A tecnologia, essa salvadora, é agora a ferramenta usada
para o ser supremo nos escravizar.
Depois do feito ida à Lua, não resolvemos, porque não
reconhecemos a nossa ignorância em não evitar o derrame de uma simples gota de
óleo num rio. Não falo na irradicação da fome no mundo, que aí já nós sabemos
que assim á que está bem, que há pessoas que não podem conhecer outra coisa, e
que é assim que corre a notícia.
Até parece que os pobres foram convencidos, pelos poucos
ricos claro, que tem mesmo que ser pobres, enquanto a catequese do futuro salvífico
aí continua a encher os canais de informação, agora cada vez mais controlados,
usando essa tecnologia e conhecimentos avançados, cada vez menos por nós planeado.
Enganam-nos quando nos dizem que temos futuro, tal como um slogan
eleitoral, mas caso as respostas das pessoas não sejam dentro do padrão
desejado, não se coíbem em passar a mensagem que não há futuro, que tudo será
tão mau, que o menos mau já é bom, mas o futuro que a divindade suprema nos
impõe.
Há 40 anos os padres, nas homilias, falavam de um plano
divino, como se fosse um determinismo divino em que todos os resultados do
somatório dos esforços humanos como de um esforço divino se tratassem. Agora o
ser supremo assim aplica o plano. Agora as homilias não referem mais o lugar de
choro e ranger de dentes. O inferno, agora, é outro. As ameaças de banca rota,
dívida e deficit, são os terramotos e dilúvios resultado dos pecados da
sociedade que despertou a ira do novo ser supremo. Condenações aos que não
seguem esta nova lei divina são apregoadas. São hereges a lançar à
fogueira da clandestinidade, ostracização e silenciamento. Os subversivos serão
derrotados, pois o senhor é o senhor do dinheiro que compra os exércitos.
A tecnologia, essa salvadora, é agora a ferramenta usada para o ser supremo nos escravizar.