terça-feira, novembro 22, 2022

O paradoxo do trabalho (7).


 

O paradoxo do trabalho (7).

Quando do trabalho só se retira o possível retorno para colmatar as necessidades básicas, e outras que não descrimino, mas assumidas contratualmente, podemos concluir que as pessoas passam muito tempo das suas vidas em inutilidades.

Nesta era de oferta de prazer a esmo, atingido pela via do consumo e uso rápido, nesta religião cuja penitência é o trabalho, nem preparados estamos, sequer, para imaginar tempo de lazer puro e duro, isto é, sem ser tempo de consumo.

Tal como o espaço, a atmosfera, em que vivemos envolvidos tem horror ao vazio, assim a sociedade que nos envolve tem horror ao ócio e, pior ainda, à preguiça.

 

 Bibliografia:

- Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de John Maynard Keynes.

- Liberdade para Escolher, de Friedman, Milton e Rose Friedman.

- Bullshit Jobs, de David Graeber.

- O Decrescimento, Entropia - Ecologia – Economia, de  Nicholas Georgescu-Roegen.

- A Ascensão do Dinheiro. Uma história financeira do mundo, de Niall Ferguson.

- Homo Deus: História Breve do Amanhã de Yuval Noah Harari.

- O Direito à Preguiça de Paul Lafargue.


Sem comentários: