Tenham medo, muito medo!
O mundo vive em estado de terror, e o terror disfarça-se: foi um tal Saddam Hussein, ou um tal já eliminado Osama bin Laden. Agora temos o pepino, assustador profissional.•
Mas o verdadeiro autor do pânico planetário chama-se Mercado. Este senhor não tem nada a ver com o afável lugar do bairro aonde se vai buscar fruta e verduras.
É um terrorista todo-poderoso sem rosto, que está em toda a parte, como Deus, e julga ser, como Deus, eterno.
Os seus numerosos intérpretes anunciam: "O Mercado está nervoso", e advertem: "Não se deve irritar o Mercado".•
A sua exuberante ficha criminal torna-o temível. Tem passado a vida a roubar comida, a assassinar empregos, a sequestrar países e a fabricar guerras.•
Para vender as suas guerras, o Mercado semeia o medo.
E o medo cria clima. A televisão ocupa-se de fazer que as torres de Nova Iorque voltem a desmoronar-se todos os dias. Lembram-se do antrax? Não! Já não dá medo.
Agora para este país do sol é a troika, o BCE, a dívida, e assim por aí adiante.
Tenham medo.
Se por acaso o medo vier a faltar a televisão do tio Balsemão de encarregará de o criar, para depois vender obesos aos pinotes, para que a maioria dos telespectadores se sintam elegantes.
Tenham medo, muito medo. «Sabes o que me lembra este céu? Mais ou menos: a guerra dos astros. Tal e qual. A guerra dos mundos. Um sol maléfico, que tenta destruir a maquete, e sete planetas menores que tentam defendê-la.» [Finisterra, Carlos de Oliveira]
quinta-feira, junho 02, 2011
Tenham medo, muito medo
Tenham medo, muito medo!
O mundo vive em estado de terror, e o terror disfarça-se: foi um tal Saddam Hussein, ou um tal já eliminado Osama bin Laden. Agora temos o pepino, assustador profissional.•
Mas o verdadeiro autor do pânico planetário chama-se Mercado. Este senhor não tem nada a ver com o afável lugar do bairro aonde se vai buscar fruta e verduras.
É um terrorista todo-poderoso sem rosto, que está em toda a parte, como Deus, e julga ser, como Deus, eterno.
Os seus numerosos intérpretes anunciam: "O Mercado está nervoso", e advertem: "Não se deve irritar o Mercado".•
A sua exuberante ficha criminal torna-o temível. Tem passado a vida a roubar comida, a assassinar empregos, a sequestrar países e a fabricar guerras.•
Para vender as suas guerras, o Mercado semeia o medo.
E o medo cria clima. A televisão ocupa-se de fazer que as torres de Nova Iorque voltem a desmoronar-se todos os dias. Lembram-se do antrax? Não! Já não dá medo.
Agora para este país do sol é a troika, o BCE, a dívida, e assim por aí adiante.
Tenham medo.
Se por acaso o medo vier a faltar a televisão do tio Balsemão de encarregará de o criar, para depois vender obesos aos pinotes, para que a maioria dos telespectadores se sintam elegantes.
Tenham medo, muito medo.
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1 comentário:
GGGGGGGGGOOOOSSTTOOO!
Sai um prozac para o pais junto ao Atlântico!!!!!!!
Bj
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