O paradoxo do
trabalho (7).
Quando do trabalho
só se retira o possível retorno para colmatar as necessidades básicas, e outras
que não descrimino, mas assumidas contratualmente, podemos concluir que as
pessoas passam muito tempo das suas vidas em inutilidades.
Nesta era de
oferta de prazer a esmo, atingido pela via do consumo e uso rápido, nesta
religião cuja penitência é o trabalho, nem preparados estamos, sequer, para
imaginar tempo de lazer puro e duro, isto é, sem ser tempo de consumo.
Tal como o espaço,
a atmosfera, em que vivemos envolvidos tem horror ao vazio, assim a sociedade que
nos envolve tem horror ao ócio e, pior ainda, à preguiça.
Bibliografia:
- Teoria Geral do Emprego, do Juro
e da Moeda, de John Maynard Keynes.
- Liberdade para Escolher, de Friedman, Milton e Rose Friedman.
- Bullshit Jobs, de David Graeber.
- O Decrescimento, Entropia - Ecologia – Economia, de Nicholas
Georgescu-Roegen.
- A Ascensão do Dinheiro. Uma história financeira
do mundo, de Niall Ferguson.
- Homo
Deus: História Breve do Amanhã de Yuval Noah Harari.
- O Direito
à Preguiça de Paul Lafargue.
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