A dialética do altifalante.

 A dialética do altifalante.

Todos os altifalantes que ouvimos ao longo da nossa existência só debitam os interesses dos que dominam na sociedade.

Desde os púlpitos das igrejas às televisões, da publicidade às redes sociais, esse controlo está plasmado no discurso do dia-a-dia do cidadão.

É assim que este se transforma num desamado, um mal-amado da sorte, incentivado pela invídia vigente, e a dialética que funciona na crítica da realidade em curso deixa de ter aplicabilidade

Da discussão não nasce a luz.

 

A verdade é um discurso sobre a realidade.

Caso aquele não vá ao encontro desta estamos no encontro do erro, e continuar assim a fala, passamos do erro à mentira.

Daí a mistura contida de mentiras e verdades na arte do discutir, no controlo das pulgas que passeiam a horta de maneira a ignorar os elefantes que a espezinham.

Sendo assim, a discussão é um processo que serve para mostrar que os outros é que estão errados.

Posso eu concluir que da discussão não nasce a luz?

Aceita-se o atual estado de coisas,

 Aceita-se o atual estado de coisas, o caminho que levam, como se natural fosse.

Perdem, mais uma vez, os do costume que para sobreviver trocam tempo, enquanto outros o passam a sobreviver dele. É o neoliberalismo em marcha, afogando a Europa e o Mundo numa ditadura mansa aqui, e menos mansa acolá.

Há 100 anos também assim era; uma guerra, uma epidemia, umas ditaduras brutas, outra guerra.

Hoje em dia, idem, mas; epidemias, guerras sofisticadas, ditaduras mansas; novos impérios emergem , outros afundam.

Aqui, na tasca, servem-se uns copos de bebida aditivada tonteante. Depois do Natal, o Carnaval da passagem de ano, sem dar tempo ao vingar da luz.

Em Serayevo , há mais de 100 anos, eram disparados tiros sobre uma viatura automóvel, enquanto na noite anterior, em Viena, dançavam a valsa e bebiam champanhe.

Bom 2025