Confesso que já nem tenho paciência para ouvir, muito menos ver, o comentador, analista, professor universitário, Conselheiro de Estado, fazedor de factos políticos que se dá ao luxo de dar notas a tudo e a todos, que lê todos os livros, que domina o futebol e as feras e outras coisas mais que nem ele sabe nem eu imagino.
Confesso que o ouvia quando ele fazia um programa na TSF, há uns 10 anos ou mais. Mas de há um bom par de anos para cá, o professor tem demonstrado que sabe demais e de tudo, e eu não consigo acompanhar aquela espécie de homilia dominical, pregação com areia demais para a minha paciente camioneta.
5 comentários:
Eu gosto de o ouvir. Principalmente quando o homem usa aquela expressão "e o Zé Povinho bla bla bla...". E quando ele diz "eu que sou da classe média...bla bla bla". Mas o português é um povo atencioso a estas diarreias verbais (muito bem pagas com o dinheiro de todos). Mais um que se tivesse caladinho o país até ficava a ganhar...
Caro Mário,
Tenho a informação que as aulas de direito do professor são excelentes.
Se assim é, e eu acredito, então o homem devia dedicar-se apenas e só às aulas de direito. "Cada macaco no seu galho". Mas porque será que a Justiça está no estado que está? Pergunta pertinente esta.
Caro bufo,
não se trata de só dar aulas, mas o (ab)uso que leva à banalização.
O professor tem mérito, só que já se devia ter escudado um pouco, quando até se apresenta como expert de futebol...
Caro Brudder,
Embora estando de acordo, no geral, sobre a análise que faz no seu comentário, não compreendo o que quer dizer com a ambígua expressão «somos um povo menor»: ainda não atingimos a maturidade ou somos pequenos por natureza?
E embora não goste de ideólogos que pregam homilias na modorra das noites dominicais, fazendo com que muitas pessoas no dia seguinte tenham opinião acerca do estado da pátria (muitas vezes falseada), e assim, já tenham tempo para ler esses pasquins de menoridade - esses sim - que são as «Bolas», penso que eles, contrariamente à gente comum, não pensam que o povo seja menor (ou maior) que outros povos.
Já é tempo de deixarmos de nos autoflagelar com os lugares-comuns sobre «Descobertas» e outros quejandos, porque a nossa história, como disse o grande padre Vieira, é escrita no futuro -pela alma de um povo que se quer humilde e tudo o mais, mas que tem que (deve) cercear a sua propensão para o complexo da menoridade.
Ou também é daqueles (traidores) que não se importaria de ser espanhol?
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