O Inferno de Dante - Divina Comédia
O “Inferno” é a primeira parte da “Divina Comédia” de
Dante Alighiere
A viagem de Dante é uma alegoria através do conceito
medieval de Inferno, guiada pelo poeta romano Virgílio.
O Inferno, o Purgatório e o Paraíso.
A obra está dividida em trinta e três cantos, sendo que
um deles serve de introdução ao poema.
No poema, o Inferno é descrito com nove círculos de
sofrimento localizados dentro da Terra.
A organização do inferno foi baseada na teoria medieval
de que o universo era formado por círculos concêntricos.
O inferno torna-se mais profundo a cada círculo, pois os
pecados são mais graves.
Os nove círculos do Inferno de Dante :
Limbo (virtuosos pagãos)
Vale dos Ventos (luxúria)
Lago de Lama (gula)
Colinas de Rocha (ganância)
Rio Estige (ira)
Cemitério de Fogo (heresia)
Vale do Flegetonte (violência)
Malebolge (fraude)
Lago Cócite (traição)
A justiça do inferno debatida no canto 11, está de acordo
com a ideia de Aristóteles que relata, na obra Ética a Nicômaco:
Deve ser observado que há três aspectos das coisas que
devem ser evitados nos modos:
a) a malícia,
b) a incontinência e
c) a bestialidade.
Portanto, os pecados menos graves estão logo no início, e
os mais graves no final.
Dante encontra vários pecadores famosos na sua jornada
pelo Inferno. . . . .
NO LIMBO - Dante encontra várias figuras clássicas, como
Homero, Hesíodo, Platão, Sócrates, Aristóteles, Ovídio e o próprio Virgílio.
Encontra também personagens bíblicos também foram
enviados para o Limbo, como Adão, Abel, Noé, Abraão, David ...
NA LUXURIA - Dante encontra Aquiles, Paris, Tristão,
Cleópatra e Dido . . . .
NA GULA - Dante encontra pessoas comuns, não personagens
de poemas épicos ou deuses da mitologia.
NA GANÂNCIA - Dante encontra mais pessoas comuns, mas
também o guardião do círculo, Plutão, o rei mitológico do submundo.
NA HERESIA - Dante encontra Farinata degli Uberti, um
líder militar e aristocrata que tentou conquistar o trono italiano e foi
condenado postumamente por heresia em 1283. Dante também conhece Epicuro, o
papa Anastácio II e o imperador Frederico II.
NA VIOLÊNCIA - Dante encontra Átila, o Huno, no Anel
Externo, os que foram violentos com pessoas e propriedades.
Na “Divina Comédia” o Diabo, ou Lúcifer, é retratado no
nono e último círculo do Inferno, conhecido como o Lago Cócite, é reservado
para os TRAIDORES, que para Dante são os piores pecadores.
Lúcifer é descrito como um gigante aterrorizante preso no
gelo até a cintura.
Ele tem três faces, cada uma de uma cor diferente: uma
vermelha, uma pálida e uma preta.
Cada uma das bocas de Lúcifer mastiga um dos três maiores
traidores da história, de acordo com Dante.
OS MAIORES TRAIDORES são Judas Iscariotes, que traiu
Jesus Cristo, e Brutus e Cassius, que traíram Júlio César.
Curiosamente, embora o conceito geral de Inferno seja de
um lugar quente, o espaço imaginado por Dante nem sempre era feito de chamas.
Na verdade, o círculo mais profundo punia os traidores
numa forma de lago congelado, que é constantemente resfriado pelo vento
produzido pelo bater de asas de Lúcifer.
Na “Divina Comédia” de Dante, Deus é retratado como a
personificação da perfeição e do bem supremo.
Ele é o criador do universo e o juiz final de todas as
almas.
Deus não aparece diretamente na maior parte da obra, mas
a sua presença é sentida em todo lugar e todas as coisas.
No Inferno, Deus é visto como um juiz justo que pune os
pecadores de acordo com a gravidade de seus pecados.
No Purgatório, Deus é retratado como misericordioso,
dando às almas a oportunidade de se purificarem dos pecados para ascender ao
Paraíso.
No Paraíso, a última parte da jornada de Dante, Deus é
retratado em toda a sua glória.
Dante descreve Deus como uma luz brilhante, tão intensa
que é difícil para os olhos humanos olharem diretamente.
A visão de Deus é o ponto culminante da jornada
espiritual de Dante, representando a união final da alma humana com o divino.
Deus é retratado como a fonte de toda a justiça, bondade
e amor na “Divina Comédia” de Dante.
Ele é o objetivo final da jornada espiritual de Dante e o padrão pelo qual
todas as coisas são julgadas.