«Sabes o que me lembra este céu? Mais ou menos: a guerra dos astros. Tal e qual. A guerra dos mundos. Um sol maléfico, que tenta destruir a maquete, e sete planetas menores que tentam defendê-la.» [Finisterra, Carlos de Oliveira]
domingo, março 12, 2006
Hoje estive na Praia da Tocha
Uma questão cultural com os turistas e automobilistas.
Num concelho como o nosso, o de Cantanhede, quanto pesará o turismo?
Temos o exemplo da Praia da Tocha, que de local inóspito denominado por Palheiros da Tocha, é transformada em Praia da Tocha, com o surgir do fenómeno da venda de lotes e a construção a tornar-se importante na região só suplantada pela agricultura. A sazonalidade nota-se um pouco na economia. O arrendar de casa no verão tornou-se visível e tem sido solução habitacional temporária, quer para jovens casais, quer com residência temporária.
Entretanto a região sofreu importantes obras em estradas, e o aparecimento dos automobilistas domingueiros. Serão turistas?
Com a autarquia a tentar equilibrar os orçamentos municipais com o Impostos Municipal de Imóveis, tem sido ao longos destes tempos responsável pelo mau ordenamento do território, com aberrações construídas e em construção, e continuando a esbanjar recursos em prol de um inexistente modelo de desenvolvimento, colocando em causa o futuro das próximas gerações. Se o sol, só por si, não vende, que produtos vende a Gândara? Que produtos pode oferecer além de bacalhau com batatas? É que se nada for feito para contrariar este caminho, continuaremos a alegremente a empobrecer. É que olhando um mapa fotografado a partir do céu um técnico da Câmara Municipal, só vê lotes para construção numa parcela de terreno que em tempos produziu feijões.
A razão do erro em que muitos caem ao pensarem o turismo tal qual este se apresenta actualmente, é que o turismo deve funcionar paralelamente com outras actividades, reduzindo assim a precariedade de trabalho. Apostar no turismo tal qual o temos é um logro, isto é, mais automobilistas.
É também claro que os negócios entre amigos correm o risco de serem muito gananciosos. E não se trata de uma qualquer descoberta. As coisa sucedem tal qual se esperam que aconteçam, num modelo turístico assente em empreendimentos rodeados de relva e campos de golfe. Felizmente coisas que não precisam de água.
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3 comentários:
olá manel :)))
então bem vindo!!
que honra, estrear a caixa:)
belo dia hoje, praia, sol e um blog novo lool.
parabéns, cá estarei pra te ler.
beijocas
Cristina,
Obrigado pela visita. Comenta, comenta e comenta.
Aqui pretendo expor as minhas ideias, preocupações, alegrias e trcar ideias e tmabém nais um espaço de edificação da minha liberdade.
Viva. Já vão uns dias em que fiz referência a este artigo, aqui escarrapachado pelo meu amigo, numa conversa com alguem que vive na Praia. Sente, cheira, e come a Praia da Tocha na sua Plenitude (com letra maiuscula). Não me lembro de ter lido nada acerca do assunto em jornais regionais nem nos nacionais. (Talvez não seja importante). E isso lembra-me, a Carta Cultural do Concelho. Saiu? Já nasceu? Abortou prematuramente? E o Sr. Professor de Coimbra acabou o trabalho encomendado?. Gostaria de saber. Só para saber.
Abraço, Carlos Jesus
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