A vida está difícil para muitos dos portugueses e a dos partidos políticos, sem excepção, não foge à regra.
Sem lugares e benesses para distribuir a coisa vai mal para se poder fazer a tradicional e clássica política à portuguesa, prova provada que não se pode tirar onde não há.
Algumas ditas elites da política que nunca mexeram uma palha, aparecem agora assustadas com a deriva populista que vem montando a demagogia de futuras novas benesses a distribuir. Esta onda varre todos os partidos, quer sejam da área do poder, veja-se a eleição do novo líder do PSD, quer sejam aqueles que o não desejam, pois nada têm a propor como alternativa além da defesa da não mudança, vulgo conquistas alcançadas ou dos chamados princípios moralistas de diversa ordem. Paralelamente, um movimento anti partidos, ou melhor, a anti partidocracia está por aí, como se viu na abstenção nas intercalares de para a Câmara de Lisboa. No ensaio sobre a lucidez, José Saramago já tinha alertado para o caso.
O maior risco para a Democracia está no descrédito dos próprios partidos políticos, mas são os partidos políticos que terão de encontrar a capacidade de mudar, não apenas as moscas mas também a trampa. Se tal não foi feito atempada e continuadamente, o descrédito aumentará e não se venham depois queixar quando chegar o dia das surpresas.
É interessante e sintomático o que Pacheco Pereira fez ao símbolo do seu partido, invertendo-o.
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