quinta-feira, agosto 23, 2007

Scoria

Escoural deriva de escória.
Escória, como resíduo da separação dos metais no processo de fundição (lembro a todos que eu sou fundidor e membro da Associação Portuguesa de Fundição), ou então escória como coisa desprezível, ralé.
(Escória vem do latim, scoria).
Escórias de fundição existem no Escoural.
Já o Escoural já existia (séc. XII /XIV), a Tocha (séc. XVII) ainda aguardava que um frade escrevesse sobre um tal fidalgo Bacelar que existiu séculos mais tarde e que na verdade nunca chegou a ser fidalgo.
A Gândara aí está à espera lhe escrevam a estória das suas gentes, não a história de fidalgos que não passavam de cobradores de côngruas, ou doutros que andavam debaixo das sotainas dos frades Crúzios.

4 comentários:

Anónimo disse...

O Escoural, lugar cuja natureza aprazível não há igual na Tocha, excepto junto à Levadia e lá longe na Fonte Quente, pode ter uma ligação às terras do interior e a Norte, como a Lentisqueira. Aqui, entre os pinhais, segundo dizem os naturais, trabalhavam outrora mestres ferreiros distantes dos leigos para melhor trabalhar os segredos do fogo e forjar o ferro necessário.

Anónimo disse...

Boas férias.

Manel disse...

Caro Jorge,
O Escoural talvez na alta (final) Idade Média fosse de ocupação temporária. Parece-me que assim fosse, o que em parte concorda o arqueólogo João Reigota, que chegou a publicar no Independente de Cantanhede sobre o assunto.
Talvez a ocupação temporária devesse ser a regra da época, dadas as condições do terreno a norte do cabeço do Escoural, a descer para grande vala da veia que alimentava a barra de Mira, hoje a Barrinha.

Anónimo disse...

As conclusões do arqueólogo J. Reigota são bem lembradas. Mas nesta "Memória" aparece o "engenheiro do Escoural" das lides gastronómicas e serões musicais, onde certamente em tais tertúlias se chegará a consenso acerca da história local.