sexta-feira, abril 11, 2008

Acordo ortográfico

Nã0 v2jo n3m 5into n2ce55idade ou v2ntagem ne55e tal acordo ortográfico. 3le não me afectará, pois não me influenciará nas minhas conversas telephónicas, nem no facto de eu não usar fato com regularidade. Näo s3rá uma le7ra a mais ou a menos que af2ctará a minha philosof1a de vida.
Poderei e5tar errado.
Cont1nuarei a e5crever sòmente como aprendi 3 às v3z3s c0m e44o5.

14 comentários:

Anónimo disse...

Esses senhores intelectuais de secretária, que querem o Mirandês como 2º Língua Nacional, vêm agora com um acordo ortográfico de “brazileirêz” de M.....(Desculpem, mas sou português pouco culto, mas quando escrevo com uma esferográfica de ponta fina, que tem na uma esfera de 0,0004 metros de diâmetro, ainda consigo cùbicar o volume sem me recorrer da máquina de calcular, apesar de ser uma esfera! Lol! Qualquer dia um destes inteligentes vem dizer que Arquimedes estava errado e alteram-lhe a teoria em Portugal!

Um abraço bem Português
M.Domingues

Anónimo disse...

Amigo Manel,
o seu texto tem mesmo piada, fez-me sorrir. É assim mesmo: apesar de tudo, o seu escrito é legível. Portanto... lembro-me, já suportei três reformas ortográficas e -- imaginem! -- continuo vivo. Adaptado às sucessivas normas! Vou entrar nesta outra, nova. A errar, de início, depois melhorarei com a vossa ajuda... e a do corrector ortográfico que, agora sim, vou ter de instalar...
Abraço apertado!
Ars
P.S. - Continuo com dificuldades na edição de Comentários. São intermitências do sistema. Vai como «anónimo» + 1 x

Anónimo disse...

Caro Manel
Penso que o que está em causa neste acordo ortográfico não é uma regulamentação da evolução natural do português, enquanto língua viva.
O que custa é ver regulamentada esta subserviência a uma língua que evoluiu do português desde há quinhentos anos, refiro-me ao português do Brasil, parece-me que está em causa um pouco da nossa independência cultural.
Penso que não era necessário, "vender" assim a língua portuguesa,
(os brasileiros não vão que alterar, praticamente, qualquer manual de ensino)
os nossos provavelmente vão para os outros PALOPS.
Será que poderemos imaginar um acordo deste tipo entre Ingleses e Americanos?

Permitam-me este trecho de Fernando Pessoa
“Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente, Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa própria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Sim, porque a orthographia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-m´a do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha.”

O texto do "contador de estórias" João Guimarães Rosa é legivel sem acordo ortográfico, e ele é "mineiro" do Brasil, então para quê acordo, se sempre nos entendemos? Acordo pressupõe desentendimento.

O teu texto Manel (bem pensado e melhor escrito) é a prova de que tal acordo (decreto) não vai alterar em nada o nosso relacionamento linguístico.

Um abraço
Carlos Rebola

Anónimo disse...

Aproveito para cumprimentar todos os anteriores participantes e venho para concordar. São as convicções dos falantes que mantêm uma língua e não a sua grafia.
Saudações amistosas.

Anónimo disse...

Fazendo minhas as palavras dos oradores antecedentes,quero acrescentar que não compreendo como e porquê, "baixamos as calças" a tudo e a todos.Não será o português a língua mãe?E então vem agora o "filho" d.p. (Brasil)dizer como é que é?Impôr condições?Bem eu vou continuar a escrever como aprendi e estou-me nas tintas,até porque agora não tenho professores que me dêem uma réguada nas mãos e mesmo assim,também não havia problemas,porque lhes "partia a tromba",que é o que está a dar nas escolas portuguesas.Acho que cada um deve fazer Xi Xi com a sua e "mai" nada.Eles que falem brasileiro e nós falamos o português e acabou.
Desculpem a minha sinceridade.

José Vieira disse...

Deixem-me discordar! Não estamos a ser vendidos a ninguém... o Português é único e tem muitas formas.Se os nossos antepassados pensassem assim hoje falariamos numa língua morta... a língua evolui /fazemo-la evoluir com os linguajares dos vários povos.Além disso já houve outro acordo entre o Brasil e Portugal e foi Portugal que o assinou que não adoptou as alterações.Lembram-se como se escrevia farmácia?
Já repararam que a palavra "fixe" já faz parte do dicionário? alguém discordou??? não me lembro... e as palavras (estrangeirismos)que aceitamos tâo bem sem nada dizer... fica bem... é chique ou chic. Peguem num texto de alguns que não defendem o acordo e leiam, leiam, optam por palavras que não têm raízes Portuguesas. Mas são intelectuais... e podem, mas não defendem em nada, a língua que já não é de Camões mas dos milhões que a falam. Orgulhamo-nos de ser uma das línguas mais faladas do mundo mas esquecemo-nos que é por causa dos PALOP, principalmente por causa do Brasil.
Orgulhosamente sós na cauda da Europa.
Orgulhosamente sós a falar uma língua morta.
Corremos mundo deixamos marca em muitas línguas desde as africanas ao oriente... Fernando Pessoa não escrevia como nós... deixamos de ser Portugueses?? porque se alterou??? a língua evolui, mas são os homens que a reescrevem.O Português destes milhões é mais rico que o dos orgulhosamente sós.
A nossa identidade como PORTUGUESES faz-se noutros campos onde andamos todos muito distraídos.A discussão passa por esta palavra: IDENTIDADE.E a língua é umas delas, mas faltam muitas mais para o SER.Lembram-se do escudo? Os Cabo Verdianos têm-no!Lembram-se da Monarquia? Orgulhamo-nos do D.Afonso Henriques...Nós somos a nossa História e temos de a fazer, aliás, estamos fazendo.Temos de a cumprir.E é fazendo-a como POVO.

