social Exclusão. Mas como sou amigo do presi dente, e fazemos umas pane ladas juntos, vou pedidndo e eles lá vão tratando de me limpar tudo. Mas eu voto neles. São gente boa. Ainda otem me vieram trazer umas sandálas novas para ir ver o nosso padre

MÁRIO CANICEIRO disse...

A evolução chega muito devagar a este canto da Europa. O regabofe vai apertando. Já não era sem tempo.