Recebo na caixa do correio este pedido para ceder, ainda que temporariamente, testemunhos e objectos de valor documental, para que se proceda ao seu registo fotográfico e catalogação.
É um tímido começo para um projecto que não passa de uma cópia do trabalho que os grupos etnográficos já fizeram. Sugeria que em vez disso, fosse lançado um alto patrocínio a trabalhos de outro ordem, desde o fomentar a leitura das obras de Carlos Oliveira nas escolas secundárias, apoiar a edição de obras literárias de escritores gandareses e bairradinos (lembro as obras que Idalécio Cação tem para publicar) , assim como estudos histórico e arqueológicos (lembro os trabalhos de Mário Oliveira), entre outros.
É que a memória não é só o amontoar de artefactos. Se não for vivida não tem elos para o futuro.
«Sabes o que me lembra este céu? Mais ou menos: a guerra dos astros. Tal e qual. A guerra dos mundos. Um sol maléfico, que tenta destruir a maquete, e sete planetas menores que tentam defendê-la.» [Finisterra, Carlos de Oliveira]
quarta-feira, agosto 30, 2006
Traçar a Memória do Concelho de Cantanhede
Recebo na caixa do correio este pedido para ceder, ainda que temporariamente, testemunhos e objectos de valor documental, para que se proceda ao seu registo fotográfico e catalogação.
É um tímido começo para um projecto que não passa de uma cópia do trabalho que os grupos etnográficos já fizeram. Sugeria que em vez disso, fosse lançado um alto patrocínio a trabalhos de outro ordem, desde o fomentar a leitura das obras de Carlos Oliveira nas escolas secundárias, apoiar a edição de obras literárias de escritores gandareses e bairradinos (lembro as obras que Idalécio Cação tem para publicar) , assim como estudos histórico e arqueológicos (lembro os trabalhos de Mário Oliveira), entre outros.
É que a memória não é só o amontoar de artefactos. Se não for vivida não tem elos para o futuro.
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2 comentários:
parece uma boa iniciativa, apesar de tudo:)
beijinho
Cristina,
os grupos etnográficos que conheço, têm bons espólios e trabalhos de recolha efectuados desde há décadas. A sistematização da coisa seria o suficiente.
Só que fazer chover no molhado se torna fácil e depois o mostrar de outras visões das coisas é uma cultura que incomoda.
É mais cómodo a política da distribuição de subsídio, até parece a Santa Casa da Mesiricórdia. Só que já se vê o fundo da gamela!
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