terça-feira, julho 31, 2007

Pedro Caldeira Cabral

Turistas e foguetes

"Turismo na Praia da Tocha é quase nulo
Parque de campismo da Praia da Tocha está quase “às moscas”, restaurantes servem meia dúzia de refeições por dia, vendedores do mercado passam o tempo a olhar uns para os outros, casas de aluguer estão vazias, comerciantes… não comercializam! A Praia da Tocha, em pleno Verão e às portas do início de Agosto, é uma praia deserta. " (in Diário de Coimbra de 31 de Julho de 2007) -http://blog-do-manel.blogspot.com/2006/10/o-turismo-e-praia-da-tocha.html
-http://www.diariocoimbra.pt/16349.htm Enquanto isto se passava, a Expofacic encerrava com pompa e foguetório de luzes e de lágrimas, lágrimas coloridas de presidentes de Junta.

segunda-feira, julho 30, 2007

Este post não existe

Este post não existe. Tinha prometido a mim mesmo não publicar quaisquer comentários no meu blog sobre as homilias do Sr. César das Neves. Pedindo desculpas a mim próprio já me sinto desculpado, pois este Sr. Neves não existindo, este post não existe. As mulheres portuguesas andam a parir pouco e o culpado disso é o actual governo, segundo afirma o Sr. Professor. Políticas como igualdade e tolerância, combate à violência doméstica, não discriminação, igualdade no género e verdade na interrupção voluntária da gravidez, não são mais que um complot para o desmantelar da Família Tradicional, segundo dá a entender o artigo do Sr. César da Neves. Segundo este senhor, os portugueses estão em vias de extinção devido ao divórcio, às uniões de facto e à homossexualidade. Será que este professor universitário está ou esteve nas condições de um indivíduo que é próximo da Opus Dei, que conheço por aí, e que a mulher dele para não engravidar toma a pílula às escondidas dele, pois ele até gosta do truca-truca e o faz sempre de saco desatado? E assim criam os filhos que Deus lhes deu. http://dn.sapo.pt/2007/07/30/opiniao/o_sinistro_sucesso_reforma_decisiva.html

sexta-feira, julho 27, 2007

O tocador de cítara

(Em cima, o anjo tocador de cítara do mosteiro da Batalha. Em baixo, o anjo tocador de cítara da catedral de Köln)
Encontrar um elemento da orquestra celestial a tocar um instrumento familiar na catedral de Köln, tal qual encontro no mosteiro da Batalha, é mais uma prova das ancestrais origens da guitarra portuguesa. Naquela época, um projecto de tão grande envergadura como a catedral de klön quando era iniciado levava à contratação de muitos mestres construtores de toda a Europa. A cítara lá está nas margens do Reno e ao mesmo tempo era tocada nas margens do Tejo. A actual guitarra portuguesa, que é uma cítara, é o instrumento donde o sai o verdadeiro som celestial.

Unimog 1952 (2)

Estive em casa do amigo Gerd e revi o belo Unimog de 1953. Gerd, mais uma vez me mostrou a sua obra-prima de restauro, assim como o seu atelier de mecânica. A preocupação e cuidados com o menino são tais, que me mostrou as peças e conjuntos de reserva: maxila de travão, veios de transmissão e, reserva das reservas, um motor completo pronto a funcionar. Gerd, o engenheiro da Daimler Benz, reformado mas no activo.

Peixinho do rio

Saio de Stuttgart em direcção a Köln. Escolho a esquerda de modo a acelerar e rodar acima dos 160 sem quaisquer restrições de velocidade. À direita a antiga fábrica que produziu os famosos NSU equipados com motor Wankel que desapareceram da circulação há mais de 30 anos. Tinham um problema de estanquidade. Mais tarde a Mazda voltou a produzir carros com este tipo de motor. Á esquerda a central nuclear domina o rio. Em conversa casual, disseram-me que ao Reno já voltaram alguns peixes. Devem ser dos mais aptos e adaptados ao rio, talvez ainda poucos, mas para um rio que passou as passas do Algarve já é uma grande vitória.

