Tás cá c´uma fé!!
Não é uma questão de fé.
A realidade é muito teimosa.
As pessoas só lêem, ouve e vêem
o que lhes interessa, o que deverá ser elogioso para elas.
Se a leitura os levar a pensar no primeiro
parágrafo, então ficam por aí.
“ Na espera que o dia acabe ele voltou a olhar para o reflexo
branco e luminoso que vem por cima das nuvens quietas. Não há vento que se veja
nelas para os lados das Baleiras. O tempo vai-se escoando. Não o que há de vir,
mas o único que há, que passa correndo para trás de si mesmo e que se esvai na
luz do sol mirrado a afundar-se no mar. “
Se conseguirem ler, com algum
entendimento, o primeiro capítulo, talvez sigam.
Depois há três tipos de abordagem ao texto
a quando da leitura.
- Estética
- Política
- Heurística.
A primeira depende só do leitor.
A segunda depende do leitor e do grupo
ideológico a que pertence. Ele irá ler de acordo com o seu pensamento político,
seja de direita ou de esquerda, e o que ele quer ler lá estará. É como os
religiosos a ler a Bíblia.
A terceira é uma leitura indiciária de
busca. Aqui está envolvido o leitor e o autor. Aqui o leitor terá um
trabalho que se aproxima ao do autor. O que o autor quis dizer ao escrever?
Questionar, buscar, voltar a questionar e assim sucessivamente.
Três pessoas já leram o livro antes de ele
ir para a tipografia. Duas são aminha Maria, e a minha filha para fazer a
aguarela da capa.
Eu não conto como leitor.
Terei mais quantos leitores?
Podes arriscar um número?
E já agora, distribui os leitores pelos
3 tipos de leitura.
És capaz?
Abraço
Manuel Ribeiro
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