A construção do fado de Lisboa

 

Na guitarra Maria do Carmo Alta, primeira mulher empresária de fado, também fadista e guitarrista profissional.

Restaurante Ferro de engomar, Estrada de Benfica, Lisboa, Anos 30.

Foto com alguns 90 anos, cantada da rede.

Na parede, por cima da pipa, pode-se ler:

Estou fartíssimo de afirmar

(tapado pela lâmpada) que o melhor vinho

É o do ferro de engomar.

Os olhares estão direcionados para o guitarrista (Júlio Ferreira?) de chapéu e bigodinho. O cabelo da senhora guitarrista (Maria do Carmo) é à lá garçonete dos anos 20. Atrás das duas mulheres o homem de gabardina está de olhos arregalados e a mão no ouvido. Atentos ao músico ,só o viola de fado (António Sobral?) está a olhar o fotógrafo.

Os copos com vinho na mesa são encenação e o armário com garrafas está organizado.

O rapaz da direita, de boné e calças remendadas, os homens de diversas idades e, pelas roupas, de posses vem distintas, a mostrar a transversalidade do social do fado.

Extraordinária foto encenada e poses estudadas.

Naquela época uma foto era para tomar o lugar de um quadro pintado, como a última ceia de Da Vinci.

Nota: O rapaz das calças remendadas bem poderá ser o Alfredo Marceneiro, que contracena na terceira foto com a Maria do Carmo.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_do_Carmo

Crescimento

 Eu estou a pensar que a inovação financeira anda montada na inovação tecnológica, e está a potenciar a chamada recuperação dos mercados, isto para as empresas colocadas nas listas dos ditos das acções da praça de Londres, por exemplo.

São estas as eleitas do templo do divino , dos sumo sacerdotes do dinheiro e dos seus lacaios levitas que por eles dão a cara, porque por detrás dos muros das lamentações há uns quantos que levam suas vidas em outras dimensões e referenciais que não os da mole humana que vive neste calhau azul que orbita o sol.

Este mês o Bitcoin atingia os 100.000 dólares americanos.

Agora eu estou a pensar no Jaquim do meu amigo Bigorna que vendeu um leitão por 5.000 euros, trocando-o por duas galinhas de 2.500 euros cada uma.

"Yahweh e sua Asherah.

 

"Yahweh e sua Asherah."

Achados arqueológicos de Kuntillet Ajrud em  1975-76, e só publicados em 2012.

O deus judeu é aqui representado por um touro com um enorme membro viril, seguido de um bezerro e uma mulher sentada tocando arpa.

A inscrição em páleo hebraico  indica "Yahweh e sua Asherah."

"Acherá está sem funções. Foi jogada para a Terra do

Esquecimento. Essa, a que nos poderia ter valido, antecipando

a vinda da chuva em um dia, apenas, e tudo se resolveria no

momento certo para acabar tudo em bem, como nos filmes de

antigamente. Mas ninguém se lembrou dela. Também ninguém a

conhece, nem sabe onde fica o lugar onde está exilada."

[Os Filhos da Areia - Manuel Ribeiro]