quarta-feira, agosto 30, 2006

Traçar a Memória do Concelho de Cantanhede

Recebo na caixa do correio este pedido para ceder, ainda que temporariamente, testemunhos e objectos de valor documental, para que se proceda ao seu registo fotográfico e catalogação. É um tímido começo para um projecto que não passa de uma cópia do trabalho que os grupos etnográficos já fizeram. Sugeria que em vez disso, fosse lançado um alto patrocínio a trabalhos de outro ordem, desde o fomentar a leitura das obras de Carlos Oliveira nas escolas secundárias, apoiar a edição de obras literárias de escritores gandareses e bairradinos (lembro as obras que Idalécio Cação tem para publicar) , assim como estudos histórico e arqueológicos (lembro os trabalhos de Mário Oliveira), entre outros. É que a memória não é só o amontoar de artefactos. Se não for vivida não tem elos para o futuro.

2 comentários:

Cristina disse...

parece uma boa iniciativa, apesar de tudo:)

beijinho

Manel disse...

Cristina,
os grupos etnográficos que conheço, têm bons espólios e trabalhos de recolha efectuados desde há décadas. A sistematização da coisa seria o suficiente.
Só que fazer chover no molhado se torna fácil e depois o mostrar de outras visões das coisas é uma cultura que incomoda.
É mais cómodo a política da distribuição de subsídio, até parece a Santa Casa da Mesiricórdia. Só que já se vê o fundo da gamela!