quarta-feira, março 26, 2008

Linha do Sol (1)

6 comentários:

Anónimo disse...

Bravo, estas fotos são relíquias (aquele livro do A. Rosa tb. pertence à história do Escoural). Creio que algumas destas coisas têm de sair do baú. Eu comecei a vê-las de maneira diferente sob o olhar intemporal dos maiores da nossa língua. Depois, o mundo moderniza-se defendendo os interesses da região, e não importando produtos ao desbarato que enriquecem os estrangeiros e deixam na penúria os locais. Só há justiça quando p. ex. o pequeno produtor de leite ou o criador de gado sentirem que estão a lucrar, e ambos se queixam amargamente. Vai mal a globalização. A democracia deu a liberdade de expressão mas não a de enriquecer, reservada aos "tubarões". O português é criativo na culinária e no artefacto, e sente-se de mãos atadas.

Carlos Rebola disse...

Caro Manel
Os tempos mudam mas há coisas que permanecem, o muro (rendilhado) o marco (um documento) e os adobos, da característica casa gandareza, hoje sob o reboco.
Parece que a carroça puxada pela vaca vai carregada de estrume, para fertilizar os terrenos duma agricultura que só agora parece que inventaram a "agricultura biológica".
Esta é a memória que nos trouxe ao futuro...
Um abraço
Carlos Rebola

Isabel disse...

Que saudades que tenho do ano que passou e que me levava a fazer aquela curva diariamente!!!
Será que aquele rendilhado se vai manter por muito tempo?! Ponho as minhas dúvidas.

Bjt

Manel disse...

A velha foto é de Moacir Faneco.
A vaca conhece o caminho a dar ao estrume. O ti Manel da Costa segue descalço. Lembro onde ele morava, mas não me recordo da sua fisionomia, o que indica que a foto deverá ter cerca de 40 anos.
É de notar o caminho de areia de minha memória, a forma como o ti Manel da Costa carrega a vara, e a enxada e o engaço nos taipais da corroça.
O rendilhado parece estar condenado, graças à estupidez da Ex.ma Câmara Municipal de Cantanede e o traçado estúpido, na minha opinião, que teimosamnete quer manter para a variante Cantanhede / Tocha.

Anónimo disse...

Memórias que o tempo não apaga!... A carroça, a vaca, o estrume para a sementeira da batata, que muitos só conhecem frita!!
Se o muro rendilhado for reconstruído como foi a ponte que o precede, ficará uma obra exemplar!

Abraço
M.Domingues

Isabel disse...

Não conhecia estes dotes fotográficos ao Moacir :)

Bjt