«Sabes o que me lembra este céu? Mais ou menos: a guerra dos astros. Tal e qual. A guerra dos mundos. Um sol maléfico, que tenta destruir a maquete, e sete planetas menores que tentam defendê-la.» [Finisterra, Carlos de Oliveira]
quarta-feira, março 31, 2010
quinta-feira, março 25, 2010
segunda-feira, março 22, 2010
Limpar Portugal
Não é por ser original que uma ideia é boa, bastando para tal copiar bem, isto é, adaptar a cada caso as que já deram provas de que funcionaram.
Este movimento “Limpar Portugal”, uma ideia bem copiada, apesar de ter poupado uma pipa de massa ao Estado, isto é, às Autarquias tão responsáveis ou mais que os cidadãos pelas lixeiras existentes, foi um exercício Cívico que prova que existem causas mobilizadoras, fazendo notar que a militância ecológica é uma questão muito mais relacionada com o Ético que com o político, apesar deste se colocar por todo o lado em bicos de pés, pois limpar o que se suja é negócio à espreita.
Agora, o difícil é limpar Portugal de outros lixos e lixeiras.
sexta-feira, março 19, 2010
O catolicismo da mão invisível
Este post veio-me à ideia ao pensar um pouco sobre o que tem dominado toda a comunicação social e quanto nos metralham o cérebro com medos relacionados com a crise, isto é o medo da falência.
Esta mão invisível que todo gere, trás consigo esse medo contínuo, tal qual o medo das chamas do Inferno que nos meus tempo de infância me impingiam nas secções de Doutrina, era assim que lhe chamava, aos Domingos de manhã na igreja do Santuário da Nossa Senhora da Tocha.
A Mão Invisível do Mercado tem também o seu Inferno, onde a cada momento estamos em risco de ir parar por culpa nossa e só nossa, segundo afirmam os sacerdotes, culpa de gastar mais do que se tem, de soberba em viver acima das posses, consumo e todas aquelas coisas que já sabemos dos sete pecados capitais.
Mas tal qual o Deus Salvador, a Mão Invisível tudo regulará, e até emprestará massa ao pessoal para glória do Mercado.
Tal qual o comunismo foi messiânico, andam por aí uns ascetas a aplainar os caminhos da Mão Invisível.
Agora é tempo de jejum quaresmal e a carne é débil.
Eu não me sinto com a necessidade do arrependimento.
Não vou por aí!
quinta-feira, março 18, 2010
O coxo caiu
Na Varzea da ribeirinha
na varzea da ribeirinha
onde o milhano (a)poisou
com a galinha no bico
logo a galinha chasnou
logo a galinha chasnou
logo a galinha chasnava
na varzea da ribeirinha
onde o milhano (a)poisava
quem tem ovelhas tem lã
quem tem lã tem carrapiços
quem tem cabras tem anacos
quem tem porcos tem chouriços
na varzea da ribeirinha……………
se eu tivesse a liberdade
que a pulga tem no lençol
apalpava as moças todas
esta é dura AQUELA É MOLE
na varzea da ribeirinha……………
MENINAS AMAI O COXO
QUE O COXO TAMBEM SE AMA
SÓ A GRACINHA QUE TEM
DE IR AO SALTINHOS P’RÁ CAMA
terça-feira, março 16, 2010
A fama que vem de longe
E se a opção política e económica fosse o crescimento zero do PIB, como seria o novo PECZ, Plano de Estabilidade e Crescimento Zero?
E se o produto interno bruto (PIB) representado como a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos num determinada país ou região durante um período determinado, deixasse de ser a bitola base da macro economia e passasse a ser um outro valor qualquer, por exemplo o IMC ?
Caso a opção do crescimento zero do PIB, como aplicar o PECZ? Que modelo matemático escolher e que variáveis se tomariam e que factores as afectariam, como se tratariam as dependentes e independentes?
Possivelmente já alguém teorizou esta hipótese. Possivelmente tal hipótese nem interessa, pois não sendo politicamente correcta é considerada como uma blasfémia económica.
Coloco a questão, não à espera de respostas, mas sim à espera de novas questões, isto no seguimento de alguns e-mails recebidos indicando umas frases de 2064 anos, atribuídas a Marcus Tullius – Roma, 55 AC:
“ O orçamento Nacional deve ser equilibrado. As Dívidas Públicas devem ser reduzidas, a arrogância das Autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir á falência. As pessoas devem novamente a trabalhar, em vez de viver por conta pública”.
Esta coisa do défice das contas públicas faz-me lembrar o anúncio do Constantino, o brandy e não o imperador romano criador da religião cristã oficialmente dita vigente, a sua fama que vem de longe.
É a economia, ò estúpido!
