sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Fátima Bica

(clicar sobre as imagens para aumentar)
não sei senhor por que é que o escultor foi talhar o cristo do altar à imagem e semelhança do meu amor de criança. (deve ser para eu pecar.) Fátima Bica

Continuação de uma outra mensagem

Caro José Vieira, Escreve o meu amigo que ficou de boca aberta. Serve esta mensagem para informar que eu não esperava outra coisa do actual presidente da Câmara, que não é mais que o seguimento de herdadas práticas e actuações do palco caciqueiro virado para o modernex. Aqui, no nosso concelho, o gandarês pessoa humilde e de respeito, toma como respeitável a aparência. O meu amigo sabe como se vive de aparências pela cidade e Câmara de Cantanhede, um faz de conta tal que até parece que é mesmo realidade, onde qualquer badameco armado ao pingarelho, calçado num Audi ou BMW, assume a postura de importante de quem tem o tilintar do dinheiro no bolso e o oiro no pulso.
São dependências de vária ordem que levam à manutenção de circuitos e redes de peniqueiros sempre a postos, desde o fazer andar aquele processo até ao empreguinho, das palmadinhas nas costas à promessa de resolução do tal caso, passando pela tainada de febras assadas e copos de vinho. Depois, caro José Vieira, temos a bênção ao servilismo, o favor do subsídiozinho e, assim a voz do dono é ampliada em notícia por encomenda. Vejamos o caso da tal certificação de que se faz eco o mesmo jornal. Não passa de uma encomenda à vontade de freguês, mais dirigida para satisfação solitária (masturbação) do que virada para a satisfação do munícipe (acto sexual). Não passa de mais um show off. Mas voltando ao assunto Carlos Oliveira. Foi vergonhoso o que Jorge Catarino presidente da Câmara à época de 2005, fez ao nosso maior escritor gandarês vivo, Idalécio Cação, em pleno salão nobre, a quando da entrega do prémio Carlos Oliveira a Arsénio Mota. Sobre isso o próprio Idalécio já escreveu nos jornais e falou na cara do actual presidente e em público. Mas tudo parece um mar de flores por aqui nesta cidade, plantadas a fita métrica e regadas com água dos Olhos da Fervença, enquanto Montemor-o-Velho cresce economicamente e Cantanhede estagna, enquanto Cantanhede despreza os que muito lhe ofereceram e muito mais tinham e têm para ofertar, Montemor-o-velho apoia a edição do último romance de Idalécio Cação. A Câmara de Cantanhede não se dá lá muito bem com a cultura, pelo menos esta pequena cultura, pois ouvi da boca Jorge Catarino que existia uma cultura maior. Ouvi e li em jornais que lhe aumentaram a voz na praça, a quando do negócio da venda da Cobai.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

“projectar Cantanhede para o exterior”

“Sobre o lado esquerdo, foi uma apresentação de filme cuja autora foi de imediato financiada pela Exma. Câmara Municipal de Cantanhede, mal teve conhecimento da existência de qualquer coisa sobre o tema Carlos Oliveira. Depois de ver a pré apresentação do filme, quem nunca leu Finisterra nunca irá ler.” Estas foram as palavras da minha fonte de informação, presente no evento. Depois da futebolite, agora temos a intelectualite a invadir os corredores da vereação da cultura. Se para António Pinheiro, vereador do desporto, um evento desportivo (basquetebol) permite “projectar Cantanhede para o exterior”, e que ainda lembrou a disponibilidade do município “para acolher outros eventos desportivos”, para a cultura do desporto proponho o tunning, o único evento capaz de projectar com força qualquer coisa para o exterior.

sábado, fevereiro 23, 2008

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Ganhar a vida

Dizem que a união faz a força, mas é o egoísmo o cimento que une os tijolos do interesse. Nesta rua de Köln, Alemanha, os músicos vindos do leste europeu acabaram por formar uma orquestra única para aquela tarde e assim ganharam a vida. No dia seguinte só um lá continuava a vender a sua arte. Talvez fosse o músico “residente” da rua!

Mudança

Será que percebe?

Ditaduras românticas?

