Era uma alegria
ver a alegria daquele jogador a jogar à bola.
Corria que mal os
pés tocavam o solo por onde rolava a bola. Mais parecia um petiz no recreio que
um adulto jovem. Era no passe da bola, no saltar que parecia que parava no
ponto mais alto do pulo, no driblar, no receber e rematar o esférico com jeito,
mais que em força, fora do alcance dos adversários.
De repente perdeu
a alegria dançante.
Logo agora que
domina as técnicas de recepção e passe, tudo feito com precisão, a tempo e sem
improvisação, agora que adivinha as manhas e manobras dos adversários, agora
que tem um pontapé preciso.
Será que é o
sentir que o jogo é para calendário, pois nada o surpreende, nem as novidades
dos passes?
Será que se sentirá
a arrastar no espaço do jogo, pois já nem busca a bola, nem pede o passe?
Limita-se a
receber o esférico e a colocá-lo com a precisão milimétrica onde ele deverá
estar, para os espalhafatosos colegas de equipa. Pouco o já surpreende, onde o
jogar à queima não compensa o esforço.
O menino
amadureceu. É eficaz, mas perdeu a alegria de brincar com uma bola de futebol.
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