terça-feira, maio 27, 2008

A dor do consumidor

Os emails que circulam sobre o apelo ao boicote à Galp pelos consumidores, é um indicador que a cidadania existe.
Claro que os pequenos postos de revenda de combustível são fornecidos pela Galp, e esta tem muito dinheiro para a publicidade com que compra jornais e TVs, além de políticos que falam da descida do ISP na esperança do retorno tachal. Neste acto de cidadania cada um bate-se pelos seus direitos individuais, apesar do monstro chamado Galp dominar e da urgente necessidade em soluções de futuro alternativas que passam, obrigatoriamente, pela nossa mudança de hábitos de consumo.

9 comentários:

Arsenio Mota disse...

Estamos todos a receber constantes apelos para boicotes e mais boicotes a gasolineiras destas ou daquelas companhias. Acho que por aí não chegaremos a lado nenhum. Teremos, sim, de imaginar formas de resistência e de luta mais eficazes. Por exemplo, mas é só um exemplozinho, por que não exigir que os óleos domésticos usados sejam DE DIREITO misturados por nós na gasolina?! Economizava petróleo e o ambiente! Mas há muito mais à espera. Ou vamos esperar que o barril encareça tanto até abandonarmos passivamente os carros?

Carlos Rebola disse...

Em parte estou de acordo com o Arsénio Mota.
Tenho em casa um "bidom" de óleo usado nas frituras da cozinha mas não existe ainda por cá um serviço de recolha de óleos "domésticos". Julgo que serão muitos milhares de litros que diariamente são despejados na "pia" e poderiam ser reutilizados como "biodisel".
Quanto aos monstros económicos que nos asfixiam, recordo-me de Gulliver ser dominado por aquelas minúsculas criaturas (consumidores”?!!!”) nas suas viagens.
A não ser que façamos como o "carocha" do Manel, consome muito mas gasta pouco, porque "anda pouco". É uma solução como, todas as outras, andar menos de carro (se possível) sem o pôr de lado.
Existem consumos desnecessários que é preciso reduzir drasticamente.
Também conjecturo que o exemplo deveria vir de cima, reduzir a cilindrada da frota automóvel da Administração Pública, mesmo não paguando os tais 70% de imposto, que outros querem reduzir.
Abraço
Rebola

Manel disse...

Amigos,
Relativamente aos oleos de fritar, apesar de sr muito pouco usado em casa, pelo facto de se usar duas vezes,coloco-o como bio disel para aquecimento de água. Informo que uso lenha dos meus pinhais para aquecimento da minha casa.
Relativamente ao oleo de fritar para uso auto, eu com 2 amigos fomos ao vinho Alvarinho, de Mercedes a FRITEL.
Era um cheirinho a fritos a puxar para o copito.
Podeis imaginar a vontade com que se chegou a Melgaço.
Abraços
manel

Anónimo disse...

Os bio-combustíveis irão ser necro-combustíveis?
Bio,.... Vida!!!!
E a produção de bio-combustíveis irá destruir a natureza e promover a fome a nível mundial!!! (ainda só estou a pensar)
A 2ª revolução industrial está associada à máquina a vapor, electricidade, combustíveis derivados do petróleo, automóveis, aviões, etc!... e a uma Guerra!!!!!
A 3ª irá ser uma guerra plos alimentos e pelo resto!!!
Há maus hábitos implantados na sociedade moderna, como andar a passear de jeep com a bicicleta atada no tejadilho!
Seria muito mais ecológico ao invés!

odecrescimento disse...

Olá!
Não posso deixar de comentar esta mensagem precisamente por já a algum tempo andar a receber esses emails. Confesso que é, para mim, uma faca de dois gumes: por um lado, tudo o que envolva boicotar o capitalismo e as multinacionais me agrada, por outro não consigo deixar de pensar que a questão é totalmente outra. Todos sabemos, e sempre soubemos, que o petróleo não é infinito, e mesmo que nos tenham embriagado na ideia de que o podemos usar para tudo e mais alguma coisa indefinidamente, ele está, de facto, a acabar. Portanto para mim a questão não é apenas mudar os nossos hábitos de consumo, é sobretudo reduzi-los. Porque mesmo que encontremos soluções alternativas, como por exemplo os bio-combustíveis, eles não só geram todo o genéro de problemas éticos e sobretudo sociais, como nunca terão a potência energética que tem o petróleo. Temos de descer da fantasia irrealista vendida há anos por todos os que têm a lucrar com o frenesim consumista e começar a ser racionais e conscientes no nosso modo de vida.

Manel disse...

Caros amigos,
Teremos, obrigatóriamente, de aprender a viver melhor com menos.
Um abraço a todos
manel

Anónimo disse...

Caro Manel,

tive o prazer de te conhecer hoje na feira do tremoço, e segundo percebi, convergimos entre outras coisas, no interesse pelos instrumentos musicais.

Falei-te do Saltério de Percussão que vou construir para acompanhar a flauta tamborileira. O plano que vou desenhar será baseado neste outro que encontrei numa página de um espanhol:

http://www.es-aqui.com/payno/inst/chicoten.htm

Dadas as características do instrumento (grande volume da caixa de ressonâcia e a sua função de acompanhamento), penso não serem necessárias madeiras muito sofisticadas (e caras) para conseguir algo razoável para um amador nestas coisas.

Gostaria de saber se me poderás ajudar na concepção de uma charamela, um instrumento de sopro medieval parecido com a ponteira de uma gaita-de-foles, mas maior. A minha dificuldade está em conseguir um tubo cónico de madeira. Para as furações já tenho a fórmula.

O meu projecto em torno da flauta tamborileira tem uma página:
www.gambuzino.net


Um abraço,

Carlos Daniel

Anónimo disse...

o link da minha página tem um erro, reescrevo:
www.gambuzino.net

Manel disse...

Caro Carlos Daniel,
Claro que terei o maior prazer em te ajudar.
Usa o endereço de e-mail que aparece no meu perfil completo, deste blog.
Um abraço
manel