quinta-feira, novembro 17, 2022

O paradoxo do trabalho (5)

 



O paradoxo do trabalho (5)

Em 1930, o economista John Keynes previu que no final do século XX, início do século XXI, a tecnologia iria libertar as pessoas de tarefas repetitivas, sem sentido, e que ele considerava como inúteis.

No entanto a voz corrente de hoje em dia ainda é o contrário. Com a robotização e a Inteligência Artificial assustam-se as pessoas que já lhes roubam o trabalho, o tal instrumento feito de três paus, o tripalium.

O medo está entre os que vendem o seu tempo ao Sistema, e se a quantidade de medo específico baixa, há que o manter a um certo nível.

As notícias das TVs e dos meios de comunicação, repassadas pelas redes sociais, rodam sempre à volta da economia, têm como objetivo colocar o medo do cidadão num determinado nível de ansiedade.

Assim tudo andará à volta daquele receio constante de perder qualquer pouca coisa que se julga ter, e fica-se mais recetivo a aceitar tudo isto como normal.

Thomas More afirma: “A pobreza do povo é a defesa da monarquia... A indigência e a miséria eliminam toda coragem, embrutecem as almas, acomodam-nas ao sofrimento e à escravidão e as oprimem a ponto de tirar-lhes toda a energia e sucumbir ao jugo”.

Tenham medo, que já há literatura do anúncio do possível fim do Humanismo, já para o breve amanhã.

 

 


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