Jesus, o nazareno, foi um filósofo, escreveu um amigo.
Eu não concordo com este meu amigo que afirma que Jesus, o nazareno, foi um filósofo.
Do que tenho lido ultimamente eu alinho com a existência de 3 versões para Jesus, a saber:
O Jesus homem histórico;
O Jesus dos evangelhos;
O Jesus das doutrinas das igrejas cristãs.
Sobre os dois últimos não irei comentar, por agora, aqui.
Sobre o histórico, há indícios que existiu e, na hipótese de ter existido, foi um camponês político, a religião era a política, que lutou contra o Império Romano. Daí, talvez, a não referência a este personagem nos documentos históricos independentes da época.
Só no primeiro século houve dez Messias (Māšîaḥ) candidatos a líderes políticos da Judeia (Bandidos, Profetas e Messias de Richard Horsley) aniquilados pelo Império que acabou por destruir o templo e a revolta Judeia no ano 70 DC, alguém que, tal como hoje, se revolta contra os impérios são considerados e perseguidos como terroristas ou extremistas.
A placa que a cruz icónica ostenta é clara. Segundo o evangelho de S. João, INRI em latim Iesus Nazerenus, Rex Iudaeorum, cuja tradução é Jesus Nazareno Rei dos Judeus. Ele, tal como os outros nove, ter-se-á declarado como Messias, Khristós em grego que é a tradução do hebraico.
Cristo é o termo usado em português para traduzir a palavra grega Khristós e Māšîaḥ é transliterado para o português como Messias.
O resto foi e é doutrina.
Mas tudo é possível e legítimo.
Cada um lerá como quiser e o que quiser.
Uma só garantia aqui vos deixo: o mais certo é eu e, ou os que eu cito estarmos possivelmente errados.
Os que eu cito:
- Bandidos, Profetas e Messias de Richard Horsley.
- Evangelho segundo S. João 19:19 e 20:
Pilatos mandou preparar uma placa e pregá-la na cruz, com a seguinte inscrição: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS.
Muitos dos judeus leram a placa, pois o lugar em que Jesus foi crucificado ficava próximo da cidade, e a placa estava escrita em aramaico, latim e grego.
Nota: segundo o descrito no Evangelho de S. João 19: 19.20 , a placa não seria só o INRI que é indicado nas obras iconográficas. No entanto, tendo em atenção à data estimada em que este foi escrito, século II, as circunstâncias histórias de quando e para quem foi elaborado em mais de uma camada de escrita e acrescentos, após a comunidade de judeus cristãos terem sido expulsos da sinagoga em situação de conflito com a comunidade. Em condições de retroprojeção de um conflito passado, o cristológico evangelho de S. João não deve ser tomado como pilar para o estudo do Jesus como homem histórico, isto na minha opinião, que nada vale e de pouco servirá.
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