quarta-feira, junho 11, 2008

A emenda e o soneto

Quando este boicote rodoviário passar à história, umas empresas de transporte irão falir, enquanto as outras que estão em reestruturação lá conseguirão sobreviver. Com o aumento do preço dos combustíveis iremos reduzir as emissões de CO2, não pela consciencialização ecológica como veículo de mudança nos hábitos e práticas actuais, mas sim empurrados pela economia. Neste momento o boicote das empresas transportadoras, é a luta dos empresários do ramo pela nacionalização das próprias empresas.

5 comentários:

Carlos Rebola disse...

Caro Manel

Haverá sempre quem tenha os combustíveis mais baratos que nós, devido ao poder de compra (um euro não tem o mesmo valor para quem ganha cem ao mês e para quem dez mil no mesmo mês) ou devido à grande oferta e as emissões de CO2 continuarão a aumentar.
É urgente desenvolver tecnologias e energias alternativas mais limpas, mesmo que ao mesmo preço, (o ganho está no ambiente) e pô-las no mercado.

Esta "revolta" dos empresários, o que não acontecia há muito (Março 75) deve-nos fazer reflectir sobre a situação socio-económica do país, parece-me que algo não está bem quando os empresários, diga-se patrões, se juntam à grossa coluna dos descontentes.

Um abraço
Carlos Rebola

Manel disse...

caro Carlos,
Mas há gato escondido nisto tudo. Não haverá umas empresas que querem receber pelo que já não valem.
E porque é que um sector particular da economia tem que ser subsidiado? É que a mtéria prima para a minha indústria não é susdiada, assim como a energia o não é.
Andamos a atacar nos desperdícios, em restruturação contínua.
Um abraço
manel

Manel disse...

Aqui a minha Indústria está em 12 horas de accionar o plano de emergência em colocar o coração da Fábrica (fornos de fusão) em hibernação.

Carlos Rebola disse...

Amigo Manel
(Ontem por qualquer motivo, tenho problemas na ligação ADSL, este comentário não chegou ao teu blog, reenvio-o hoje espero que com êxito)
Espero que não tenhas sido forçado a accionar o plano de emergência para por em hibernação os "fornos de fusão.
Perante esta pequena situação excepcional, parece-me que devemos todos reflectir, será que o país está preparado para acudir a uma situação de catástrofe, indesejável, mas que sempre pode acontecer? Alternativas de solução? Os “experts” e especialistas têm por obrigação encontrar as melhores e mais duradouras..
Verificou-se que não resistimos muito para além de três dias, com um sector chave paralisado. É de todo previsível o contínuo aumento do preço do petróleo e com ele o aumento da instabilidade económica e social, o problema está longe de ser resolvido com soluções provisórias…
Ninguém com responsabilidades na gestão da coisa pública da oposição à situação, se levantou contra o facto da autoridade do estado ser cedida por omissão e inércia a uma espécie de “milícias”.
Chegaram a dizer que a coisa era inconstitucional...

Que a tua unidade de produção continue sem grandes problemas e a evoluir para melhor.

Um abraço
Carlos Rebola

Manel disse...

Caro Carlos,
Não houve necessidade de accionar o plano de emergência, pois pela manhã de ontem já recebia combustível (gás).
Devido aos bloqueios em Espanha os nosso fornecimentos estão em trânsito algures nas estradas da Europa e os nosso Clientes parados.
Não é só Portugal que está deficitário, é toda a Europa que tem que se reorganizar.