quinta-feira, julho 19, 2007

Pintura

O concelho de Cantanhede e os seus autarcas vivem uma permanente festividade. Efectivamente, transformaram-se em comissões de festas e aspiram a líderes do descontentamento dos que reagem à mudança, servindo-se assim desse avivado receio para angariar votos. Para o autarca, o município é uma espécie de mini Estado e a praça do município uma parada dos desfiles de vária ordem com todos os desejados serviços públicos que teria uma capital de qualquer coisa, daí se ouvir que Cantanhede é a capital da Gândara, como se a Gândara necessitasse de alguma capital para o ser. O município não passa de uma organização herdada ao longo dos tempos, não sendo mais que a evolução do caciquismo que vem de longa data, bem do tempo da ditadura, e dos trinta e tal anos de sedimentação evolutiva e farta no tempo da democracia. É este mini estado soviético a que chegou o município, quando algo muda é para que tudo fique melhor na manutenção do estado de coisas. A falta de racionalidade que tem imperado é mais com o receio a qualquer manifestação reactiva à mudança. A ideia que vai passando é a que o município quer o que a população quer no imediato, e isso tem sido apresentado como a melhor solução. Como a vida económica do município é transversal ao espaço geográfico em que este se encerra, é notória a falta de parcerias na busca da solidariedade extra municipal e regional, assim como essa mesma falta de solidariedade existe intra muros municipais quando os votos em causa não caem ou não pesam no bolo eleitoral final. Tal como cantariam os gatos fedorentos, diz que é uma espécie de mini estado. Infelizmente há muitos municípios assim, neste jardim de rotundas floridas.

domingo, julho 15, 2007

Uma já canta

(Clicar nas imagens para aumentar)

