quarta-feira, janeiro 09, 2008

A ocasião e o negócio

Para muitos o problema está na solução. Os deputados da Assembleia da República que assumam a responsabilidade de ratificação do Tratado de Lisboa, pois é para isso que eu lhes pago e os elegi para este turno. Como o nosso regime é de base parlamentar, se a Assembleia aprova e o Presidente da República concorda, porque não a ratificação do tratado por via parlamentar, pois o referendo neste caso só serviria para fazer parte do problema e não da solução? Tantos foram já os compromissos quebrados, alguns bem mais gravosos e com muito menos ruído à volta, provando que o negócio depende da ocasião. Podemos tomar partido, perante uma determinada situação em determinado momento, com infindáveis hipóteses. Eu destaco as cinco que neste momento penso como mais interessantes, a saber: - Fazer parte da solução. - Fazer parte do problema. - Fazer parte dos empatas. - Cagar e andar para as três anteriores. - Maria vai com as outras.

6 comentários:

Anónimo disse...

Fanatismo político puro. Fosse Exmo Sr. Presidente da Ce Dr. Barroso a fazer exactamente o que faz Sócrates perante a mesma situação (ratificação da cagáda) e o Sr. Eng. não faria esta mesma leitura. Estou-me caganda para a ratificação ou para os referendos. Coisas que só enchem a barriga a alguns

saaboo disse...

A minha escolha vai para "Maria vai com as outras".
hehe "porreiro Pha".
cumprimentos boa continuação para o blog.

Anónimo disse...

Obrigado pelo "galhardete", pois eu só comento situações gerais, não estando a par de certas particularidades da terra.
Quanto a referendos raramente servem, senão para atrasar uns anos a evolução das coisas.
Agora, o novo tratado de Lisboa, francamente desconheço totalmente o conteúdo. Depois do fracasso do referendo francês e holandês.
Sobretudo o "não" francês que era mais um "não" à política governamental que à constituição europeia.
Essa constituição rejeitada mesmo contendo alguns pontos com os quais não estaríamos de acordo representava um passo em frente na construção europeia.
Nunca há nada que seja perfeito, e é sempre possível uma revisão constitucional. Havia nessa constituição possibilidades de contestação popular. E direitos e deveres definidos para todos os Europeus.
Mas nunca nada disto "enche a barriga" de nenhum Povo.
São simplesmente meios de vivência numa sociedade integrada.
E quem é mais "culpado" deste tratado de Lisboa?
Sócrates o pretensioso, Sarkozy o agitado, Barroso o mentiroso?

Anónimo disse...

Não digam que não: o referendo ao Tratado traria aos portugueses um debate porventura esclarecedor e esse debate foi-se ao ar.
Não digam que não: é verdade que Portugal se integrou plenamente na União Europeia sem jamais ter podido pronunciar-se sobre o assunto.
Não digam que não: essa perda de soberania quase total, que incluiu até a perda da moeda nacional, nunca foi votada a não ser pelos opinadores de serviço.
Não digam que não: nós vivemos neste país dentro do sistema dito democrático. Mas... que raio de democracia é esta?! Funciona como? Terei de explicar o que é, na minha ideia, uma democracia digna deste nome?! - Arsénio

Anónimo disse...

é a democracia dos que trabalham para o Estado e daqueles que vivem do estado

Anónimo disse...

o que hoje é verdade mais logo é mentira