José Vieira disse...

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) é um tratado internacional que tem como objetivo criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países que adoptam oficialmente essa língua. Foi assinado pelos representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de Dezembro de 1990, fruto de um longo trabalho desenvolvido pela Academia de Ciências de Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras desde 1980. Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004. O acordo teve ainda a presença de uma delegação de observadores da Galiza.[1]

O Acordo Ortográfico de 1990 almeja a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e o aumento de seu prestígio internacional[2], pondo um ponto-final na existência de duas normas ortográficas divergentes e ambas oficiais: uma no Brasil e outra nos restantes países de língua portuguesa.

Actualmente o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cinqüenta milhões de pessoas com mais de uma ortografia oficial.[carece de fontes?] Mesmo o castelhano apresenta dezenas de variações de pronúncia na Espanha e América hispânica, mas apenas uma ortografia. A língua inglesa por sua vez apresenta variações ortográficas nacionais significativas[carece de fontes?], mas não conta com uma regulamentação oficial.

A unificação ortográfica acarretará alterações na forma de escrita de 1,6% do vocabulário usado em Portugal e de 0,5% no Brasil[3].

José Vieira disse...

A fonte da mensagem anterior é a Wikipédia

Anónimo disse...

Um anedota?!
Cumprindo o acordado ortograficamente um amigo responde assim a uma pergunta de outro amigo na imprensa regional: - "... é certo, tenho cagado no quintal, de fato..."
Continuo com a mesma opinião, se dizem que tanto faz assim como assado, qual o interesse em mudar?...
Os números dizem que temos que mudar mais (1,5%) que o Brasil (0,6%) no vocabulário por força do acordo ortográfico, quem se submete a quem?
… é certo que também tenho cágado no quintal, de facto…
Há quem diga que “a lígua portuguesa é muito traiçoeira”, ficará mais fiel?
Uma curtição bué da fixe…

"Tomai as rédeas vós do reino vosso:" (Canto I, 15)Lusíadas.

Anónimo disse...

Um brasileiro antigo presidente da república apetecia-lhe declarar guerra à Inglaterra, só não sabia era "com que roupa?". Às vezes, os governantes não podendo mexer numa coisas, mexem noutras para picarem o ponto. Se hoje desejamos pertencer a comunidades alargadas, porque não quereremos aderir às lusófonas? As alterações passam e as línguas ficam. P. ex., o "ph" não apareceu no português e francês nascentes, veio até nós a reboque do francês que os letrados quiseram reviver a antiguidade clássica, e depois até deitámos fora; ora, não era o latim uma língua morta? As mudanças são dinâmicas complexas de países novos (Brasil, quasi-continente) e doutros com muitos dialectos tribais, sempre aceites por comunidades que se querem unidas.

Anónimo disse...

... Eu até concordaria com um acordo ortográfico ... ou uma correcção a determinado tipo de ortografia utilizada em Portugal, tais como os Anglicismos.
“Anglicismos são palavras provenientes do inglês e usadas em português, seja devido à necessidade de designar objectos ou fenómenos novos, para os quais não existe designação adequada na nossa língua, seja por uma série de motivos de carácter sociológico (ignorância da língua portuguesa, dificuldades em traduções inglês-português, aculturação, vontade de parecer "distinto", etc.) que levam à preferência por palavras inglesas, em detrimento das portuguesas.”(wikipédia)
Agora com mais tanto brazileirêz,
O “sinhô dotô” podia ter pensado num referendo para o acordo ortográfico, que o povo Português diria de sua justiça!
Mas como neste Portugal de cultura de interesses ainda há muita gente a pensar com os intestinos, e só se apercebem disso, quando são acometidos de súbitas diarreias cerebrais!
...lol ainda ninguém sabe como e quando vão sair com os novos manuais!!!

Caro Carlos Rebola,
Pode acontecer de facto, estes senhores terem de cagar de fato!
Um abraço e uma boa semana a todos,
M.Domingues

Manel disse...

Um abraço a todos,
O português ainda é o que é graças ao Brasil.
Um acordo ortográfico serve em especial maneira às editoras, mas não vejo que venha mal ao mundo se eu escrever como antes do referido acordo.
Não coloco a questão de estar contra ou a favor, pois algaraviadas e patois sempre existiram e existirão, enquanto o animal homem articular sons onde suporta o seu raciocínio.

Arsenio Mota disse...

Tinha que acontecer esta polémica! Até aqui, foi boa. Concordo, nomeadamente, com Jorge Guerra, que disse muito do que é essencial, tal como outros. Ao amigo Carlos Rebola gostaria de dizer que ninguém vai proibir ninguém de escrever e de falar conforme lhe aprouver. Era o que faltava!E creio que falta notar um pormenor que no caso do acordo ortográfico parece basilar: trata-se de um acordo POLÍTICO! Destinado, acima de tudo, a preservar a lusofonia e a presença de Portugal nesse espaço linguístico! Os acordos custam-nos sempre qualquer coisinha, tá bem?
Fico-me por aqui, na satisfação deste debate. Felicito todos os participantes!
Ars

Anónimo disse...

Caros amigos,
Cabe a cada um decidir se quer ser Patriota Português ou Brasileiro.
Mas como em alguns o Patriotismo só anda com futebol, (Ex. do euro 2004! Nunca houve tanta bandeira ao vento e no final a irem parar ao lixo!)
Uma história lida a mais nunca é de mais!

http://www.instituto-camoes.pt/cvc/hlp/hlpbrasil/index.html

Saudações a todos
M.Domingues