terça-feira, julho 10, 2007

O MILAGRE DE SANTANTON

O cevado, tendo mais de um ano passa-se-lhe o tempo. As vacas, essas são sagradas na lavoeira – parece que estou a vê-las com os seus enormes e meigos olhos de bênção. O carneiro, coitado, uma simples navalhada na nuca e basta. A galinha, só naquelas alturas próprias. A cozinha de nabos, cujas propositadas sobras servem para fazer umas papas com farinha de milho no dia seguinte. A tábua da broa recheada é a garantia semanal, a tranca, o fechal da barriga. O chambaril atulhado de choiriças e negras, afiança uma semana gorda, em cheio, antes de ser colocado o adobo em cima da tampa da salgadeira por quarenta dias. Todo esse longo tempo sem poder assar as dependurezas do fumeiro, de forma a não se libertar o cheiro até ao nariz de vizinhos beatos, invejosos e linguarudos, dos profundos e pecaminosos aromas. As marinhas, ambas as duas, pariram há pouco tempo. Os seus vitelos já comem um pouco de palha, e o leite que mamam é só para manter o mojo das vacas com pojadura. As crianças, meus filhos, crescem fortes e sem maleitas, pois já por duas vezes, a conselho de mulher santa, tinha ido buscar o manto da Nossa Senhora d’Atocha, para o colocar sobre a enorme e descida barriga da minha mulher aquando da paridura. Ela, probe, deitada na esteira ao longo do borralho, segurava o peão da chaminé com as mãos acima da cabeça, enquanto os preparativos do alguidar com auga morna e panos brancos evoluíam em ritmo experimentado. Não fosse a ajuda assinalada, as Avé-Marias e as orações que só a Ti Maria Santa sabe para momentos esperados como este, de aparar as crianças. A mim cabia-me a tarefa de arranjar a cinza do bunho para curar o umbigo dos recém-nascidos. Os filhos nasciam bastinhos como os dedos das mãos, e a vida lá ia desandando. Olhem bem para o que nos havia de acontecer: de um dia para o outro, o leite da castanha secou, e nem uma gabelada de erva tenra, colhida com especial carinho na mota da vala, refez o seu estado de espírito. De dia para dia, ressequia o animal, e de macho, nem vê-lo. Talvez fosse das camadas de geada, tudo branco, tudo ressequido, em volta dos currais junto à estrumeira e ao telheiro da lenha. Nem as árvores despidas, nuas, com seus troncos robustos e tesos, lhes transmitiam alento, força, vitalidade. Foi então que se fez luz na mente da minha mulher, na fé que ela nutria pelo Santanton, que era mesmo santo com poderes milagreiros, diziam… e eu que nem sou homem de muita fé em rezas e benzeduras, mas lá marchei também, ao lado dela para a missa de domingo. Com passada larga, ia contando pelo caminho para quem queria ouvir, a usada história do Santo grande que, ao não cumprir o milagre contratado, fugiu, e deixou em seu lugar, um outro igual, mas de menor tamanho. Depois disseram que era filho dele… a mulher reclamou: até fazes pecado home, e continuou falar e a andar com a barriga feita num tambor, espero que nada aconteça de mal ao anjinho que trago aqui á espera da horinha de Deus. Já trintei, faz algum tempo, e a prole vai aumentando com as necessidades de um homem a terem de ser refreadas, mesmo com as partes inchadas só de um home alembrar-se. Cá por mim, não estou, para me assujeitar aos risos da Maria da Lenha, essa mesma, que às vezes, percorre pinhais à procura de home quando lhe dá a mudança de tempo. A lembrança de cobrir vem à cabeça, e a Maria lá vai fogosa, pinhais adentro, a oferecer-se como quem não quer a coisa, mas ao mesmo tempo esquisita na escolha de macho, pois nem todos podiam dizer que usavam e abusavam dela. Abusar, isto é, pois diz quem ouviu, que ela ululava radiante, guinchava desabrida na cova do cepo bem atrás da moiteira. Daquela vez, ela estava a lavar-se na represa do moinho do Giraldo, vi-a eu sem mais ninguém à volta, ela de mamas ao léu, com aquelas tetas repimpadas, ainda estou para saber que artes tinha ela para nunca emprenhar. Era o tempo de um Maio bem entrado, com um cheiro roubaqueiro que emanava das águas branquinhas da represa. No fundo de areia branca, um cardume de roubacos cirandava a um ritmo de dança marcado pelos reflexos da auga. A memória até me pedia o mergulho daquele tempo de cachopo e rapazola. Sentir o barulho borbulhante da auga nos ouvidos, o cheiro lavado e escorrido sobre a face, quando a mulher do Giraldo corria atrás de nós, em bando, desavergonhados, cães fracos, alguns nus e outro já com um panadão cheio de cabelos, dizia ela. Ao Giraldo chamávamos nós o banheiro. Lá vem o banheiro, gritávamos nós quando nos estios de Julho e Agosto ele deambulava pelo moinho só em ceroulas. Banheiro trazia ele escrito nas ceroulas, letras elaboradas pelas cagadelas de pulga. As silvas começavam a subir as paredes do moinho, a quererem chega-lhe aos beirais. O moinho estava a envelhecer a par com o dono. Mas deixem-me voltar um pouco atrás. Só uma simples troca de olhares, foi o suficiente para que a respiração ofegante da Maria da Lenha rebentasse em grunhidos e odores de orgasmo… Só de lembrar-me do seu riso de prazer, a cabeça voltada para trás, os cabelos desgrenhados, enquanto espanejava a rata na represa do moinho… E depois, a Maria da Lenha, apesar da sabedoria do acto, estava a perder o viçoso da juventude que eu conheci há uns anos. Lembro-me dela, uma semana antes de assentar praça em Lisboa, era assim uma coisinha tenrinha, sedosa como veludo. À flor da pele, uma fibra de força e músculo... Mas daquela vez, no moinho do Giraldo, foi um tudo nada diferente, ou talvez fosse natural, ou fosse a arte dela, ou fosse do peito alevantado, ou fosse da ansiedade ou da experiência dela, a tremer, a soluçar... Na noite seguinte, a caminho do palheiro junto ao monte das agulhas, por trás do curral do porco, tinha esgalhado uma, sob o manto do luar. Nem de propósito, o senhor padre na missa de domingo, depois de gastar o latim em longas orações e rezas, falou sobre os pecados da carne: com voz doce do licor, de muito boas famas e proveitos, segundo me contou o meu compadre da Bairrada. Contou-me esse meu compadre, que não é home de me mentir, que esse mesmo senhor abade, antes de vir para cá dizer a missa, já deixou a governanta em casa alugada e o afilhado a estudar no colégio. Disse ainda o meu compadre, que o dito reverendo, ainda regressa, muitas vezes lá à vila, a casa dela, para lhe dar a bênção. E aproveita estas visitas para cumprimentar os antigos paroquianos mais dados à Igreja, e conta-se também, que uma vez, ao pregar nas festas do S. João, os mordomos tiveram que o tirar do púlpito, à força, pois nem ele acabava a faladura, nem a procissão saía, nem a Banda Filarmónica recebia o dinheiro, nem os foguetes rebentavam. O jazo dos Melros aguardava já a sua vez, e até as moças mais interessadas no profano que no divino… E o padre, qual pipa de vinho, não se calava, e porque torna, e porque deixa, só pregava: Bairrada linda Bairrada, terra do vinho e do leitão, que Deus te abençoe. O senhor padre, ainda sem terminar, lembrou ainda, a ida do Manel Chancas para o Brasil, ele que ainda lá está, conta-se que tem por lá mulher e filhos, pois a de cá já a abandonou ele, mais as terras e a casa. Ela foi para a casa da mãe, louvado seja o Senhor, no que deram os maus exemplos. Terminou. Por fim ajoelhámos, a mulher e eu, em frente do pequeno Santanton, e lá repeti os gestos das benzeduras que a mulher ia fazendo, reza com fé, home, reza com fé corisco negro que serás atendido. Deixo-me levar, mais uma vez, na lembrança da história Santo-filho, o ele ter ficado no lugar do fugitivo Santo-pai, interrompido pelo nome do pai e do filho e esprito santoame. Final da mulher. Imito-a aliviado, pois tinha acabado a reza pedinchona. Ao chegar a casa de tarde, cansado, ainda com uma frincha de sol a esgueirar-se sobre o telhado, a querer esconder-se entre a restea da figueira e o muro do pátio, enquanto na cozinha se ouvia o ressoar dos tachos para a ceia, fui-me até ao curral, abri a porta meio desconfiado, levantei os olhos com desalento e ponho-me a experimentar a vaca: Ió, ió, ió, ió, ió. Cela-se a castanha a prepara-se já para levar o salto do boi. E eu espantado com o preparo do animal. Mulher, anda cá, anda cá mulher, que afinal a vaca está bem, o Santanton cumpriu o milagre, o corisco está aluada de todo! A mulher veio, atrelado o rancho de filhos para verem o milagre. Fiquei a pensar que o raio do Santanton era mesmo milagreiro. Ele que lá está no alto, sobre a peanha, feito de um só tronco de jacarandá, o monge medieval com uma corda e uma vara, com de resposta rápida e sabedora das maleitas do gado, ancoradoiro das gentes gandaresas. Famosas glórias foram ouvidas, em tempos, sobre o Santo alvitar do alto púlpito. Sermões eloquentes de um pregador crúzio, de faces alvas e hábito ornado a branco, até que, a dada altura, nunca mais foi visto por estas bandas o dito “missionário”, chamado a outras pregações, depois de uma cansadela à frente de uma forquilha empunhada por mãos calejadas, de cabeça tresloucada, por ter chamado novamente à comunhão, confissão, missas diárias, aquelas faces coradas sob o lenço chinês e cinta cingida nos bem formados quadris. Afinal o grande Santanton, o pai deste Santanton, que mora no santuário da Nossa Senhora d’Atocha, sempre fugiu. Refugiou-se em La Foz de Morcin, nas Astúrias. Por estas planuras da Gândara, se em vez de areia houvesse rocha firme, poder-se-ia descortinar seus rastos, talvez, tal qual os arqueólogos, ainda hoje, vêem os vestígios de dinossauros… Escoural, 25 de Março de 2006, Manuel Ribeiro

