Caro José Vieira,
Escreve o meu amigo que ficou de boca aberta.
Serve esta mensagem para informar que eu não esperava outra coisa do actual presidente da Câmara, que não é mais que o seguimento de herdadas práticas e actuações do palco caciqueiro virado para o modernex.
Aqui, no nosso concelho, o gandarês pessoa humilde e de respeito, toma como respeitável a aparência. O meu amigo sabe como se vive de aparências pela cidade e Câmara de Cantanhede, um faz de conta tal que até parece que é mesmo realidade, onde qualquer badameco armado ao pingarelho, calçado num Audi ou BMW, assume a postura de importante de quem tem o tilintar do dinheiro no bolso e o oiro no pulso.
São dependências de vária ordem que levam à manutenção de circuitos e redes de peniqueiros sempre a postos, desde o fazer andar aquele processo até ao empreguinho, das palmadinhas nas costas à promessa de resolução do tal caso, passando pela tainada de febras assadas e copos de vinho. Depois, caro José Vieira, temos a bênção ao servilismo, o favor do subsídiozinho e, assim a voz do dono é ampliada em notícia por encomenda.
Vejamos o caso da tal certificação de que se faz eco o mesmo jornal.
Não passa de uma encomenda à vontade de freguês, mais dirigida para satisfação solitária (masturbação) do que virada para a satisfação do munícipe (acto sexual). Não passa de mais um show off.
Mas voltando ao assunto Carlos Oliveira. Foi vergonhoso o que Jorge Catarino presidente da Câmara à época de 2005, fez ao nosso maior escritor gandarês vivo, Idalécio Cação, em pleno salão nobre, a quando da entrega do prémio Carlos Oliveira a Arsénio Mota. Sobre isso o próprio Idalécio já escreveu nos jornais e falou na cara do actual presidente e em público.
Mas tudo parece um mar de flores por aqui nesta cidade, plantadas a fita métrica e regadas com água dos Olhos da Fervença, enquanto Montemor-o-Velho cresce economicamente e Cantanhede estagna, enquanto Cantanhede despreza os que muito lhe ofereceram e muito mais tinham e têm para ofertar, Montemor-o-velho apoia a edição do último romance de Idalécio Cação.
A Câmara de Cantanhede não se dá lá muito bem com a cultura, pelo menos esta pequena cultura, pois ouvi da boca Jorge Catarino que existia uma cultura maior. Ouvi e li em jornais que lhe aumentaram a voz na praça, a quando do negócio da venda da Cobai.
1 comentário:
Eu, que sou um imbecil sem cultura e que nunca compreendi nada, e não vou começar hoje (a compreender está claro) gostava de tentar compreender as relações locais do concelho.
E que eu também fiquei de boca aberta ao ver que o amigo Manel e o seu amigo socialista José Vieira escrevem no blog "partir pedra".
Como não consigo frequentar "nacionais socialistas" sentindo nojo de fisicamente ser parecido com eles, que me lembram quando falam de humanidade a minha preferência pelos animais.
Fiquei de boca aberta ao ver que o "nacional-socialista" de Portunhos também escreve nesse blog.
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