Chove como se os
astros estivessem a pedir desculpa da pouca água que nos têm dado. Mais um trovão
ressoa em estrondo como a marcar o ritmo das bátegas de água contra a vidraça.
Ouve-se mais um ribombo, e após uns poucos segundos do clarão relampejante. O
ritmo da chuva parece amainar, talvez efeito dos estrondos celestes. Os pingos
cantam na vidraça da janela como se fossem pequenos grãos de areia lançados por
uma mão invisível. Ao longe voltou-se a ouvir um trovão e a intensidade da
chuva abranda, indo-se embora, para outros lados, a magra bênção.
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