segunda-feira, julho 09, 2007

domingo, julho 08, 2007

AS NOSSAS ELITES E AS CRISES (1)

"Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às 15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez." "A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário. Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos e Euros." "É tempo de os empresários portugueses constatarem que, na Noruega, a fuga ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados «devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica." "Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os empresários portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já agora, os políticos. Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam por tu. Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes." "Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade. Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratarem milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa." "Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola. Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia nórdica». Ao tempo para viver e à segurança social." "Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não clamam por messias nem por prebendas. Não se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios." É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós. Seria meio caminho andado para nos civilizarmos.
(Recebido por e-mail)

quinta-feira, julho 05, 2007

A Ota na Tocha (2)

A construção do aeroporto da Ota na Tocha já está a avançar a todo o vapor. Como se pode ver aqui , no Google, a areia que estava a estorvar já foi transportada para o local onde fazia falta.

quarta-feira, julho 04, 2007

Astor Piazzolla

A minha homenagem e agradecimento pelos momentos de felicidade que tenho vivido.

terça-feira, julho 03, 2007

Placas

O entroncamento à variante de Portunhos é muito perigoso para quem o tem que usar. Teimosamente a placa lá está, faz tempo, e os 550 dias de prazo sem a indicação de datas de início e de conclusão mantêm-se a provar que ainda há homens de palavra. Apesar da localização da placa, tudo parece que a continuação da variante será por um outro sítio, bem mais ao interesse de quem bem mexe cordelinhos de favores que transformam figurinhas em figurões. Uma teia que vem de complicados teares.

domingo, julho 01, 2007

Post dedicado a um amigo

Numa das capelas que descrevem a vida de Cristo e compõem o escadório do Santuário da Peneda, encontrei o tocador de sanfona. Este Santuário foi construído desde o final de século XVIII até ao séc. XIX.

Guitarras de Viana

A tribo tem destas coisas!

Sinalética

O que se passou comigo em Viana do Castelo, ao falhar com o início da subida ao monte de Santa Luzia, prova que ainda temos um turismo de aventura. Somo a isto a praga dos vendedores de lembranças a 1 euro, que mais pareciam arrumadores de carros com receio da ressaca. Um pormenor que me despertou a atenção, e só por isso vale a pena subir ao monte, no lado exterior da igreja uma escultura em bronze apresenta-se um Cristo velho, com aspecto de 70 ou mais anos. Lá em baixo, o mamarracho Coutinho que bem merece a demolição e um centro comercial que aparenta um navio que se dirige ao mar.
A falta de sinalização nas nossas aldeias, vilas e cidades é mesmo um mal nacional.
Claro que os locais sabem como lá chegar.