Os modelos que não servem foram ou são modelos de que alguns se serviram ou servem, com prejuízo de muitos outros. Se só às vezes se consegue explicar aceitavelmente o passado, falha-se quase sempre na predição do futuro, isto porque estamos formados e educados no crescimento económico como sendo coisa tão natural como ar que respiramos.
Esquecemos a lei da população de Malthus quando as condições tecnológicas se alteraram, o que levou ao conceito de crescimento contínuo e sustentado. Apesar dos ganhos de eficiência no aproveitamento dos recursos, neste conceito de crescimento, não conseguem impedir o seu esgotamento e a degradação ecológica a nível global. Existem limites naturais e sociais ao aumento da riqueza neste crescimento que nem a alteração do regime de posse da propriedade resolverá o problema, muito menos a exportação de capitais, pois a procura da energia nesses recursos tem limites neles próprios, somando o desperdício, poluição e rendimento energético. Os conflitos pelos recursos estão aí, são do nosso conhecimento.
Não existe uma solução, mas olhar o mundo à nossa volta de outra maneira, outra maneira de interpreta a realidade, redefinir os conceitos de riqueza e de pobreza, de abundância e de escassez, talvez fosse uma ajuda, um dos muitos pontos de partida.
Contra temos os políticos que têm sido e são uns paus mandados neste cartel que vicia as pessoas em crescimento, suportado na falsa capacidade de regeneração do planeta.
Estamos viciados em crescimento. Todos nós sabemos disso.
1 comentário:
Mais uma, certeira, do amigo Manel, na cabeça da mosca! Bela pontaria, é de disparos assim que estamos todos precisados.
Abraço.
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