Os erros do passado e os
crimes do presente.
São as
tecnologias, ou melhor dizendo, as mudanças tecnológicas a alteram as relações na
sociedade. Hoje estamos a
viver uma espécie de fim do trabalho tal qual o conhecemos até agora, sendo
este mesmo tipo de relação que nos trouxe até aqui, cujo fim nos está a empurrar
para uma espécie de uberização que já se vê em nosso redor. Para além das relações
individuais, também está a uberizar empresas e negócios, colocando em causa o
próprio tradicional uso da propriedade, além de poder levar a uma progressiva
desumanização do trabalho, colocando em causa a tradicional remuneração, pode
trazer consigo o desejado pelos neoliberais, estes que se julgam sempre acima
deste problema, o retorno à mercantilização pura e dura do trabalho.
Antigamente o senhor
do escravo tinha a “obrigação” moral de ter consigo o escravo velho ou
adoentado. Agora, com esta desejada mercantilização, o trabalhador será
empurrado para um assistencialismo mínimo.
Não nos tentem enganar, sempre
a falar do passado, como se os erros passados justificassem os crimes
presentes. Às tecnologias devemos usá-las, assim como mudar e criar novas relações
no trabalho e na sociedade. Devemos é estar atentos e contornar, rejeitando o neoliberalismo
sem rosto que cavalga a demagogia, os nacionalismos racistas e os novos ismos
protoditatoriais de nova vaga.
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