quinta-feira, dezembro 02, 2021

Tudo tem no futuro uma história de dar errado.

 

Tudo tem no futuro uma história de dar errado.

Parece que as pessoas sempre acreditaram que o passado era melhor que o presente, apesar de quem antigamente trabalhava era muito mal tratado.

 Adam Smith, importante teórico do liberalismo económico, argumentou que a florescente indústria do século VIII, imaginem, pois estamos no século XXI, tinha a capacidade de tornar os trabalhadores “tão estúpidos e ignorantes quanto possível para uma criatura humana”. 

Emile Durkheim, considerado pai da Sociologia, escreveu que na França da época dos tempos ditos gloriosos, “as pessoas gostavam do trabalho porque o controlavam”. Depois o capitalismo e a economia global vieram tirar-lhes isso.

Agora, no tempo Covid, a situação está com um paralelo. A Pandemia acentuou as desigualdades que antes eram um pouco disfarçadas. Os trabalhadores considerados essenciais continuam a fazer as suas vidas como no tempo pré pandemia, mas agora há novos medos para os pós- pandemia, que nos empurraram para a ideia “o passado é que era bom”.

Há um temor no ar que no pós-pandemia a desigualdade seja persistente. Que o trabalho seja feito por outros, ainda mais do que hoje, que se compre tudo “feito  na China”, ou simplesmente o trabalho entregue a robots, e esta última hipótese é e será certeza.

Recordo que não há “ses” na história. As coisas são como elas são, e a realidade é teimosa.

Eu só estava a pensar que hoje há coisas tão boas que o importante é viver.


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