sexta-feira, dezembro 13, 2019

O estado de excepção



Vivemos o estado de excepção, que pelo nome deveria ser limitado no tempo, em que, suportado no quem não deve não teme, o cidadão é considerado como terrorista e o querem como denunciante do próximo.
Somos todos controlados por vídeo câmaras, dados biométricos, telemóvel, redes sociais, cartões de crédito e de débito. Vivemos numa prisão de uma ditadura mansa.
Ah! Ainda falam em dar a voz ao povo.
O Povo nunca mudou nada, só tem servido para suportar tudo o que hoje vivemos.
O Povo, afinal, quer é dinheiro para carro novo, e alcatrão na rua dele., e não esquecer umas paneladas e umas bejekas.
É assim que se mantém o tal estado de excepção, dando voz sempre aos mesmos, sempre a mesma catequese manipuladora desta religião sem redenção, cujo objecto é o dinheiro só para alguns. Os outros terão o se julgue necessário ao manter deste estado de excepção.
Obedecei que teremos que salvar isto a qualquer custo, os sacrifícios necessários, dizem.
Na verdade, são sacrifícios de vidas humanas em diversos altares.
Ensinaram-nos que barbaridade estava na América pré Colombo, mas escondem -nos as barbaridades de hoje, deste Natal de 2019.
Nesta nova religião, nem Deus se salva.
Passem bem.


quinta-feira, dezembro 12, 2019

Era o tempo das gerberas



Era o tempo das gerberas!

quarta-feira, dezembro 11, 2019

Boas festas



A Árvore de Natal de D. Fernando II, em 1839. Um pinheiro decorado com velas e frutos, acompanhado de algumas figuras e brinquedos para os então sete pequenos príncipes e princesas.
O tempo, a dimensão que se esvai sobre si própria, olhado deste meu lado onde além da memória nada mais seremos, o que assim sendo me leva a concluir que a eternidade do tempo não existe, e nós também não existimos.

Tal qual o amor, a memória é eterna enquanto existe.
Boas festas


Crescimento, um dogma a abater.


Crescimento, um dogma a abater.
Para perceber o tempo que vivemos hoje em termos de transformações ecológicas, económicas e socias, devemos olhar para o experimento de Lavoisier, que usando uma balança, o único instrumento que tinha à mão, concluiu “na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, ou seja, tudo o que existe à nossa volta provem do já existente, passando a ter outras formas, tomando novas qualidades, citando Luís Vaz de Camões. Tudo vem do planeta, retirado do solo, do ar ou da água, e tudo retorna ao mesmo planeta, mas de outra forma. Tu és pó e ao pó voltarás (Gens 3,19).
Hoje vivemos um tempo do usa e deita fora. As pessoas, em especial aquelas que conhecem a conclusão de Lavoisier, parecem- na ignorar, desconhecê-la no seu uso prático e dos resultados que daí advêm, e outros que dizem conhecer o conceito de entropia, também não lhe dão qualquer uso pessoal. Como tudo isto à nossa volta flui num tempo que é o nosso, e diferente do de todos os outros, os desarranjos resultantes das transformações económicas e sociais não estão a entrar como produtos do processo, sendo desprezados e desvalorizados apesar de conhecidos os seus resultados nefastos. Estamos teimosamente a querer retirar a todo o custo do processo o produto chamado crescimento, só porque sim, pois só aí está a salvação, ouvimos a todo o momento dos altifalantes dos novos púlpitos e minaretes que teimosamente nos catequizam.

segunda-feira, dezembro 09, 2019

Tapados



Tapados.

É assim que nos ensinam, é assim que nos doutrinam a todo o momento, e é assim que acreditamos que o mundo é e terá que ser este fundamentalismo do senso comum que vivemos.

quinta-feira, dezembro 05, 2019

E agora, José?



Há uns anos começou-se a ouvir falar em crescimento sustentável. Depois passou-se a ouvir falar em desenvolvimento sustentável, claro que desenvolvimento suportado no crescimento- O crescimento passou a ser um dogma nos discursos de todos os chamados quadrantes políticos, da esquerda à direita, onde os repassadores do crescimento, quando estão na oposição até falam em números mágicos de 3% ao ano como crescimento necessário a um desenvolvimento sustentado.
Tivemos, na Europa, até há três décadas as chamadas três décadas de ouro do crescimento, e as restantes praticamente com crescimentos baixos e residuais, e quando o há é devido ao aumento do consumo.
 Será que foram 3 décadas de ouro?
Hoje estamos a pagar os problemas desse crescimento, desde as crises financeira, social, refugiados, retorno das ideologias totalitárias e poluição de todo o tipo.

E agora, José?
A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu,
A noite esfriou,
E agora, José?
E agora, você?
Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que faz versos,
Que ama, protesta?
E agora, José?
Está sem mulher,
Está sem carinho,
Está sem discurso,
Já não pode beber,
Já não pode fumar,
Cuspir já não pode,
A noite esfriou,
O dia não veio,
O bonde não veio,
O riso não veio
Não veio a utopia
E tudo acabou
E tudo fugiu
E tudo mofou,
E agora, José?
Sua doce palavra,
Seu instante de febre,
Sua gula e jejum,
Sua biblioteca,
Sua lavra de ouro,
Seu terno de vidro,
Sua incoerência,
Seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Não existe porta;
Quer morrer no mar,
Mas o mar secou;
Quer ir para minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você tocasse
A valsa vienense,
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro, José!
Sozinho no escuro
Qual bicho-do-mato,
Sem teogonia,
Sem parede nua
Para se encostar,
Sem cavalo preto
Que fuja a galope,
Você marcha, José!
José, para onde?
Você marcha José, José para onde?
Marcha José, José para onde?
José para onde?
Para onde?
E agora José?
José para onde?
E agora José?
Para onde?



segunda-feira, dezembro 02, 2019

Uma questão doutinária



Mais uma vez pela época natalícia, lá vêm embrulhados na arte de  bem comunicar, os discursos sobre o consumismo pelo consumismo, logo agora que importamos e assumimos tudo o que vem do estrangeiro, coisas tais como Black Friday, Dia dos Namorados, Halloween e Pai Natal, e tudo é culpa do consumismo, sendo sempre os outros os consumistas.
Se defendemos uma sociedade de menos consumo, teremos que que defender, obrigatoriamente, uma que produza menos. Mas, segundo ouço por aí em tudo o que é comunicação social, temos que crescer e esse, segundo a doutrina vigente, é o objectivo principal, senão o único, o que está a acarretar uma degradação progressiva em termos sociais e ambientais.
Como resolver este problema?
Já o equacionaram?
Já pensaram no assunto?