Definição:
Estúpido é aquele que causa um dano a outra pessoa ou grupo de pessoas, sem que disso resulte alguma vantagem para si, ou podendo até vir a sofrer um prejuízo.
sexta-feira, março 12, 2010
Aniversário
Há cinco anos deu-me a toleima de fazer este Blog.
Por aqui temos tido o que eu escrevi, e nem só, porque o senti como urgente de relatar e de expor.
É de certo interesse que há 5 anos eu tirei uma foto na Praia da Tocha, estive lá a passar um dia de sol que em 2010 não temos e postei:
Assim iniciei um blog onde debito os meus corrimentos do momento, foco os amigos, as minhas preocupações e momentos felizes, os meus interesses e opiniões.
Será que o meu blog, a que eu agora chamo tasca, onde é permitido fumar e beber, mas só tabaco e vinho do bom, onde se pode entrar sem pedir licença, tomar um copo e sair sem pagar, tem merecido as visitas dos Clientes?
Da Vossas análise dos primeiros posts até aos mais recentes, comentai, criticai, pois aqui está aberto o livro de reclamações, assim como a caixa das sugestões.
Faço notar que a tasca é minha, e eu como neto do taberneiro que foi proprietário das tascas onde funciona actualmente a Associação de Moradores dos Carreiros (estou com as quotas em atraso de 2009), consumam isto mas comentem, pois se não comentarem é porque me visitam talvez só para me ver, ou então acham-me lindo, como afirmava o meu antepassado Manuel Ribeiro Cebola quando via que não estava a ganhar para o petróleo.
Um grande abraço a todos.
Manel
quarta-feira, março 10, 2010
Mau hálito
Ligo a RTP1 às 21.05.
De imediato fiz o salvador Zaping, e na FOX lá estavam os Simpsons.
Um alívio, pois da RTP1 sentia um incomodativo mau hálito .
A mão invisível
Vivemos um tempo de medo colectivo!
Medo económico, violência, epidemias, enfim medo que nos entra pela casa adentro em especial via televisão.
Medo disto e daquilo, e sem termos muitas vezes uma razão fundamentada para esse medo colectivo.
Foi o medo da gripe A, o medo da vacina da gripe A, o medo do Antrax, que ninguém já lembra pois passou à história, o medo do terrorismo quando são nesses países ditos de origem do terrorismo onde se morre mais de fome, vacas loucas, aves engripadas, porcos raivosos, …
Temos também, em especial, os pequenos e muitos medos do nosso dia a dia, estes ligados às nossas vidinhas, tais como casa, carro, precer ser, parecer ter, ...
Quem ganhará com estes medos e medinhos? Sim, porque alguém está a ganhar com isto, onde até parece que existe uma mão invisível que mantém o medo dentro de um determinado nível mínimo, numa escala de uma aparelho ainda por inventar a que chamo medímetro, de forma a que os negócios ligados ao medo mantenham os altos níveis de rentabilidade, isto para não falar do negócio dos desastres naturais, desde as inundações, secas, ventanias, fraca ondulação, terramotos e associados que tais, que geram fortunas.
Parece que a dita mão invisível está sempre atenta ao registo do medímetro, mantido manhosamente de forma a acostumar o pessoal bem acorrentado por sua própria iniciativa aos ganhos do manicómio que nos impingem diariamente em doses quanto baste, de forma a que poucos venham a roer a corda e muitos se embrulhem nela.
Hoje estou assim!
domingo, março 07, 2010
O primeiro Gandarês que teve a Lua na mão
Ao meu primo Nuno envio e dedico este post.
Não cheguei à Lua, mas a Lua esteve na tua mão, assim como tu te sentastes na cadeira de baloiço da tua bisavó e da minha avó, manuseaste o documento de compra de terras e passaporte do nosso quincalhavô.
http://gesteira-sanguinheira.blogspot.com/2010/03/o-primeiro-gandares-ter-lua-nas-maos.html
(Clicar)
Do cimo do monte do Cabeço
Do cimo do monte do Cabeço vê-se o Caramulinho e o Bussaco da Alcoba, os fascinantes e misteriosos locais altos que tão altos são. Se não fosse o vento frio e húmido, lá se assentaria morada, pois quanto mais altos, mais perto dos Astros, mais perto da perfeição plena. Sim que o é, e era lá que se moraria.
Se possível fosse lá morar, contentava-se no só achegar-se ao astro errante que esconde e mostra a face, que umas vezes está sobre o Caramulo e outras vezes a roçar o Bussaco da Alcoba, com uma exactidão de tempos que ainda não calculou, mas não seria difícil saber. É só uma questão tempo e trabalho. Mas ninguém lá mora em tais cabeços, por certo, pois se assim fosse tal já se saberia. Alguém já teria dado novas das admiráveis perfeições das voltas errantes dentro das perfeitas conchas celestiais, entre um Sol dominador que tudo afasta quando traz o dia. Bastaria uma simples escada para chegar e tocar a Lua. Mas se não fosse como é, seria o Caramulinho ou o Bussaco da Alcoba o local para ver o que os astros e o vento mostram. Ou talvez não dê assim tanto para ver tão bem, pois se assim fosse há muito lá estaria gente de saber, e não consta que lá esteja.
