terça-feira, setembro 01, 2020

Os trilhos das coisas.


 

Passado este agosto com pouco gosto a esperar pelas coisas, enquanto se faz acontecer.

As coisas que já tinham perdido o encanto da euforia com que se pintavam. Os efeitos da cascata tecnológica em que estamos embrulhados já se sentiam nos modelos seguidos e assumidos como dogmas. Tem faltado coragem aos líderes europeus, ou porque não querem, ou porque a mando, ou então por razões de grupo de interesses camuflados de ideologia. Tudo serviu para chegar a este estado de coisas.

A pandemia antecipou a curva a 90 graus, e o comboio descarrilou. Ainda não sabemos quando ele para de se entrechocar, tal a inércia da composição.

Alguns, os do costume, já saíram do comboio. Os líderes europeus continuam os mesmos e nós estamos no meio dos destroços ainda em movimento.

Olho a realidade que está fora do comboio, enquanto este se vai estampando.

Os galifões da finança já estão noutra. Só esperam que o pessoal desça das carruagens em campo aberto. É que nós temos que continuar a viagem.

 


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