Ainda existe quem encontre em certos líderes da América latina modelos referência. Só se for de pobreza e tirania. A mudança espreita de uma nova e desconhecida forma a apresentar estranhas e inimagináveis oportunidades que cairão como do nada, enquanto os castelos se desmoronam à volta da criança que cresce a deixar de acreditar na força do adulto, a constante aprendizagem do modo de ser livre. No entanto as fortalezas continuarão a ser construídas e mantidas pelos que desejam um irmão, um pai ou um deus, protector dos medos e das angústias em ser livres. Só se desilude quem quis ser iludido.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

O blog do Arsénio

Pelo dedo se conhece o gigante Arsénio Mota que coloca no seu blog um post por dia. Arsénio cultiva e trata de uma horta onde se pode colher as palavras simples da vida. O blog do Arsénio é de leitura obrigatória, um blog (diário) de referência apesar de tão jovem. Este é o link que considero como obrigatório: http://arseniomota.blogspot.com/

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

O problema está na solução

Lá se anda a tapar o sol com a peneira, a usada e abusada técnica que vai dando resultados em não olhar os problemas de um outro lado, isto é, do lado deles e não falar sobre eles ou até negar a sua existência. Se estes teimosamente derem sinais de si, é só os aceitar como vontade da providência divina ou resultado directo da falta do palmilhar caminhos que alguém diz serem os dela. Assim, ainda melhor peneira se tem. Se abordar os problemas só traz chatice, para quê falar deles? Em vez de saúde é falar de DOENÇA. Em vez de desenvolvimento social é falar de ACÇÃO SOCIAL como prioridade. Claro que falar de cultura fica sempre bem. É como o arroz doce numa sobremesa. O rio tem duas margens. Já experimentaram olhar de cima da ponte?

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Post Quaresmal (2)

(desenho de autor meu conhecido que não quer ser identificado)
Recebo de amigos e-mails, cujos assuntos podeis imaginar. Uns são mais assim, outros mais assados, outros mais cozidos, mas todos bem-vindos para reforço das nossas amizades. De vez em quando e muito raro, lá aparece um reencaminhado anexo que roça o proselitismo. Esse tipo de anexos não os reencaminho como geralmente se pede no fim da apresentação. Desde já informo que nesta Quaresma o crucificado se apresentará a seu pedido de outra forma, pois a um condenado à morte nada se recusa.

Post quaresmal

Vivemos este tempo em que a publicidade se torna mãe da notícia na sobrevivência dos órgãos de informação. A publicidade é essencial para o jornalismo, mas tem vindo ultimamente a entrar numa confusão e promiscuidade com propaganda que é usada até nas aparentemente ingénuas notícias. Como a sobrevivência é uma luta diária e inovar é vital, confundir publicidade inovadora com o desembocar em velha propaganda encomendada e publicada como notícia, que é o que se tem visto, só demonstra que todos nós, sem excepção, dependemos de quem nos vai pagando. Razão tinha Al_Capone quando afirmou que todo o homem tem seu preço.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

O enclave do Escoural

Sempre me intrigaram as fronteiras. A aldeia do Escoural é partilhada por duas freguesias, a Sanguinheira e a Tocha. Em tempos uma parte era o Escoural de Cadima, a importante e influente Cadima dos Crúzios de Coimbra que também eram donos da Tocha. As razões que levaram a Cadima ficar com uma pequena parte da aldeia não as sei ao certo, só posso especular por agora, mas não serão muito diferentes e talvez da mesma ordem que justificam os concelhos de Montemor-o-Velho chegar ao Largo da Vila da Tocha, e o da Figueira da Foz já ter casas ao sul da Praia da Tocha no seu território. Entre muitas explicações, uma apresentou Carlos Oliveira ao iniciar a “Casa na Duna”, já a criação das freguesias de Cadima e Tocha eram história antiga, com: “ Na Gândara há aldeolas ermas, esquecidas entre pinhais, no fim do mundo, …”. Agora nos mapas oficiais da Câmara de Cantanhede a divisão da aldeia pelas duas freguesias é outra. Temos assim a parte do Escoural que é da Tocha mas é da Sanguinheira e a parte da Sanguinheira que ainda é da Tocha, isto é, um enclave que ficou perdido entre pinhais, no fim do mundo. A ignorância tem-nos governado, também aqui em Cantanhede, só que esta já não é especulação.