Repensem a
coisa a começar pela vossa casa.
Desde a Revolução Industrial, a população mundial, assim como sua riqueza, explodiu. Antes do final deste século, no entanto, o número de pessoas no planeta pode diminuir pela primeira vez desde a Peste Negra. A causa raiz não é um aumento nas mortes, mas uma queda nos nascimentos. Em grande parte do mundo, a taxa de fertilidade, o número médio de nascimentos por mulher, está em queda.
Embora a tendência possa
ser familiar, a sua extensão e suas consequências não
são. Mesmo com algum otimismo crescente em certos setores em relação à
Inteligência artificial, a crise na natalidade paira sobre o futuro da economia
mundial, tal com a vemos hoje. Como vivemos hoje, com as metas que nos dizem
que buscamos, indicadores de um sucesso só de uns quantos, o sistema está sem
escapatória. Mesmo o baralhar, partir e voltar a dar já não funciona como no
passado.
Em 2000, a taxa de
fertilidade mundial era de 2,7 nascimentos por mulher, confortavelmente acima
da “taxa de reposição” de 2,1, na qual a população é estável. Hoje é 2,3 e
em queda. Os 15 maiores países em PIB têm uma taxa de fertilidade
abaixo da taxa de reposição. Isso inclui a América e grande parte do mundo
rico, mas também a China e a Índia, mas que juntas respondem por mais de um
terço da população global.
O crescimento pelo
crescimento, como está patente no modo de vida que levamos, não será solução
para coisa alguma. Em contra partida as soluções locais e à medida são as mais
eficazes, sem ter este indicador como meta, mas outros medidos em outras
escalas de comparação. Como exemplo indico que se todas as pessoas levassem o
estilo de vida de um americano médio, seriam necessários sete planetas Terra
Por cá já se faz mais
publicidade aos unguentos para alívio das dores articulares, fixadores de
placas dentárias e comprimidos para a disfunção erétil que a carrinhos para
bebés. Estamos num bom caminho, ou deveremos buscar outros?
Sem comentários:
Enviar um comentário