segunda-feira, junho 16, 2008

Um Tratado mal tratado

Adenda de 18-06-2008: (Foto roubada ao http://jumento.blogspot.com/)
Quando num referendo se discutiu o aborto, como se o país em causa (Irlanda) tivesse que aprovar obrigatoriamente a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, é prova que a manipulação funciona tão bem lá como cá. Para os que se regozijaram com o não irlandês, eis os próximos referendos a marcar para Portugal: - Nacionalização da Galp. - Baixar a idade de reforma para os 50 anos. - Voltar ao escudo. - Sair da União Europeia. - Devolver os dinheiros comunitários já recebidos.
Adenda de 18-06-2008
"Os que por aí andam a dizer que a vitória do "não" no referendo irlandês foi uma grande vitória dos trabalhadores (ainda que andem um pouco envergonhados) sugiro a visita de um dos bloguues dedicados ao "não "Craobh Gal Gréine" referido na caixa de comentários pela amiga Odete Pinto."

5 comentários:

advheleno disse...

Brilhante!

Henrique Monteiro disse...

E nós lá estaremos, para votar sim ou não. Mas imagine-se por mera hipótese, que a Europa actual, a várias velocidades (não podemos esquecer que ninguém censura a Inglaterra, a Dinamarca e a Suécia por não terem aderido ao euro) exige que sejam devolvidos os fundos comunitários recebidos indevidamente?! Muita gente vai ficar com o "rabo a arder".

Convém lembrar também, que a Irlanda está na UE desde 1973 (com a Dinamarca e a Inglaterra) e é um exemplo de sucesso conseguido em grande parte, graças ao modo inteligente como aplicou os fundos comunitários.

Um abraço.

Manel disse...

O problema da má utilização dos dinheiros comunitários em Portugal, além da sua utilização em coisas que sabemos que deram origem às jeeposes, relaciona-se com o modelo de desenvolvimento adoptado e seguido.
Um dos problemas que temos neste neste momento está nos transportes ( os combustíveis não irão baixar de preço), e outro na formação do cidadão. Este último é que nos torna deficitários, pois é aí que os povos são ricos ou pobres, apesar dos recursos naturais ajudarem e muito.
Jovens países ricos e países cheios de história pobres , conhecemos todos nós.

Anónimo disse...

Para além dos jeeposes, também gosto de ver aquele novo rico que atesta o depósito nas gasolineiras com a bicicleta presa no tejadilho ou nas traseiras do seu potente bólide adquirido à custa sabe-se lá de quê.

Manel disse...

Caro Sifrónio,
Afirmou o meu amigo que ninguém contesta a Inglaterra.....

O meu amigo não está por dentro da realidade.
Desculpe esta minha avançada, mas o meu amigo Will Stockley, purshasing manager da SPERING ENGLAND e DELTA FLUID, meu cliente, assim não pensa, apesar de ser muito Inglês, magro, alto e usar calças de manga curta.
É que a realidade prática de quem sente o mercado caseiro como mercado europeu choca muitos que até se sentem donos de uma verdadede que não existe, pois não existe essa coisa chamada de Verdade além de Outras.
Um abraço
manel