sexta-feira, setembro 03, 2010

Fibonacci e a Economia

O crescimento económico é a actual religião dominante na qual fomos e estamos a ser educados continuamente. Crescer é imperativo, e até uma décima percentual na estatística é arma de arremesso nos palcos da política.
A crise que sofremos é económica, financeira, ecológica, social e especialmente cultural. O nosso rendimento per capita aumentou e a nossa satisfação diminui. Apesar de os bens consumidos estarem mais acessíveis agora que no passado, gastamos muito mais energia para os ter à nossa disposição. É aqui que começa o ponto de ruptura.
Se o caracol crescesse continuamente, o peso da sua concha o esmagaria.
Os ateus do crescimento económico têm agora uma janela cada vez maior de intervenção. Para começar é reavaliar tudo, substituindo os valores dominantes por outros mais benéficos.
Vá lá, mexam-se!

2 comentários:

Arsénio Mota disse...

O amigo Manel está atento às questões mais dramáticas do nosso tempo. Parabéns, amigo!
Uma resposta decerto relativa e parcial, creio que pode estar na regra dos três RR: Reciclar, Reutilizar, Reduzir. Mas os problemas são globais e ingentes! Exigem medidas também globais. Os modelos e paradigmas económico-financeiros e sociais em vigor têm de acabar e isso vai doer muitíssimo. A crise vai-se arrastar... e as cegueiras também vão durar em demasia. Para já, uma única certeza: o «crescimento económico» ficou sem mais pernas para andar, só políticos bacocos dele falam com língua de pau.
Abraço.

MDomingues disse...

A espiral da economia Portuguesa, parece ser obtida somando os dois números seguintes para obter o anterior, em vez de os dois anteriores para obter o próximo!
É uma espiral pior que … uma hiperbólica talvez!