quinta-feira, agosto 30, 2018

Leituras subversivas



Leituras subversivas
Decrescimento é uma corrente de pensamento político, económico e social favorável à redução regular controlada da produção económica, com o objectivo de estabelecer uma nova relação de equilíbrio entre o ser humano e a natureza, mas também entre os próprios seres humanos.


Rejeita a meta do próprio crescimento económico do neoliberalismo. Tem sua fundamentação teórica em escritores e pensadores do século XX (entre os quais destacam-se o Clube de Roma e o economista Nicholas Georgescu-Roegen)


terça-feira, agosto 28, 2018

Estou de arado feito


Estou de arado feito para margear nabos.
Margear nabos é abrir sulcos com arado, e colocando um fueiro atravessando arrasando ambas as leivas que o arado forma, cria-se duas margens que cobrem as sementes previamente lançadas à terra.
Fazer os "amargidos, "amargear".

segunda-feira, agosto 27, 2018

Os erros passados não justificam os crimes do presente



O medo invade o espaço que foi dos pinhais, agora contaminado por eucaliptos, acácias, tojos, silvas e matagais. Entra quintais adentro, substituindo a invasão das areias dunares que, ao sabor dos ventos mareiros, em tempos idos abafavam paulatinamente os cultivos.
A seca está aí a despontar a continuação deste Verão, agora a começar a aquecer, até ao Outono. A secura afunda-se terra adentro. É o que me parece, neste receio do que está para vir e que não controlamos.
Não nos tentem enganar, como se erros passados justificassem crimes do presente.

Não podemos ter medo em usar as palavras.


    
A manipulação e alienação têm estado na vanguarda no uso da tecnologia, em doses doses elevadas as que estão a ser administradas às pessoas. Já vai na segunda geração do domínio do financeiro sobre a economia. Urge usar a tecnologia para libertar em vez de alienar. 
Nas duas últimas gerações o uso dos recursos naturais só tem mostrado o aumento das desigualdades,  notando-se estas  na nossa sociedade. Este tem estado na origem das migrações em massa de pessoas, resultado de guerras pelo controlo dos recursos, produção e distribuição, arrastando violência religiosa, racismos, nacionalismos fanáticos, e ultimamente, graças à manipulação e uso das técnicas e tecnologias cada vez mais avançadas, o aparecimento de homens fortes de ideias fracas. 
Tem sido estes fortes de ideias fracas que falam da necessidade de “reformas estruturais” a cada passo, onde se pode observar que, cometendo os mesmos erros do passado, se cometem os crimes de hoje e do futuro. A corrente que a hoje domina, esmagando a economia e as liberdades das pessoas deve ser combatida, com o aprofundando a Democracia Social. 
Como actuar? 
Aprendendo a actuar com Leis, que a tecnologia é para ser usada. 
Não podemos ter medo em usar as palavras.

quinta-feira, agosto 02, 2018

Tanto aço, um só tipo de sapato



Estamos a ser governados, falo a nível global, pelos números do desempenho. Isto vem no seguimento do que por aí se repassa nas redes sociais, que a humanidade começou ontem a viver a crédito do planeta.
Este problema do crescimento pelo crescimento está a levar-nos ao desperdício poluente do nosso planeta e da nossa vida. Em vez de definirmos o trabalho como concluído com a tarefa ou a obra feita, estamos a trocar tudo isso por coisas a que chamamos objectivos, onde as regras do jogo e os números a apresentar mudam constantemente. Uma corrida de loucos.
Estamos a repetir erros do passado, parecendo cair sempre nas mesmas armadilhas.
Nas economias planificadas do século passado, atingir os objectivos dos planos quinquenais era fundamental para os gestores. Assim estes eram sempre atingidos e até superados como se pode confirmar pelas notícias da época, graças à fraude contabilística, que era regra usada por todos, pois ninguém tinha coragem de a denunciar para não cair em desgraça.
Um exemplo foi de um plano quinquenal da RDA com um aumento significativo de produção de aço. Atingido o objectivo, para dar seguimento ao uso de tanto aço, uma fábrica de tractores começou por aumentar o peso dos mesmos, reduzindo assim a eficiência dos equipamentos. É caso que prova que era tanto aço, e um só tipo de sapato.
Hoje, na globalização usada como ferramenta neoliberal, o lucro pelo lucro está fazer ainda pior do que as economias do passado fizeram. Não é possível um crescimento infinito num planeta finito. Isto é radical, coloca em causa as ideias vigentes, que apesar de andarem a tratar o assunto com os paninhos quentes do “desenvolvimento sustentável”, seguem o caminho do desperdício. Teremos que reduzir a produção de lixo e especialmente o consumo, isto é, decrescer.
Deveríamos começar pelo decréscimo do consumo voluntário e criterioso.
Eu já pratico.

quarta-feira, agosto 01, 2018

Os erros do passado e os crimes do presente



Os erros do passado e os crimes do presente.
São as tecnologias, ou melhor dizendo, as mudanças tecnológicas a alteram as relações na sociedade. Hoje estamos a viver uma espécie de fim do trabalho tal qual o conhecemos até agora, sendo este mesmo tipo de relação que nos trouxe até aqui, cujo fim nos está a empurrar para uma espécie de uberização que já se vê em nosso redor. Para além das relações individuais, também está a uberizar empresas e negócios, colocando em causa o próprio tradicional uso da propriedade, além de poder levar a uma progressiva desumanização do trabalho, colocando em causa a tradicional remuneração, pode trazer consigo o desejado pelos neoliberais, estes que se julgam sempre acima deste problema, o retorno à mercantilização pura e dura do trabalho.
Antigamente o senhor do escravo tinha a “obrigação” moral de ter consigo o escravo velho ou adoentado. Agora, com esta desejada mercantilização, o trabalhador será empurrado para um assistencialismo mínimo.
Não nos tentem enganar, sempre a falar do passado, como se os erros passados justificassem os crimes presentes. Às tecnologias devemos usá-las, assim como mudar e criar novas relações no trabalho e na sociedade. Devemos é estar atentos e contornar, rejeitando o neoliberalismo sem rosto que cavalga a demagogia, os nacionalismos racistas e os novos ismos protoditatoriais de nova vaga.