Do cimo do monte do Cabeço para quem souber ler os Astros e o vento, sabe-se tudo. Sabe-se do tempo, dos ares para as colheitas, do vento mareiro ao suão, do que puxa a chuva ao que seca a poças, no anel da lua cheia, se trovoada ou molhada, ao por do sol a arder. Do monte do Cabeço tudo se sabe, se souberem ver, tudo se vê ao redor do mundo, da vida e dos animais.
O vento esteve horas e horas a puxar a chuva e ela volta a cair lentamente, teimosamente húmida e fria, de céu forrado até aos quatro cantos, desabando ritmada do lado dela, empoçando água no alto do Cabeço. Uma friagem roe os ossos e torna a lenta chuva em muita água, tanta que não há grão de areia seco até ao quinto inferno. Chove há muito no monte do Cabeço e em redor dele. Chove no mundo todo quando o céu e a terra se fundem em água.
Do cimo do monte do cabeço vê-se um mar de água onde são as courelas baixias. Até os matos à sua volta estão completamente submersos. Um mar! Uma lenta corrente batida pelo vento e pela chuva em lençol, arrasta os grãos de areia que o vento mareiro lançou por cima do saibro calcado pelos Invernos e Estios, lençóis de água de cor férrea e de sol de têmpera em centenas e centenas de passos de lonjura. Uma praia praiera arrastada de areia sequilha.
As dunas a norte da praieira estão molhadas e húmidas. Já não podendo beber mais, remijam na sua base as fontes dos corgos sanguinhais. O céu desmorona-se em água que remolha as dunas a cederem em baleiras, e sobre o cimo do monte do Cabeço.
sábado, março 06, 2010
Avaria no fio de prumo
(clicar nas imagens para aumentar)
Já só faltam os "Patos" no charco, aguardando pela estátua prometida para o Largo da Tocha!
...Agora venham dizer que é culpa do rigoroso inverno! ...
_*Não***_ das obras feitas na semana passada!
O:-)
Avariou o fio de prumo!
Nota do tasqueiro: peço desculpa aos Clientes pelo facto das fotos estarem tortas, mas aguardo a chegada da peça do fio de prumo que avariou. A encomenda foi colocada com a máxima urgência a França.
O DHL deve estar aí a chegar a qualquer momento.
quarta-feira, março 03, 2010
Amolar a asfixia
Já não chegava a asfixia nas gargantas sentida nos discursos de alguns ditos impolutos, e em especial um deles que só de lhe ouvir a voz me irrito, agora temos mainatos se apresentam prontos e esforçados na acção, claro, a tentar pear o burro que anda ao coice por aí desde 2003?
Coices de burro não chegam ao céu, mas o zurrar desse nobre animal orelhudo, tão bem dotado pela mãe natureza, incomoda instalados que se passeiam bem abuseirados em velhas albardas.
Citando Scolari: “E o burro sou eu?”
Envio a minha solidariedade ao bem dotado animal.
terça-feira, março 02, 2010
Motocontínuo
Está frio!
Vê-se o branco manto da geada. A velha peneirou toda a noite nas terras mais abrigadas do sol, sombrias onde ele não bateu, e nos cantos onde ele chegou mas não conseguiu empurrar o frio para o fundo da terra.
O calor do Sol ainda não tem força para vencer por completo o frio. Frio e calor, dois humores do mesmo elemento que não se entendem. Dois fluidos antagónicos e imiscíveis por natureza, que se repelem desde o início do tempos. Um empurra o outro, tempos após tempos, bem para o fundo da terra, lá para o quinto dos infernos. Uma luta que vem dos Astros onde tudo começa. Frio e calor, um de cada vez e na sua própria vez: Verão, Inverno, Dia e Noite.
Agora é o calor que toma a vez de empurrar o frio para o fundo. Só que a cada hora do dia e da noite, o calor ou frio dos Astros variam de humores, fluidos espirituosos que moldam as nossas vidas e de todos os restantes viventes.
O fogo puro, aquele que tudo purifica, só ele dará o poder de obter os metais puros de brilho e matéria preciosa, ainda está longe de o ter ali. Com o fogo purificado, não seria a chuva morrinha de encharcar ossos e carvão, nem a geada que lhe poderiam fazer frente.
Os foles reclamam aquele remendo e alteração para o fornecimento de espírito ao esfomeado fogo, o seu sopro divino.
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