terça-feira, novembro 03, 2009

Financiamentos

Como é que eles irão arranjar assim tanto dinheiro para fazer o largo e o santuário todo novo?
Eles lá se arranjam.
Olha que depois, com o largo novo, tu já não poderás ir apanhar as bosteiras ao largo. Nem tu nem os teus colegas que juntam os montes da bosta depois das feiras. A bosta do largo passará a ser toda para eles, e tu terás que a comprar para depois a venderes.
Lá vai ficar a bosta ainda mais cara!

5 comentários:

Bruno E. Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruno E. Santos disse...

Reformulei o Português do meu comentário anterior, daí o facto de o ter apagado!

Este post lembrou-me aquelas velhas histórias da Gândara, passadas no anos 20, 30 e 40 do século XX; em que o pessoal andava pela floresta, com um grande cesto de vime às costas, a acarretar todos os bocados de bosta que conseguia apanhar do chão! Esta era produzida pelas vacas bravas que aí andavam, sendo utilizada para estrumar as terras! Quanto alguém enchia o cesto, compactava o conteúdo e vazava-o no chão, ficando ali um monte no solo com a forma do cesto! Depois era voltar a encher o cesto e por aí fora! Quando já existiam vários montes, ia-se a casa atrelar a carroça para os vir buscar!

O problema é que por vezes algumas pessoas tinham a tentação de roubar os montes de bosta feitos por outras indivíduos, o que costumava gerar desavenças e podia até culminar em cenas de pancadaria! Alguém hoje, vivendo em pleno século XXI, acredita que seja possível um monte de bosta gerar cenas de traulitada selvagem entre concidadãos? Ficarão incrédulos a apelidar-me de mentiroso ou acreditarão nestas histórias quase inverosímeis, contadas pelos nossos antepassados?

MDomingues disse...

Caro Bruno!
Nessa altura, a Bosta da Gândara era de qualidade superior! Os terrenos tornavam-se mais férteis com ela!

... Agora para obter Bosta de qualidade, tem de ser seleccionado o bosteador, para uma Bosta D.O.C. ser aceite na empresa de biomassa da gândara!

Manel disse...

Caríssimos,

Bruno e Manel Domingues

No século XIX, toda a bosta largado pelo gado no largo do santuário da nossa senhora d'Atocha era propriedade do santuário.
Tal era o valor da bosta, que os gestores do santuário a queriam toda para eles!

MDomingues disse...

Eles precisavam muito da bosta? e só tinham a vaca e o burro no presépio pelo natal? ... Mesmo em horas aflitas para pagar uma promessa, umas bosteiras sempre se arranjavam! ...Eles aceitavam todas, menos as de carneiro.
...Vá-se lá saber porquê!