quarta-feira, junho 26, 2019

Uma aldeia com os currais vazios


Uma aldeia com os currais vazios.
No tempo da prática corrente da agricultura de subsistência, ter um curral para o gado vazio era um prejuízo nas rendas da casa da família, pois toda a merda que o animal fizesse tinha aproveitamento para estrumar as courelas.
Hoje toda a trampa largada é enviada cano abaixo com os problemas de tratamentos de esgotos associados, pois como não há agricultura e até o uso do fertilizante para pequenas hortas ou jardins tem modas. É comprado ensacado, esterilizado e das mais finas e boas proveniências, dizem.
Hoje os resíduos dos nossos dejectos orgânicos já não são aproveitados, e o pessoal já chegou à conclusão que vale a pena ter os currais vazios.


quarta-feira, junho 12, 2019

Gândara

(Casas das Zebras . Foto de 2007 )


(Mapa de 1866)


Salgueiro e Zebras, as povoações desaparecidas.


Salgueiros: Salgueiro, vime ou vimeiro , planta do género Salix, na família Salicaceae
Deu nome a uma povoação que existiu até aos fins do século XIX, Salgueiro, cerca da povoação da Caniceira, entre esta e a Lagoa dos Armadoiros, ou Almadoiros. Foram terras de cultivo de milho e feijão até aos fins do século XX, tendo as casas reutilizadas como apoio às actividades agrícolas até meados do mesmo século, passando a floresta de pinhal com o abandono agrícola, e após o grande incêndio de 15 de Outubro de 2017, está praticamente invadida por acácias e eucaliptos que nasceram a esmo depois do fogo. Na toponímia da Caniceira encontramos a rua das Salgueiras, o caminho que dava para o antigo povoado, agora inexistente.

terça-feira, junho 04, 2019

Tudo vai atrás do dono




Tudo vai atrás do dono.
Uma casa tem que durar a vida de uma pessoa. E vejam o que aqui aconteceu, em tempo, mal logo após o Velho da Canastra e a Velha dele fecharam os olhos e levados a enterrar no largo da igreja, nem um ano passou para a casa se esbarrondasse. Não se aguentou nas paredes dela. O vento do Inverno e aquela chuva toda que veio do céu deitaram abaixo o telhado, e os adobos começaram-se a esboroar. Assim a casa foi atrás do dono. 

Recado ao vento Suão





Recado ao vento seco do Suão.
A coisa repete-se como sendo mais do mesmo, a seca queirosiana mas sem qualquer interesse.
Quanto mais se conhece menos apetece, onde pouca coisa só por acaso, e quando tal acontece, pouco surpreende. Escoa-se o tempo em temas que se não desse-mos importância não existiriam.
Há tanta coisa importante à minha espera, e eu já as hierarquizei.
Que canseira!