«Sabes o que me lembra este céu? Mais ou menos: a guerra dos astros. Tal e qual. A guerra dos mundos. Um sol maléfico, que tenta destruir a maquete, e sete planetas menores que tentam defendê-la.» [Finisterra, Carlos de Oliveira]
terça-feira, setembro 26, 2006
Jornalices
Houve tempos em que eu, todos os Sábados comprava o semanário Expresso, ou melhor, tinha-o reservado na papelaria da D. Dulcínia, na Tocha. Eram uns tempos de bons e fiáveis conteúdos jornalísticos que serviam de alimento ás conversas. Era o tempo da urbanidade a sobrepor-se à ruralidade.
Acontece que a coisa se desvaneceu com as excessivas campanhas de marketing, o excesso de cadernos e mais cadernos, passando o Expresso a Espesso, acabando eu com a reserva do semanário.
Hoje é o que se vê: a programação informativa piorou, em especial nos canais televisivos, e pior, ainda piorou a fiabilidade da informação. O que interessa é dar a notícia rápido, pois o que conta é a velocidade sem olhar á fiabilidade. E depois são os DVDs, os livros para colecção, a menina bonita no suplemento, …., aquela treta toda que se leva para casa por mais uns euros. O jornalismo de suporte papel, semanários e diários nacionais e generalistas, os ditos desportivos (tantas notícias sobre não futebol), andam numa fase de não fiabilidade e então, os jornais locais e regionais andam pelas ruas da amargura em termos de credibilidade, em que não há praticamente nenhuma notícia que seja minimamente correcta, e sem de deixar de servir a quem paga por elas, dadas as suas dependências de poderes vários e obscuros.
O que eu quero de um jornal escrito, e eu posso estar enganado, é uma informação mais especializada, fidedigna sobre um determinado assunto do meu interesse.
É claro que a Liberdade anda por aí, algures, num espaço libertário global, e dado que a tinta do papel de jornal não é aconselhável em termos higiénicos e sanitários, aconselho que o enviem, sempre, para reciclagem.
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5 comentários:
"Hoje um bom jornal é o que tem um formato agradável, muita cor e secções divertidas e eclécticas" pois claro, é isto é que o povo gosta
Os jornais deviam passar a ser feitos de um material tão "perecível", quanto as notícias que muitas vezes veículam...
Se a nível nacional é o que sabemos, vimos e lemos, a nível regional a dependência jornalística é assustadora.
Lembro o meu post calinadas de Agosto 2006: http://blog-do-manel.blogspot.com/2006/08/calinadas.html
Muito bem dito, até porque essas folhas poderiam entupir o cano, para não dizer que o sujavam.
E não me lembrou de imediato saudar o primeiro blog não fascista que encontro no concelho de Cantanhede. Viva.
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