O paradoxo do trabalho (5)
Em 1930, o economista John Keynes previu que no final do século XX,
início do século XXI, a tecnologia iria libertar as pessoas de tarefas
repetitivas, sem sentido, e que ele considerava como inúteis.
No entanto a voz corrente de hoje em dia ainda é o contrário. Com a
robotização e a Inteligência Artificial assustam-se as pessoas que já lhes roubam
o trabalho, o tal instrumento feito de três paus, o tripalium.
O medo está entre os que vendem o seu tempo ao Sistema, e se a quantidade
de medo específico baixa, há que o manter a um certo nível.
As notícias das TVs e dos meios de
comunicação, repassadas pelas redes sociais, rodam sempre à volta da economia,
têm como objetivo colocar o medo do cidadão num determinado nível de ansiedade.
Assim tudo andará à volta daquele receio
constante de perder qualquer pouca coisa que se julga ter, e fica-se mais recetivo
a aceitar tudo isto como normal.
Thomas More afirma: “A pobreza do povo é a defesa da monarquia... A indigência e a miséria eliminam toda coragem, embrutecem as almas, acomodam-nas ao sofrimento e à escravidão e as oprimem a ponto de tirar-lhes toda a energia e sucumbir ao jugo”.
Tenham medo, que já há literatura do anúncio do possível fim do Humanismo, já para o breve amanhã.
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