quinta-feira, junho 01, 2023

Repensem a coisa !

 

 


Repensem a coisa a começar pela vossa casa.

Desde a Revolução Industrial, a população mundial, assim como sua riqueza, explodiu. Antes do final deste século, no entanto, o número de pessoas no planeta pode diminuir pela primeira vez desde a Peste Negra. A causa raiz não é um aumento nas mortes, mas uma queda nos nascimentos. Em grande parte do mundo, a taxa de fertilidade, o número médio de nascimentos por mulher, está em queda. 

Embora a tendência possa ser familiar, a sua extensão e  suas consequências não são. Mesmo com algum otimismo crescente em certos setores em relação à Inteligência artificial, a crise na natalidade paira sobre o futuro da economia mundial, tal com a vemos hoje. Como vivemos hoje, com as metas que nos dizem que buscamos, indicadores de um sucesso só de uns quantos, o sistema está sem escapatória. Mesmo o baralhar, partir e voltar a dar já não funciona como no passado.

Em 2000, a taxa de fertilidade mundial era de 2,7 nascimentos por mulher, confortavelmente acima da “taxa de reposição” de 2,1, na qual a população é estável. Hoje é 2,3 e em queda. Os 15 maiores países em PIB  têm uma taxa de fertilidade abaixo da taxa de reposição. Isso inclui a América e grande parte do mundo rico, mas também a China e a Índia, mas que juntas respondem por mais de um terço da população global.

O crescimento pelo crescimento, como está patente no modo de vida que levamos, não será solução para coisa alguma. Em contra partida as soluções locais e à medida são as mais eficazes, sem ter este indicador como meta, mas outros medidos em outras escalas de comparação. Como exemplo indico que se todas as pessoas levassem o estilo de vida de um americano médio, seriam necessários sete planetas Terra

Por cá já se faz mais publicidade aos unguentos para alívio das dores articulares, fixadores de placas dentárias e comprimidos para a disfunção erétil que a carrinhos para bebés. Estamos num bom caminho, ou deveremos buscar outros?

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